Esta rubrica dá a conhecer a toponímia portuense, através de interessantes artigos publicados em “O Primeiro de Janeiro”, na década de setenta do século passado. Assina:
Cunha e Freitas (*)
“Há topónimos que não carecem de explicação. Este é um deles. Não sabemos de quando data. Um anúncio publicado na “Vedeta da Liberdade”, jornal portuense, em 1835, refere que um tal João Crisóstomo Henriques, proprietário de uma fábrica de cal no “sítio do Rego Lameiro, na freguesia de Campanhã, subúrbio desta cidade”, desmente a notícia espalhada pelo lavrador Manuel Lourenço Dias, de que a sua fábrica se vende, e declara que com o mesmo tem pleito, sobre parte deste assentar em terreno do dito lavrador. Que com estas atoardas este queria valorizar a sua propriedade, que pretendia vender.
Nenhuma outra notícia temos desta serventia que principia na Avenida de Paiva Couceiro e termina na Rua da Formiga – nesse tempo uma quinta, que o mesmo jornal anunciava para arrematação em 11 de julho de 1837, pelo Juízo de Paz de Campanhã: “uma quinta com água de nora e vestígios de casas no lugar da Formiga, ao pé do Padrão de Campanhã”.
(*) Artigo publicado em “O Primeiro de Janeiro”, na rubrica “Toponímia Portuense”, de 06.11.1973
Na próxima edição de “RUAS” DO PORTO destaque para a “Calçada de Sobre-O-Douro”.