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Emerenciano expõe “Poesia Visual Experimental Concreta” no Museu de Ovar

Na linha da problemática artística que aproxima as letras e as palavras da imagem, através da qual o artista plástico ovarense, Emerenciano, produz reflexão a partir da pintura que iniciou em 1973. A exposição Poesia Visual Experimental Concreta, inaugurada no dia 8 de setembro, e que se prolongará até ao dia 9 de novembro, no Museu de Ovar, reúne trabalhos dos três últimos anos entre desenhos e pinturas em que o artista, cuja obra se carateriza pela passagem das artes plásticas ao poema.

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Nas palavras que proferiu na ocasião, assumiu que, “não faz sentido fazer Arte sem aproximar a Vida, a Arte em si é irrelevante” e acrescentou, apontando para os desenhos que ecoam “gritos” de indignação e inconformismo, denunciando guerras, repressão e exploração ou mensagens com a subtileza de quem assume, “nasci a olhar para trás, com o peso do passado” e falou de história da guerra que viveu na primeira pessoa e a sua relação com a literatura proibida na época.

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Nesta cerimónia em que o médico e pintor Adão Cruz foi convidado pelo diretor do Museu de Ovar, Manuel Cleto, para dizer umas palavras sobre Emerenciano, depois de lembrar a sua relação com o artista ovarense que ilustrou o seu primeiro livro de poesia, referiu estar-se perante um artista de “primeira água e de fronteira entre o que é muito e mesmo bom”, e concluiu tratar-se de um “pintor, poeta e até filósofo”. Também João Costa membro da direção do Museu de Ovar lembrou a relação do artista com esta Instituição desde o início da sua carreira nas artes plásticas.

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Para José Fragateiro, presidente da Assembleia de Freguesia de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira, este “hoje é um dia muito feliz por dois motivos”, referindo-se ao regresso de Manuel Cleto à atividade no Museu de Ovar, depois do seu afastamento por doença. O autarca enalteceu o seu carater de “lutador que é” e de “incompreendido”, afirmando que, “o que pede e exige com muita razão, é para que olhem para esta casa como ela merece”.

A segunda razão de felicidade referida por José Fragateiro, foi para a exposição de Emerenciano, em que destacou a referencia do artista aos “homens macacos” afirmando que, “quando não governamos para servir, aproximamo-nos dos macacos”, numa alusão ao texto do artista, quando este desenvolve que, “ (…) alguns homens afastam-se do macaco, enquanto outros persistem em serem macacos dentro do labirinto da Vida, são empecilhos no caminho da libertação pessoal, isolam-se ou funcionam em bando” ou seja, “os homens macacos são uma preocupação porque iniciadores de guerras e as alimentam, competirá à Educação e à Cultura contrariar, mas para o fazerem precisam da Política, que anda muito mal servida” e conclui, “os homens macacos chegam ao poder da Política e alguns são eleitos pelo povo”.

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Também com a presença do Padre Manuel Pires Bastos e o representante da Câmara Municipal de Ovar, Ruben Jorge, na cerimónia de inauguração da exposição “Poesia Visual Experimental Concreta” do artista das “escripinturas”. Manuel Cleto aproveitou, neste seu regresso ao cargo de diretor, para agradecer o empenho e dedicação das funcionárias Leonor Silva e Lurdes Soares, bem como de reconhecimento à direção que assumiu este período da sua ausência.

Texto e fotos: José Lopes (*)

(*) Correspondente “Etc e Tal jornal” em Ovar – Aveiro

01out18

 

 

 

 

 

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