Lúcio Garcia
A campanha que tem sido feita contra o Tribunal Constitucional, tem um paralelo na história recente. Os autores são os mesmos. Só não vê quem não quer. Ataca-se violentamente um órgão Independente da estrutura do Estado, que tem por primeira função defender a Lei contra todos os abusos de uma qualquer maioria, onde os fins podem justificar os meios. Nada de mais pavoroso.
Que leitura se pode fazer daqueles que juraram defender a Constituição e governar sobre a sua égide? Que dizer, quando a atacam violentamente, incluindo ataques pessoais aos Juízes do próprio Tribunal? Que democratas são estes que atacam as decisões do Tribunal? Podem discordar delas, mas não têm mais, é de acatar as suas decisões, sejam ou não convenientes com os seus interesses. O Tribunal Constitucional e as suas decisões são soberanos e são o que nos separam da barbárie.
Os mesmos que hoje orquestram esta campanha contra o Tribunal Constitucional, são exatamente os mesmos que conduziram a campanha mais vil de que há memória contra uma pessoa e um primeiro-ministro em Portugal. Contra uma pessoa, porque essa campanha visou a pessoa em si, com as mentiras mais soezes sobre a sua vida privada. Contra o primeiro-ministro porque foi falsa e hipócrita. Claro que falo de José Sócrates.
Esta campanha sórdida conduziu os portugueses a uma brutal descrença na política. A substituição da discussão dos problemas sérios do País, por problemas acessórios, que têm mais a ver com a ética do que, com os reais problemas que atravessamos. Não quero dizer que também eles não sejam importantes, mas o seu intuito é o de nos distrair das verdadeiras causas. Das verdadeiras causas, que nos conduziram aos dias de hoje.
A ignorância sobre o que aconteceu com a crise mundial que se iniciou em 2007. As decisões e contra decisões da União Europeia. A falta de uma liderança forte na resolução dos problemas. A opção da austeridade aplicada de um dia para o outro depois de uma ordem de expansão económica. A errada arquitetura do Euro. Mal concebida desde o seu início, e que veio a redundar em grandes distorções nos Países que constituem a moeda única e que não tiveram em conta as suas importantes diferenças. Tudo isto contribuiu para uma forte debilidade dos Países do sul da Europa. A Europa não dispor de um Banco Central com as características de um Banco como a Reserva Federal dos Estados Unidos, do Banco do Japão ou mesmo do Banco de Inglaterra, não nos proporciona ferramentas de igualdade para o combate à crise.
Acrescente-se ainda a brutal demência na insistência destas políticas de austeridade, em que as suas consequências estão provadamente longe de resultar. Mas, o que pensam muitos portugueses? A culpa de tudo isto foi de …Sócrates.
O discurso consecutivo na desqualificação das pessoas, e a não discussão dos problemas reais e da sua verdade conduziram-nos à situação atual. Hoje, muitos continuam a dizer que nem vale a pena perder tempo com Sócrates, mas a realidade é que todos continuam a falar dele. Sendo assim, não compreendo a preocupação com mesmo. Há pessoas que dizem que ele deu uma entrevista com um discurso agressivo, que ele escreveu uma tese de Mestrado em dois dias, e depois dizem que ele é arrogante. Que qualificações, tem esta gente para denegrir um trabalho que foi julgado por catedráticos de uma prestigiada Universidade Francesa, que ninguém contesta? Discurso agressivo? O que foi e tem sido toda a campanha contra Sócrates? Uma conversa de avózinhas? Prefiro uma linguagem, que pode ser dura mas entendo, do que uma linguagem redonda, cheia de adjetivos brilhantes, mas que no fim e bem espremida não significa nada e ninguém compreende.
Por vezes ouço pessoas a reconsiderarem algumas das atitudes que tiveram contra Sócrates. É curioso notar que apesar disso ainda mantém reservas mentais contra ele. Dizem: Bem o homem afinal não era tão mau como diziam mas…não sei, ele tinha alguma coisa. Perguntando, o quê? Ninguém sabe responder. Não tenhamos dúvidas de que a campanha contra ele foi bem orquestrada. Foi criada uma histeria coletiva contra ele, que nem indivíduos que dão nota positiva à sua governação tem medo em público o defender.
Ultimamente, começam a aparecer algumas teses e alguns comentaristas, de todo o arco politico, que começam a dar alguma razão a Sócrates e tentam explicar o sucedido.
No meio de muitos outros, Daniel Oliveira, por exemplo, escreveu um artigo de opinião publicado no “Expresso” com o título: O “Ódio a Sócrates”. Li esse artigo, e apetece-me perguntar: Perante o que Daniel Oliveira escreve hoje, onde estava ele nessa altura? Era bom que nos dissesse quando é que contestou o seu parceiro de debate Luís Pedro Nunes quando este só destilava ódio contra Sócrates. Quando é que ele levantou a voz contra a difamação e a infâmia, que hoje de certa forma, diz ter existido? Onde é que ele estava, quando pensei que, finalmente, seria possível uma aliança à esquerda com o Bloco? Quando o seu partido ganhou um razoável número de deputados, a primeira coisa que o seu líder Francisco Louça fez foi estar contra Sócrates, o seu Governo e uma possível aliança com o PS. Nessa altura também ele era responsável do Partido. Será por ter hoje concluído que estava errado que abandonou o Bloco?
Bem, mais vale tarde do que nunca. Mas, no seu artigo de opinião ainda paira o vírus contra Sócrates. Em determinada altura diz: Tenho dúvidas (em relação a ele, Sócrates). Se as tem, guarde-as para si. Mas se escreve, tem que dizer em que consistem as suas dúvidas. Se assim não for, estamos sempre no domínio da especulação.
Se alguém acha que Sócrates pisou a barreira da legalidade, não se limite a ameaçar com cadeia. Tenha simplesmente a coragem de apresentar queixa na Procuradoria-Geral da Republica.
Hoje, pergunto a mim próprio a razão deste discurso contra Sócrates não ter continuado. Como é que tantas e enormes diferenças pela negativa nas atitudes dos que nos desgovernam não provocam comportamentos recíprocos ou até mais violentos? Quem explica esta atitude?
Uma das maiores falácias ainda recentemente repetida pela ministra das Finanças na aprovação do ultimo Orçamento Retificativo foi a da falência do Estado. Esta é uma das maiores mentiras desde sempre. O estado nunca esteve falido, nem no tempo de Sócrates nem hoje. O que o Estado necessita, como todos os outros sem exceção, é de refinanciamento, que é uma coisa totalmente diferente. Diga-se que em dois anos, este desgoverno consegue superar o governo de Sócrates.
Sócrates elaborou três PEC o quarto não foi aprovado, o que nos trouxe ao terror porque passamos hoje. Este desgoverno, bate o recorde. Já lá vão seis PEC. A única diferença é o nome. Antes chamava-se PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) agora chama-se DEO (Documento de Estratégia Orçamental). Assim se engana o povo mal esclarecido.
Lembram-se que a primeira razão apontada por Passos Coelho, o PSD/CDS, e não esquecer o Bloco, o PCP e os Verdes, todos juntos, a razão que apresentaram para reprovar o PEC, era o aumento da austeridade que era desnecessária? Agora o que dizem? Que pensar desta estratégia que teve por fim, com a cumplicidade da extrema-esquerda, a tomada do Poder?
Este desgoverno, repetidamente diz aos Portugueses com voz angélica: “ Então acham que nós queremos fazer mal aos trabalhadores e reformados”?
Claro que querem. Este desgoverno, formado por uma ala perigosa do PSD e do CDS, aproveitaram esta crise, para impor uma mudança na estrutura do Estado que passa pôr por fim ao Estado Social e entregar aos privados. Sócrates bem que avisou durante a campanha, mas o Pinóquio era ele. Como ainda não o conseguiram fazer de forma Constitucional o que sempre esteve na sua agenda, estão a fazê-lo agora com aquilo que considero um verdadeiro golpe constitucional. Como não é possível no nosso País, criar uma desvalorização da moeda, como não temos Banco emissor, que melhor alternativa do que empobrecer? Nem que seja à força. Fica o caminho livre para a arbitrariedade, para o saque aos serviços prestados hoje pelo Estado.
Na Educação, na Saúde, e em todas as outras áreas, que forem rentáveis para o privado. Não tenhamos ilusões. Se não pararmos esta tendência é o que vai suceder. A direita mais radical vai levar avante o seu projeto, com a contribuição do Presidente da Republica. Este desgoverno nunca foi mandatado para executar e levar acabo uma politica de desmantelamento do Estado Social e do seu tecido económico, como está ser feito.
Uma outra falácia são as PPP. Concordo que poderia ter havido melhor negociação nas PPP, mas em todas. Nenhuma foi bem negociada no interesse do Estado. A pior porventura, foi a da ponte Vasco da Gama, que dá à empresa concessionária o exclusivo da terceira travessia do Tejo. Querem coisa pior? Sabem quem foi o responsável? Pois nem menos do que Cavaco Silva. O maior descaramento foi que o seu ministro Ferreira do Amaral, que ficou conhecido pelo “Ministro do Betão” nem período de nojo, cumpriu. Logo que saiu do Governo, foi logo ocupar a cadeira de Presidente do Conselho de Administração da Lusoponte.
Não embarco no entanto no exagero de dizer que as PPP foram a causa maior dos nossos problemas, porque não foram. Sob o ponto de vista da negociação poderia e deveria ser melhorada, mas os investimentos feitos, também são indispensáveis ao desenvolvimento do País. Digam-me qual foi o presidente de Câmara seja de que partido for, digam-me qual a população que estas autoestradas servem que alguma vez se tenha levantado contra a sua construção. Ninguém o fez. Todos as quiseram e todos as acharam necessárias.
Para melhor compreender este assunto, vejamos: As autoestradas da responsabilidade de Sócrates são sete, todas para o interior do País. O seu valor total foi de 3.5 mil milhões de euros a apagar em trinta anos. Este valor, representa cerca de 0,7 % do PIB. O total do valor inscrito no orçamento para 2014, para pagar todas as PPP desde Cavaco até hoje representam 2,2 % . Em comparação, este desgoverno aumenta o valor da divida em quarenta e dois milhões de euros por dia. Ou seja em três meses o valor da divida ultrapassa o valor do custo de todas as sete autoestradas de Sócrates. As autoestradas, estão lá. Criaram emprego, geraram impostos de IVA, IRS e IRC. Geraram economia, criaram riqueza. Em contrapartida a má gestão deste governo gera uma divida do mesmo valor no período de três meses apenas para pagar juros. A economia não ganha um cêntimo.
Para terminar, apenas uma referência ao entusiasmo propalado deste governo no que toca à recuperação da economia. Três aspetos são importantes. O consumo interno não baixou tanto, porque as decisões do Tribunal Constitucional reprovaram as medidas do Governo. Outro, não menos importante, foram as guerras, e instabilidade no Egipto, na Síria, na Tunísia e em todo o norte de Africa que desviaram o Turismo dessas zonas para outros destinos dos quais beneficiou e ainda bem, Portugal. O terceiro foi o ainda relativo bom desempenho do que nos resta do tecido empresarial.
Como não me consta que Coelho tenha tido qualquer interveniência nestes aspetos bem podem ficar calados quanto ao parco crescimento. Afinal, nada se deveu, antes pelo contrário às ações deste desgoverno.
É tempo de parar com politiquices e começar a falar verdade. O tempo não se compadece deste desastre sem fim para onde caminhamos.
01nov13
NOTA DA DIREÇÃO
Alguns comentários, entanto, enviados para o nosso jornal (08jan14) e destinados a esta rubrica, quanto ao trabalho supra-publicado foram desaprovados” devido a linguagem imprópria, obscena tanto para com o autor (Lúcio Garcia) como para com as pessoas citadas ou relevadas no artigo.
O nosso jornal tem um Estatuto Editorial que facilmente pode ser consultado. O “Etc e Tal Jornal” nunca foi, não é e nunca será um adro para brincadeiras de gente mal-criada que não sabe conviver com a democracia. O respeito pelas diferenças é aceite em democracia, o desrespeito pelas mesmas é um atentado à mesma e, outrossim, à liberdade responsável de expressão.
Como tal, e ao contrário do que acontece em outros espaços para comentários em que tudo é aceite, fica, desde já relevado que AQUI, NESTE JORNAL, não se aceita a crítica obscena, cobarde e reveladoras de espíritos ideológicos de origem duvidosa.
O Diretor
José Gonçalves
Caro Sr. António Cristovão, pois por ter respeito por mim é que escrevo o que escrevo. Veja lá: O Sr.não tem opinião própria e não procura a verdade, guiou-se pelo que disse um articulista ao serviço deste governo. Não sei que idade tem, mas no tempo em que esse jogo se realizou, sim, havia aulas de manhã e de tarde em muitas escolas e trabalhava-se ao sabado, quando se pensa que a vida era como hoje está enganado. Segundo: Swaps? Quem os fez? Se não estou em erro foi a ministra daqs finanças deste governo uma das que os fez, e salvo erro tres membros do mesmo governo foram afastados por estarem ligados aos mesmos, ou não? A maioria dos gestores das empresas que fizeram swaps são todos do PSD e do CDS, não sabia? Obras faraonicas? Quais? a Do Aeroporto? não foi feita e mal, no meu entender e vai ter que ser feita de lá por onde der. Este governo até já admitiu faze-lo. De que serve um grande Porto como o de Sines, se depois não tem um meio rapido de fazer chegar as mercadorias ao centro da Europa?É a mesma coisa que ter uma autoestrada que termina num apeadeiro, não é verdade? As PPP, ó Sr. António, sabe quanto representam as PPP no orçamento do estado? Todas as PPP, rodoviarias, ferroviarias, hospitais e tudo o resto. para o Orçamento de 2014…2014, leu bem representam menos de 2,5% do Orçamento. As Autoestradas do Socrates, 0,7 %. Esta a brincar comigo. Então são valores que põe o pais na miseria? Claro que não mas as pessoas em vez de lerem e saberem a verdade acreditam naquilo que querem, sem trabalho.Quando parar de dar ouvidos aos propagandistas mentirosos , eles sim deste governo, vai ver com facilidade que o enganaram. Leia o que disse um dos homens que contribuiu para essa farsa em entrevista que deu à revista Visão de há tres semanas. Ele explica lá tudo direitinho como os bloogers comandados por Miguel Relvas enganaram os portugueses, e muitos deles foram promovidos a deputados e até a secretarios de estado. Por respeito a si proprio, primeiro informe-se e não caia em coisas que ouve e lê na internet. Procure a verdade.Quando queremos muito acreditar numa coisa e ela não é verdade, eu sei que custa, mas a vida é assim mesmo. Tenha um bom dia.
Basta ver as declarações sobre o jogo Coreia/Portugal para ver a “ilusão” em que esta mente anda. e não seria grave, para mim como para si se não estivessemos a falar do 1º ministro que ainda hoje acha que o endividamento,os swapp as PPP as obras faraonicas, o descalabro da educação…são miragens dos inimigos. Tenha respeito por si e por nós e nãomisture verdade com “ilusinistas” destes.
Meu pai se fosse vivo dizia: boca santa
Tanta falta faz a este pais não haver mais homens como este articulista. Portugueses acordem antes que seja tarde. As boas cabeças que o PSD tem deviam se erguer e no próximo congresso fazer o que devia ser feito: tirar-lhe a toalha. Pensem nisso.
Já estamos num regime próximo do de 28 de Maio de 1926. Se deixarem essa gentalha à solta, não tarda que tenhamos a constituição de 1933 em versão revista e actualizada. E andam a discutir o que Socrates fez ou deixou de fazer ? Pensem mas é nos vossos filhos e netos ou a nossa geração não merece ir para a história.
Parabéns pela sua abordagem, determinação e frontalidade. Há quem se preocupe mais – num dia de sol – com o formato dos ramos de uma árvore em vez de aproveitar a sua sombra.
Por isso é que o mundo é tão belo e fantástico, a essência muda de forma consoante a pessoa: ou suas intenções.
Abraço
Excelente trabalho o seu, Lúcio Garcia. Com cara de peixe ou seja do que for, com o que escreveu houve por certo quem ficasse, sem querer, com cara de urso.
Interessante, por raro, é como reage a um comentário menos feliz de um leitor, ao enaltecer – coisa praticamente inexistente no jornalismo de hoje – o seu diretor, José Gonçalves, que, pelos vistos, lhe dá liberdade responsável para escrever à vontade. diretores desses estão em vias de extinção.
Quanto á defesa da política desenvolvida pelo eng. José Sócrates e até ao seu potencial regresso à vida ativa, penso que ainda muito se vai escrever com detalhes sobre essa matéria, mas o trabalho desenvolvido e editado pelo Lúcio está, em meu entender, muito positivo.
Parabéns ao Lúcio e ao Diretor que o deixa escrever.
Caro Sr. Severino. Estou aqui para dar a minha opinião, discutir ideias. As ideias não têm caras. Assino Lucio Garcia, se o entende como pseudonimo ou não, é problema seu. Estou no meu direito e tenho as minhas razões. Não gosta do nome paciência. Tudo o resto é do foro e das razões da minha vida privada que não lhe dou o prazer de conhecer.A unica pessoa a quem neste jornal presto contas e nem por isso nunca interferiu uma virgula na liberdade da minha escrita é o meu Director José Gonçalves. Talvez tenha aprendido uma coisa consigo. A não dar resposta aos meus leitores como todos os outros comentaristas em todo e qualquer Jornal o fazem.Passe bem.
Pedindo o meu Direito de Resposta ao abrigo da Lei de Imprensa. Obrigado.
Caríssimo “Lúcio Garcia”.
Ao contrário de outros leitores, porque acompanho lendo este jornal há já mais de dois anos, respondo à reação de um(a) autor(a) de uma peça.
Senhor “Lúcio”, não me respondeu às perguntas que lhe coloquei, as quais qualquer leitor pode consultar mais abaixo. E porque é que não respondeu? Porque demonstra medo. Mas, medo de quê? De mostrar a cara como fazem os seus camaradas de jornal?
Também isso não soube explicar.
Refugiou-se na “ofensa”.
Ora, caríssimo, eu só fiz perguntas e com elas ficou tão perturbado. Algo se deve estar a passar.
Com as minhas perguntas só quis saber, como leitor -e é um direito que me assiste – quem é, na realidade esse estranho “peixe” que esconde cara e ser humano e que é, ainda por cima, colunista num jornal já com significativa audiência – no contexto pró-regional, ao qual se propõe e é o seu público alvo.
Quis dizer, na minha primeira intervenção (a tal que a ofendeu), que em democracia não é preciso ter medo, e se se demonstra medo, demonstra-se também um mau exemplo aos democratas que escrevem não só neste como em outros jornais.
Antigamente, no tempo da outra senhora, lá teria de haver mais peixes Lúcio. Hoje acho que não é necessário tal.
Fico-me por aqui.
Não era minha intenção ofendê-lo. Somente de chamar à atenção que quem se diz tão democrata; tão defensor das liberdades, tem de dar a cara, como que vir para a “rua” em termos interativos, mas, acima de tudo, jornalísticos.
Sem mais de momento.
Manuel Severino
Caro Sr. Manuel Severino. Obrigado pela apreciação do meu texto.Como por norma respondo aos meus leitores, quando me pôe questões não o vou desapontar.Em primeiro lugar está no seu direito de não concordar com a minha opinião. Quanto aos dados revelados, são factuais. Em relação ao peixe, o peixe é de um Lúcio, dai o uso do peixe. Quanto ao resto da sua opinião, já não lhe vou responder, porque começa por um insulto.O sr. não me conhece com este nome nem com qualquer outro, devia portanto abster-se de comentarios depreciativos da minha pessoa. Está a levar o assunto para o âmbito pessoal e a isso eu não lhe dou o prazer de responder.
Caríssimo
Este seu artigo está bem escrito, ainda que não concorde com a sua opinião e alguns dos dados revelados.
Mas porque é que não dá a cara? Porque se acobarda por detrás de um peixe, ao contrário do que acontece com os seus camaradas de jornal? Tem medo? Em democracia não há que ter medo, há que se assumir cara-a-cara (neste caso autor-leitor)as responsabilidades. Chamar-se-á você mesmo Lúcio Garcia? Quem é o senhor transfigurado em peixe?
Pergunto eu.
Obrigado
Caro Sr, Miguel, obrigado por ler o meu artigo e por comentar. Para seu esclarecimento, eu não faço jornalismo,nem sou jornalista apenas escrevo um pequeno texto de opinião.Eu não faço politiquices, eu descrevo factos em que baseio as minhas opiniões. O Sr. diz que o Sócrates fez muitas coisas mal, bem ninguem é perfeito. Mas em vez de dizer isso, porque não enuncia as coisas que acha que ele fez mal? Conteste com argumentos, não com especulações ou apenas porque acha isto ou aquilo, fundamente o que diz, para nos podermos entender.As pessoas só devem ser julgadas por crimes que praticam, se pensa que Sócrates cometeu algum crime, apresente queixa contra ele na PGR, é um direito que lhe assiste como cidadão.Agora não me diga que quer meter na cadeia quem não pensa como o Sr? Quer prender pessoas por delito de opinião? Portugal ainda tem uma Constituição da Republica que é bem clara no que diz respeito à separação de poderes. O melhor, é ler a Constituição da Republica Portuguesa.
Gostei do artigo. Muito bom! Faz muito que sou defensor das ideia que Sócrates não pode ser, não foi aquilo que hoje se diz ter sido, e tenho sido muito criticado e pago por isso. Não sou defensor de partido algum. Por mim podiam terminar já, de vez todos. Isso seria bom sinal, sinal que a humanidade em paz teria encontrado forma de administrar as riquezas sem totalitarismos, fanatismos, ou mesmo sem privilegiados, sem elites. A verdadeira história sobre Sócrates, se começa a fazer.
É tempo de acabar com politiquices, concordo, mas este discurso todo não é senão mais uma politiquice!! O Sócrates fez muitas coisas mal na sua governação, como muitos outros politicos q estão neste governo ou q estiveram noutros governos. O problema é q nunca nenhum é julgado pelos seus erros, pelos seus abusos, pelos seus crimes contra o povo português!!! Defender o Sócrates é defender todos os crimes feitos por esse homem, se quer fazer jornalismo, faça-o sem mentiras, porque para mentirosos bastam os politicos, como o Sócrates e muitos outros!
Verdade, um dia a história se encarregará de repor a verdade!! O pior é o mal já causado!!