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“DEZ IDEIAS DE FUTURO” DOMINARAM COMEMORAÇÕES DO 99.º ANIVERSÁRIO DO TEATRO NACIONAL DE S. JOÃO

O Teatro Nacional de São João apagou as velas do seu 99.º aniversário, na presença de várias personalidades ligadas à cidade e à cultura. No ano que antecede o centenário, a instituição já planeia a programação para esse marco. Entre as novidades reveladas está a criação de uma companhia residente, a aposta na internacionalização e o contributo para a “descentralização cultural a Norte”.

Em dia de festa, revelaram-se “Dez ideias para (mais) dez anos de Teatro Nacional de São João“, um conjunto de linhas programáticas para o centenário que se assinala em 2020.

“Estas dez ideias não são uma cartilha, não são um manifesto sequer”, afirmou o presidente do Conselho de Administração do TNSJ, Pedro Sobrado, salientando que depois de “sucessivas constrições”, cita a Lusa, o TNSJ se ergue “não sobre uma ruína”, mas sobre os “fundamentos lançados” pelos precedentes.

Entre espetadores e amigos, como o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, o diretor do IPATIMUP, Sobrinho Simões, o encenador Ricardo Pais, e outras personalidades, Pedro Sobrado deslindou alguns novos projetos, como a criação de um elenco “quase residente” de oito atores, fruto do diálogo e trabalho conjunto entre a direção artística e a administração, também possível graças ao quadro orçamental.

Na vertente da internacionalização, a intenção passa por “fomentar novas relações” com países de língua oficial portuguesa. A aproximação a novos territórios acontece no próximo mês de novembro, com uma visita a Cabo Verde, para estudar “modalidades de colaboração”.

Durante a última festa de celebração de dois dígitos do TNSJ, o administrador referiu ainda que o Teatro precisa de “exceder o perímetro do Porto” e afirmar-se como um “instrumento relevante de uma política de descentralização cultural a norte”.

Para cumprir esse desígnio está a ser gizado um “plano de digressões” para 2020, que inclui a apresentação da peça “Castro”, em Aveiro e Bragança.

Também o diretor artístico do TNSJ, Nuno Cardoso, interveio na sessão, recordando que a programação está pensada para um teatro com “três casas e três caras”, fazendo referência à “casa-mãe”, ao Teatro Carlos Alberto e ao Mosteiro de São Bento da Vitória.

Num futuro próximo, destaque para três produções próprias, a estrear no próximo ano: “A Morte de Danton” de Georg Buchner, “Castro” de António Ferreira e “A Varanda”de Jean Genet, todas com a encenação de Nuno Cardoso.

No âmbito dos “acolhimentos internacionais”, a instituição recebe as produções “Western Society”, dos germânicos e ingleses Gob Squad; “Mdlsx”, da autoria Motus; e “The Virgin Suicides”, de Susan Kennedy.

Para assinalar os 100 anos, está também a ser preparado o lançamento de uma coleção de quatro livros designada “Os Cadernos do Centenário”.

A cerimónia do 99.º aniversário terminou com uma visita guiada, que fez “Das Tripas, Coração” para mostrar aos participantes todos os recantos do emblemático edifício localizado na Praça da Batalha.

Texto: Porto. / EeTj

Fotos: Miguel Nogueira (Porto.)

01abr19

 

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