Menu Fechar

NA “KALHA” DE UM INOVADOR PROJETO CULTURAL… QUAL?

Na Kalha / Street Musicians Fest deu no dia 22 de setembro os primeiros passos para um novo projeto cultural na cidade de Ovar, com um programa inovador em que a principal mensagem, foi, “vir para a rua, descobrir e usufruir!” a música de rua que surpreendeu quem passava, quem vinha à porta espreitar, ou quem procurava esta oferta cultural por entre ruas, praças e jardins, sem hora anunciada, mas marcada pelo improviso de quem se levanta e declama dois versos, ou do pintor que também neste ambiente da rua coloria, dando forma na tela a uma paisagem da ria com seus moliceiros, que influenciam a obra do João Lavoura.

???????????????????????????????

Os músicos que estiveram presentes nesta 1.ª edição Na Kalha, tocaram para quem quis ouvir e pararam quando entenderam, levando o que estava no “chapéu” como resultado deste seu modo de vida.

Opini_José_Lopes

José Lopes

(texto e fotos)

Entre espaços da malha urbana, como o largo frente à Casa do Povo, Praça das Galinhas, Jardim do Cáster e o Parque Urbano, até ao Largo Família Soares Pinto (Chafariz Neptuno) ou em ruas como a Dr. João Frederico, com padronagem azulejar como cenário envolvente, e a típica rua Dr. Nogueira de Almeida, que vem sendo resgatada do abandono a que esteve votada ao acolher tais eventos de rua, em que se proporciona espaço de feira e convívio. Foram-se intercalando ao longo da manhã e da tarde, até às 22 horas, músicos como: Daniel Reis (Handpan), Patrícia Pereira (Concertina), Rui Bandeira (Trombone), Pássaro Macaco (Guitarra e Percussão), Paulo Guedes (Guitarra e Voz) e Fusa (Sopros).

???????????????????????????????

???????????????????????????????

???????????????????????????????

No decorrer do programa Na Kalha, falámos com um dos rostos da organização, Nuno Pinto, que nos disse que a concretização de tal projeto, “surgiu de uma ideia de três amigos, que em conversas, em que nos encontrávamos ocasionalmente, pensamos fazer uma coisa destas” e reafirmou a filosofia do evento, “isto não é mais do que tentar trazer a música para a rua, para fazer com que as pessoas vivam e sintam a cidade com música”.

Ainda segundo este dinamizador cultural na cidade de Ovar, em que vem assumindo a direção de um outro projeto, como é o FIMO. “Começamos a aprofundar a ideia até que chegou um dia que nos questionamos, vamos fazer ou não vamos fazer?”. A decisão foi então avançar e “ver a recetividade do público. Vamos ver como decorre, e esperemos que as pessoas gostem do tipo de música que vão ouvir”.

Este responsável do coletivo Na Kalha assumiu não haver nenhuma aventura em termos de custos, uma vez que, “o pouco orçamento é para os ajudar nas viagens”, referindo-se às deslocações dos músicos até Ovar. Nuno Pinto realçou ainda a característica dos músicos de rua, que, “vêm atuar ao chapéu. As pessoas que queiram dão alguma coisa no final” de cada atuação. “Isto é para divulgar precisamente a música de rua, em termos de orçamento, não estamos a falar de orçamento de centenas de euros, não há nenhuma aventura” afirmou ainda.

???????????????????????????????

???????????????????????????????

???????????????????????????????

Sobre a continuidade do Na Kalha e os riscos de ficar pelo caminho que agora iniciou, este ativista cultural também manifestou o seu otimismo, adiantando que, “caberá às pessoas defenderem isso, mas penso que não (que não cairá), até porque, isto é um projeto sem pretensões a nada, é um projeto puro, um projeto para divulgar a musica de rua” ou seja, pretende pôr “as pessoas andarem, sentirem a rua, com pouco dinheiro podemos fazer coisas engraçadas. As pessoas vão saindo e vão-se habituando”.

O programa sem horários “é precisamente para as pessoas andarem na rua, para as pessoas saírem á rua, irem procurar a música na rua e passarem na rua e ouvirem musica”, insistiu nas principais ideias do projeto em que acreditam, lembrando ainda, a propósito dos custos, que, “isto não é um encontro de músicos na rua, é um encontro de músicos de rua, é completamente diferente. Uma coisa é contratar músicos para tocar na rua, e outra é, músicos que fazem disto vida. Eles próprios manifestaram disponibilidade de vir, estão interessados na divulgação da música de rua”.

01out18

 

 

 

 

Partilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.