Carla Ribeiro
Vivemos numa sociedade de estereótipos, estigmas, tabus e convenções. Tantas vezes já não passamos na rua e olhamos e em pensamento criticamos algo.
Um comportamento, uma forma de vestir, a linguagem, o aspeto, de alguém que na rua se cruzou connosco.
Somos seres diferente, com valores e educações diferentes, e é nesta diferença que se constrói uma sociedade onde deveria imperar o respeito pelo próximo e pelo semelhante.
Mas que educação é esta afinal, que princípios, não será que são apenas estereótipos, e preconceitos nos quais tantas vezes nos refugiamos apenas para podermos criticar e dizer simplesmente que não gostamos, quando na verdade estamos apenas presas a uma educação na qual já nem nós acreditamos.
Apontamos o dedo à prostituição, pois é mais fácil, e nem refletimos que ela existe pois a procura também é uma realidade.
Nem pensamos no que leva cada vez mais jovens a recorrerem a este meio de subsistência. E será que já paramos para pensar no que leva cada vez mais pessoas na procura de esta prostituição, jovem, masculina e feminina e até de casais.
Se recuarmos na história, e pensarmos na lei da oferta e da procura, ai temos a resposta. Mas é sempre muito mais fácil criticarmos e não percebermos se podemos ou não ajudar? Mas ajudar quem? Quem compra ou quem vende?
Não me importa criticar mas sim sentir, sentir o que leva a nossa sociedade a todas estas mutações, ou talvez não, pois acredito que este mercado de serviços sempre existiu, apenas não estava tão explícita e a descoberto.
Somos seres de sentimentos, somos uma sociedade em mutação, repleta de crenças, tabus, estigmas sociais e estereótipos.
Será que não está na hora de nos despirmos de todos estes preconceitos e abrirmos a portas das nossas mentalidades a estas realidades aceitando-as?
Sentimos medo, vergonha nojo até do que não queremos enfrentar.
Somos seres de sentimentos, de caminhos e de sentires, somos até seres em construção e em reconstrução.
Criticamos até que uma jovem tão nova esteja a passear de mão dada com aquele “velho”, simplesmente porque é mais velho do que ela.
Já nem se acredita nos sentimentos verdadeiros, atiram-se logo uma conjunto infindável de atributos negativos, em que puta, e quer é o seu dinheiro são os que mais imperam.
Aprendi na vida que Amor, não escolhe sexo nem idades, por isso acho que o importante é que cada um encontre o seu caminho, a sua felicidade, e a assuma vivendo-a da melhor forma, sem ter receio de olhares, criticas e preconceitos.
Sentimentos, ou talvez não, pois as vezes acho que já são poucas as pessoas que nesta sociedade têm a racionalidade de simplesmente contemplar sem fazer critica ou tecer algum tipo e comentário negativo e reprovativo em relação aos comportamentos psicossociais.
Será que algum dia vamos perder todos estes estereótipos e limpar as nossas mentes de preconceitos e aprender simplesmente a viver.
Ouvi um dia alguém dizer: “a minha liberdade termina quando entro em conflito com a do meu semelhante…”, e sem dúvida, esta é uma realidade, pois só respeitando podemos ser respeitados.
Deixo-vos com estes temas, alguns apenas de muitos em que cada um pode refletir.
Perdemos a magia da vida, quando perdemos a inocência das crianças e a transformamos em maldade e crueldade.
A todos sem igual,
Obrigada
Até breve com novos “sentir”, novos “amar”…
Fotos: Pesquisa Google
01jun16
Muito bom Carla, gostei muito , da que pensar, felizmente que tal como na moeda tambem há a outra face, em < % é certo mas vamos ter esperança no equilíbrio. Bj grande e obg
Excelente texto…1 sentido texto sobre a vida humana…a realidade sentida de uma Mulher como tu. Bjs
Testemunho Facebook:
“Elisabete Pinto Excelente texto! Sim… é
Preconceito!! Fomos educados na existência do preconceito que é difícil não conviver com ele, seja qual o tipo de preconceito! Acredito que hoje em dia haja muito menos, daqui alguns anos não vá existir… assim espero.”
Testemunho do Facebook:
“Augusto Monteiro – Adorei ler. Realidades, cruas, duras e, infelizmente, verdadeiras. Parabéns.”
Sem dúvida,
Mais um excelente texto, que nos toca no mais profundo do nosso sentir, o “Respeito”, e como tu dizes tão bem…
Onde andará ele?
Obrigado amiga por mais um excelente testemunho.
Beijinhos