Patrícia Moreira
Aquele sufoco, sim um sufoco… é como me descrevem acerca do que sentem. A Ansiedade Social consiste na prática, no medo e nervosismo que as pessoas sentem quando estão em relação com os outros. Os sintomas não são (ao contrário do que se pensa) exclusivos de quem é tímido.
Os sintomas ocorrem quando em contacto com os outros, a pessoa sente que poderá fazer algo de errado e que será humilhada. Para estas pessoas normalmente estar em público é estar a ser julgada de forma negativa perante algo que tenham dito ou feito. Sentem que as outras pessoas irão dar conta de todos os detalhes, das suas possíveis fraquezas e que facilmente serão criticadas e rejeitadas.
O Ansioso Social acaba por não interagir de maneira natural com quem o rodeia, pode até sentir que tem dificuldade em exprimir-se. Esta forma de pensar e sentir o que o rodeia delimita a convivência. Muitas vezes estas pessoas isolam-se e a tristeza avoluma-se.
Este tipo de pessoas têm maioritariamente caraterísticas positivas, são simpáticas, carinhosas, solidárias… mas não se sentem muito tranquilas na companhia de outras pessoas, escondendo as suas qualidades.
Muitas das pessoas que sofrem de Ansiedade Social deixaram de acreditar nas suas qualidades, enfraqueceram a sua autoestima e autoconfiança.
Quando estas qualidades são trabalhadas e as limitações ultrapassadas a pessoa tem a possibilidade de poder expressar livremente quem é e tirar partido da vida. Sobretudo tirar partido dela mesma e de todo o seu potencial. Em consultório a Terapia Cognitivo-Comportamental é aplicada com bastante eficácia.
No entanto, na vida diária é importante implementar alterações tais como: mudança dos padrões de pensamento em que analisando as ideias acerca da possível crítica dos outros, também se analisa o comportamento que está a ter. Fazer coisas de maneira diferente como interagir com maior frequência. Também mudar crenças limitantes acerca da mesma aumentando a sua autoconfiança. Não adie mais, cuide de si!
Fotos: pesquisa Google
01nov19