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ATERRO COLOCA SOBRADO EM ESTADO DE ALERTA AMBIENTAL! MAUS-CHEIROS E “PRAGA” DE INSETOS LEVAM ASSOCIAÇÃO E CÂMARA DE VALONGO A DEFENDEREM POPULAÇÃO AFETADA… fomos ver o que se passa…

Mais de mil pessoas, vestidas de negro, algumas com máscaras e apitos, responderam, no passado dia 10 de junho, ao apelo da Associação “Jornada Principal”, com o apoio da Câmara Municipal de Valongo, para a realização de uma caminhada de protesto contra o aterro localizado em Sobrado e gerido pela Recivalongo.

Foto: “Verdadeiro Olhar”

Foto: “Verdadeiro Olhar”

Este foi o primeiro passo de uma luta que a referida e recém-criada associação local (constituída em maio último) quer encetar até que os problemas ambientais que afetam a localidade sejam resolvidos de uma vez por todas. Para já, e com um número significativo de assinaturas, foi feita uma Petição contra a presença do aterro em terras sobradenses.

José Gonçalves                               Luís Navarro

(texto)                                                    (fotos)

A reportagem do “Etc e Tal jornal” deslocou-se a Sobrado dois dias depois de efetuada a caminhada de protesto. À conversa estivemos com Marisol Marques, presidente da “Jornada Principal”, e com um outro membro da associação, Diogo Pastor, engenheiro do ambiente.

Mais tarde acabaríamos por ter inesperadas companhias, isto na sequência de atenta vigilância, feita na rua (pública) anexa ao aterro, por parte de elementos ligados à Recivalongo, e depois de um contacto algo intimidatório, principalmente, com quem registava fotograficamente as “lindas” paisagens do local. Vamos já lá…

No primeiro contacto com a simpática vila – e depois de um “sejam bem-vindos a Sobrado”, ao mesmo tempo que o vento -soprando forte – consigo trazia cheiros, no mínimo, incomodativos, deparamos com uma localidade pacata, e, depois, algumas zonas residências, mais próximas do aterro, de persianas fechadas.

Estivemos, assim, numa vila do concelho de Valongo, do distrito do Porto, com perto de sete mil habitantes (segundo o Census de 2011), com 19,40 quilómetros quadrados, e que se dá a conhecer ao mundo através das tradicionais festas da Bugiada e da Mouriscada, mas, agora, também, e pela pior das razões, ou seja, pelos graves problemas ambientais que a afetam.

O QUE SE ESTÁ A PASSAR…

Levados ao aterro gerido pela Recivalongo, logo ao lado da, como que congénere, Retria, foi notório um tapamento com alguns buracos – por certo para facilitar o trabalho do nosso repórter fotográfico – onde se registava a presença de um sem-número de fardos. A par desse registo visual, um outro, nasal, começou a dar sinais de vida, tal era o meu-cheiro que os ventos traziam, a par de gritantes sons de gaivotas estranhamente presentes no local.

De salientar que perto do aterro registamos a presença do edifício da Escola Profissional de Valongo, da sede social da Casa do Bugio, e depois a, como quem diz, “dois passos” do aterro´, de um conjunto significativo de residências no lugar do Alto Vilar. É bom que se saiba que este edificado já se encontrava em Sobrado antes de lá chegarem as empresas de “reciclagem”.

Observamos então, e da via pública, ou melhor da Rua da Aldeia, o aterro, acompanhados pelos nossos entrevistados, começando Diogo Pastor, e referindo-se aos tais fardos, que compõe a paisagem do aterro, a referenciá-los como potenciais causadores de incêndios, pois “isto é combustível e arde, pelo que tem-se registado alguns fogos neste local de aterro. A nossa associação debate-se com o facto de que se há um incêndio dentro do aterro, e como o aterro é impermeabilizado com telas plásticas, há uma grande probabilidade das mesmas serem danificadas com o calor e, ao derreterem, deixarem o lixiviado do aterro – que é o líquido que se forma com as chuvas que passam por o aterro -, infiltrar-se no solo e nos lençóis freáticos. Por isso, é que o Município afirmou que existiam contaminações dos solos na envolvência do aterro. Isso deve-se a possíveis danos nas telas de impermeabilização”.

Foto: “Jornal Novo Regional”

Eis então uma das causas que relevam o problema ambiental que afeta Sobrado, o qual diz respeito ao lixiviado, que, segundo viemos a saber, é também o causador dos maus-cheiros que se fazem sentir no local, e que tendem a – pelo andar da “carruagem”-, expandir-se para outras regiões vizinhas como Alfena e Campo.

Queremos limitar a tipologia dos resíduos depositados no aterro

Mas, pergunta-se: a “Jornada Principal” já tentou falar já com a, ou as, empresa(s) em questão?

“Não foi ainda estratégia da associação contactar a empresa. Isso está previsto no nosso Plano de Atividades, juntamente com Município. Tudo porque, não damos nenhum passo sem conhecimento do Município e o Município a mesma coisa em relação a nós. Esta é uma ação concertada, apartidária, cívica, e estamos todos a reclamar em prol do mesmo objetivo que é tentar limitar a tipologia de resíduos que aqui são depositados, e eliminar as infiltrações que podem existir para o solo. Nós não queremos, no fundo, encerrar o aterro, porque o mesmo é necessário para as populações, pois é para lá que é encaminhado todo o lixo, queremos – repito – é limitar a tipologia dos resíduos que aqui são depositados”, palavras de Diogo Pastor.

A ÁREA

Foto: Recivalongo

E quando falamos do aterro gerido pela Recivalongo, referimo-nos a uma área de cerca “12 campos de futebol”, ou seja 12 hectares, mas isto – como frisou Diogo Pastor – “em área plana, porque se formos a ter em conta o vale… a área é maior. Repare que esta é já segunda cela. Na altura, ou seja, quando os resíduos eram depositados na primeira cela, não se verificavam maus-cheiros junto da população, porque como estavam num vale encaixado e que tinha uma cortina arbórea muito significativa na área envolvente, os odores acabavam por aqui ficar retidos. Agora já não é esse o caso.

E agora já não é o caso porque “o aterro já está numa altitude que se vier um bocado de vento, os cheiros chegam facilmente à vila de Sobrado. E pode acontecer – se o aterro continuar a crescer em altitude -, que os maus-cheiros possam chegar a Alfena e a Valongo. O aterro irá finalizar na montanha que falta aqui”.

E Marisol Marques, presidente da associação, reitera a posição de Diogo Pastor: “não temos problemas com o tratamento de inertes, nem nada contra o aterro em si, o problema está na forma como eles os estão a utilizar agora, e que tipo de resíduos e que aqui colocam”.

O HISTÓRICO…

A história das duas empresas de reciclagem, ainda que entidades diferentes, é comum em muitos factos. De acordo com Diogo Pastor, “em 2007, no Vale da Cota(‘) iniciaram-se dois processo na Câmara de Valongo. O processo de uma entidade que é a Retria e de uma outra que é a Recivalongo. São duas entidades distintas mas os negócios são os mesmos. Enquanto no processo da Retria as pessoas tiveram conhecimento de tudo o que iria acontecer, pois tudo foi exposto nas assembleias de freguesia, já no da Recivalongo tudo foi ocultado. O processo desta empresa entrou dois ou três meses depois do processo da Retria, e a população não sabia da existência da atividade da Recivalongo.”

A Recivalongo recebe resíduos perigosos como é o caso do amianto

“Acontece”, continua o nosso entrevistado, “que a Retria nunca foi um aterro, foi uma unidade industrial de tratamento e valorização de resíduos, que é a unidade que se situa mais a norte do aterro; e a Recivalongo, que foi licenciada em 2012, começou a ter uma outra atividade. A população concordou com o aterro de inertes. Ou seja, existe uma atividade que a população é contra e outra que é a favor. O facto de ter um aterro de resíduos inertes, nesta área envolvente, emprega pessoas, e reduz o número de resíduos. É contra, contudo, a tal entidade que surge em 2012, a Recivalongo, entidade essa à qual a Agência Portuguesa do Ambiente licenciou um aterro de resíduos industriais não perigosos, e que, mesmo assim, está habilitada a receber resíduos perigosos, como é o caso do amianto. Portanto, essa entidade tem um aterro de resíduos não perigosos, mas recebe os perigosos também”.

Marisol Rodrigues à conversa com o “Etc e Tal jornal”

Marisol Rodrigues lembra, por seu turno, que a “associação Jornada Principal tem o objetivo da promoção e da defesa do ambiente. Mas neste momento a nossa jornada principal, e daí o nome da associação é, exatamente, devolver aos sobradenses a qualidade de vida que tinham. Que possam sair à rua e respirar; que as nossas crianças possam brincar, divertir-se sem problemas. Repare que isto à noite é caótico… é um flagelo. Ninguém suporta os cheiros e somos literalmente invadidos, nas nossas casa por uma quantidade indescritível de baratas e outros insetos, tendo muita gente se dirigido ao Centro de Saúde por causa das picadas”.

VIGILÂNCIA

Enquanto Marisol Rodrigues falava à nossa reportagem, passava, vindo dos escritórios da Recivalongo, uma viatura que por nós passou estacionando mais à frente. Quem vos escreve perguntou à presidente da associação, se conhecia os elementos (dois) que se faziam transportar na viatura. A resposta foi: não. A viatura parou, e nós continuamos com o nosso trabalho.

“Quando há pouco se falava em empregabilidade, saiba que ela não é expressiva, pelo menos na Recivalongo. Eles têm quatro postos de trabalho”, salientou a presidente da “Jornada Principal”.

Enquanto isso, deparamos com um edifício, mesmo à nossa frente, abandonado. “Neste momento esta infraestrutura não funciona. Era uma unidade de receção e trituração de plástico e produção de Combustível Derivado de Resíduos para incorporá-lo nos fornos das cimenteiras.

Mas, e regressando às empresas de reciclagem e à questão do aterro, pergunta-se se as licenças, ou o licenciamento, não parte também do estado central? Diogo Pastor explicou-nos: “É a autarquia inicia o processo de exploração industrial dos espaços. A partir do momento que ela dá o parecer favorável para a construção, neste caso, dos dois polos de que estamos a falar – o aterro e a Retria -, ambos os processos transitam para os organismos competentes, que depois aí dão o seguimento da licença, como aconteceu nestes casos.

Há matéria orgânica aqui depositada, por isso o aparecimento de gaivotas

Outro caso estranho foi, na realidade, a presença de gaivotas junto do aterro. “Nunca tinha visto gaivotas em Sobrado”, refere Marisol Rodrigues natural da terra, e, explicando a questão, Diogo Pastor referiu que “as gaivotas estão aqui porque há matéria orgânica aqui depositada e em decomposição. Os meus-cheiros devem-se também à matéria orgânica aqui depositada.”

E realça Marisol Rodrigues, foram esses maus-cheiros “que se fazem sentir há dois anos e que se vêm intensificando, que nos fizeram reagir. Este é já um problema do concelho de Valongo e do distrito do Porto.

E a verdade é que, de acordo com Diogo Pastor “já existe um registo de uma contraordenação aplicada à Recivalongo, pois no final do aterro têm uma Estação de Tratamento de Águas Lixiviadas, uma ETAL, que teve problemas graves recentemente…”

“DIÁLOGO” TRIPARTIDO

Ora, é neste preciso momento que somos interrompidos pelos tais dois indivíduos que se faziam circular numa viatura ao longo da Rua da Aldeia, junto ao aterro, e vindo dos escritórios da Recivalongo. Um fala com o nosso repórter fotográfico, perguntando-lhe o por quê de estar a fotografar o interior do aterro, e um outro – que viemos saber ser engenheiro – dirige-se a quem vos escreve perguntando se queremos “esclarecimentos” sobre a situação.

O senhor, de nome Marco Marques, imaginou logo o por quê da nossa presença, e o “Etc e Tal” permitiu que o representante da Recivalongo desse a conhecer a sua posição, isto face aos factos relatados pelos membros da associação.

O encontro foi gravado em áudio. Todos estiveram presentes – excetuando um elemento da empresa que ficou junto ao carro – e o diálogo processou-se da forma que se segue:

EeTj Se quer prestar declarações esclarecendo, então faça o favor de esclarecer tudo quanto o que esteja relacionado com as questões levantadas por uma associação ambientalista aqui da zona.

Marco Marques (MM) – Faça uma questão específica e terá uma resposta específica

EeTj Isto é um aterro?

MM: “Obviamente!”

EeTj Pronto! Até que ponto o aterro está a prejudicar a qualidade de vida das populações residentes em Sobrado?

MM: “Todas as medidas ambientais estão a ser tomadas e foram tomadas não só agora – durante exploração -, como na fase de projeto; execução de projeto e na exploração, Portanto, todas as medidas que preocupam estão completamente balizadas…”

Temos problemas com os lixiviados porque a ETAR de Campo não cumpre com os parâmetros exigidos

EeTj –… a qualidade da água; os maus-cheiros… tudo foi balizado?

MM – “Os cheiros pontuais existem. Não é um cheiro exagerado, é um cheiro pontual e os cheiros pontuais são devidos a um único problema: os lixiviados. E temos esses problemas com os lixiviados, porque a ETAR de Campo – com quem nós assinamos um contrato – não cumpre com os parâmetros exigidos. Nós fazemos um retratamento dos lixiviados, que enviamos para a ETAR de Campo, e esta tratar do resto, é o contrato que existe. Os nossos Valores Limites de Exposição (VLE) são equivalente ao de uma casa! Nós cumprimos e fizemos investimentos avultados para tal, mas a ETAR de Campo não cumpre desde 2005. Neste momento essa ETAR só está a depositar tratamento primário da parte do afluente”.

“Na verdade, o nosso problema é o do lixiviado, e esse problema advém da ETAR de Campo não cumprir. Essa ETAR não recebe a água! A gestão das águas residuais é um monopólio legal geográfico e, portanto, nós, para podermos contornar essa situação, pedimos uma autorização: ou seja: pedimos à Aguas do Norte para tratar do lixiviado que a ETAR de Campo não consegue resolver. A Águas do Norte aceitou; perguntou-se à Águas de Valongo e esta disse logo não ter capacidade para a resolução de um problema que dura há 14 anos… o que é gravíssimo! Uma ETAR não cumprir durante 14 anos?! Os cafés, os restaurantes, as indústrias, etecetera, pagaram 30 milhões de euros para fazer um tratamento que não foi feito… é grave! Em suma: o tratamento secundário não está a funcionar”.

Diogo Pastor (DP) – “Há uns meses a ministro do Ambiente esteve na ETAR de Campo e foi aprovada uma obra de cinco milhões de euros para fazer o aumento de capacidade a esse tratamento secundário que não tem atualmente”.

MM – “Agora?! Agora já deveria era ter tratamento terciário, porque nós estamos a falar de questões relacionadas com a desinfeção, que é o grande problema das ETAR. As ETAR, no tratamento primário, estão a tirar a areia, pensos higiénicos, beatas… O tratamento a seguir é o esgoto, as fezes, etc. que são misturados na água e tudo é colocado, diretamente, no rio porque não é feito esse tratamento.”

A população sente-se enganada

Janelas fechadas por precaução… aos maus-cheiros

DP: “No que ao aterro diz respeito, a população sente-se enganada. Não estamos a dizer que a culpa é vossa, vocês têm as licenças todas, e estão a cumprir. Agora, nós estamos a representar uma população que se sente enganada, porque só tinha conhecimento da existência Retria, como aterro de resíduos inertes,…”

MM – “Em 2006 – isto está no Plano Diretor Municipal -, foi metido na Câmara um processo a perguntar se se podia fazer aqui um aterro. A Câmara respondeu, sim. Em 2007, foi aprovada a construção da Retria. Um, o da Retria, saiu primeiro que o outro – o outro só saiu em 2011 –, porque os processos são completamente diferentes”.

DP: “A população não teve conhecimento deste último processo. Do vosso, da Recivalongo”.

Marisol Marques (MarM) – “Então, as pessoas meteram-se nesta luta sem razões? Sem se sentirem afetadas? Por que é que uma escola e uma associação, e todos os residentes aqui por perto não podem abrir uma janela? Venha daí ver os factos…”

MM – “Das 08h30 às 22h00. Estou aqui todos os dias, o cheiro é pontual. Este projeto foi a duas consultas públicas, está no PDM; se permitiram… permitiram! Na verdade, o que está a acontecer, afeta não só a imagem da empresa para a qual trabalho, a Recivalongo, mas também afeta a minha imagem como profissional”.

EeTj – Não se está a colocar na posição do cidadão! Acha que este movimento tem alguma lógica? Por que razão saíram à rua numa caminhada da protesto? Por pura diversão? Há ou não razões para tal?

MM – “Os movimentos são todos válidos e são válidos porque estamos em democracia. Mas, aqui, tenho que defender factos científicos, para isso é que trabalho.”

DP – “Tivemos sempre cuidado de não ferir suscetibilidades técnicas. Não colocamos em causa a parte técnica de ninguém”.

Não temos matéria orgânica no nosso aterro

MM: “Não posso comentar, não sei. Nós temos medidas técnicas, como já referi, o nosso problema é a montante, por isso é que, desde 2007, estamos a tentar resolvê-lo. O nosso problema são os lixiviados. Nós não temos matéria orgânica no nosso aterro. Não somos um aterro de «urbanos», somos um aterro de «industriais».

EeTj – Há ou não amianto?

MM – “Não há amianto! Há telhas de fibrocimento que contêm amianto, o que é muito diferente. Essas telhas são permitidas para serem colocadas em aterros. Colocam-se em aterros, e são tomadas as precauções  da nossa responsabilidade, como é o do condicionamento. A nossa política de ambiente depende de 60 por cento de aterros sanitários”.

EeTj – Pelos vistos, ninguém aqui está contra os aterros, está é contra como eles e neste caso, este, funciona…

MM – “A questão que se coloca é uma questão de ordenamento que toda a gente sabe que não existe”.

MarM – “Então, quem veio para cá? Onde estavam as casas?

MM – “Não fui eu que fiz um PDM a permitir um aterro aqui!”

MarM – “Alguém autorizou que isto crescesse e no meio da população. Vocês sabem que as casas estão aqui abaixo. Venha para minha casa, esteja lá uma semana, e continuem, nesse período, a laborar normalmente, e depois diga se sentiu ou não os cheiros?! Foram 1.200 pessoas que saíram à rua em protesto. Eu sei quantas t-shirts comprei e sei quantas assinaturas tenho. Fizemos uma petição. Nada do que fizemos no dia 10 de junho é segredo…Teríamos este desgaste se não nos sentíssemos lesados?”

-.-

E Marco Marques – que não quis ser fotografado – convidou os representantes da associação Jornada Principal para uma reunião, convite que foi aceite. O “Etc e Tal jornal” esteve assim, e sem querer, na base de um diálogo que é importante, até porque Marco Marques, como representante da Recivalongo não respondeu a muitas das questões levantadas, e houve outras que podem revelar contradições.

Fonte “Zé Dias” com água imprópria… para tudo!

Este posicionamento da Recivalongo, através da postura de Marco Mendes e de um outro membro da empresa, foi, no fundo “uma vitória para a nossa associação e para a jornada de protesto levada a cabo no dia 10 de junho, uma vez que os fizemos falar”, como realçou a presidente da Jornada Principal, Marisol Marques que, num futuro próximo, tem já em agenda “uma reunião com a autarquia para definir estratégias de forma concertada”, assim como encontros com “associações e partidos ligados às questões ambientais, pois, para além da Quercus e da Zero, tentaremos aproximar da nossa causa todas as forças políticas e não só”.

Está dado o lamiré…

01jul19

 

 

 

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