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Bloco de Esquerda (Maia) critica intervenção urbanística da “Espaço Municipal “

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal da Maia considera que a solução apresentada pela empresa camarária Espaço Municipal para as obras de renovação urbana e gestão de património no Bairro do Sobreiro não é a melhor.

Os deputados do BE recordam que estes equipamentos têm mais de 40 anos. Já na altura os materiais e técnicas de construção não eram as melhores, sendo que o tempo de vida aconselhável para este tipo de edifícios é de 25 anos. As obras propostas pela Espaço Municipal são uma forma de contornar e esconder o problema, melhorando em parte mas não resolvendo a degradação, e com isso gastando milhões.

Para o BE, a melhor solução passaria pela demolição e reconstrução do edificado do Bairro do Sobreiro, “aproveitando o terreno livre existente pelas demolições já efetuadas para proceder à construção de novas habitações, que seriam ocupadas de forma planeada e paulatinamente, avançando-se para as restantes demolições”.

O Bloco defende que existem condições para a construção de “um novo equipamento habitacional virado para o futuro, adaptado às exigências atuais, quer em termos de segurança, habitabilidade, respeito pelo meio ambiente, qualidade de vida, integração e inclusão social, igualdade de oportunidades para todos, incluindo pessoas com deficiência”.

BE alerta executivo para riscos da especulação imobiliária

 O Bloco de Esquerda não concorda com o investimento imobiliário da Câmara Municipal da Maia no fundo especial “Maia Imo”, que apesar de ser um fundo fechado de subscrição particular, “não é diferente dos outros, pois está sujeito às regras do mercado”.

Para o Bloco, os maus resultados acumulados pelo fundo ao longo de 10 anos de existência demonstram que não existia, por parte da oposição, nenhum “pessimismo exagerado”, e revelam que esta forma de arrecadação de verbas por parte de entidades públicas é “muito perigosa”, porque os resultados do investimento “estão dependentes do poder financeiro e da especulação imobiliária”.

Os deputados municipais bloquistas recordam que “não é certo que a avaliação dos ativos no momento da sua constituição corresponda, até hoje, ao mesmo valor”, tendo o Município obrigações em matéria de serviço da dívida decorrente dessa operação.

São observados sinais perturbadores a nível global, como os alertas dados este mês pelos economistas Roubini e Rosa, “que afirmam num artigo publicado pelo Financial Times que está a fermentar uma nova crise financeira e recessão global”, tendo já em Outubro do ano passado sido dado o alerta pelo ex-ministro das Finanças alemão Schäuble.

Maia, 25/09/2018

Texto: Bloco Esquerda/Maia

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