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TEATRO MUNICIPAL DESTACA O PORTO NO “MAPA ARTÍSTICO” INTERNACIONAL

2018 é o ano de consolidação da missão assumida pelo Teatro Municipal do Porto (TMP) de apoio às companhias e artistas locais, à coprodução e à circulação de obras internacionais. Sob este desiderato, a temporada de janeiro a julho traduz-se em 76 espetáculos, 15 em estreia nacional, e 14 residências artísticas a habitarem os dois polos do TMP, Teatro Rivoli e Teatro Campo Alegre.

São muitas as novidades numa agenda que manifesta o reforço da programação internacional, a crescente expressão do Porto além-fronteiras, enquanto centro de produção artística, e a atenção especial à criação nacional e aos públicos da cidade. Tudo o que vai acontecer nos próximos sete meses reflete, assim, a continuidade da estratégia seguida pelo TMP nos últimos quatro anos, com a aposta na dança e no teatro a prevalecer sem que sejam excluídas outras disciplinas – há performance, música, literatura, cinema, marionetas, novo circo, workshops, abertura ao pensamento e à conversa.

Chega-se, deste modo, a cerca de 76 espetáculos a apresentar até julho. Destes, 22 são internacionais e 27 de companhias e estruturas da cidade. Há 22 coproduções de raiz, sendo que 15 são realizadas com estruturas que trabalham a partir do Porto e três internacionais com Brett Bailey, Raimund Hoghe e La Horde. Das 14 residências artísticas de curta duração, duas são internacionais, conduzidas por Raimund Hoghe e Ola Maciejewska.

A concretização desta programação representa um investimento aproximado de 740 mil euros, revelou o presidente da Câmara e responsável pelo pelouro da Cultura, Rui Moreira. Nos dois festivais indissociáveis do Porto, Dias da Dança e FITEI, são investidos cerca de 380 mil euros.

Rivoli celebrou 86.º aniversário

O aniversário do Teatro Rivoli volta a marcar o arranque da nova temporada do TMP. Ao longo do dia 20 de janeiro, a sala portuense apresentou uma programação non stop que assimilou todas as disciplinas artísticas do Teatro Municipal.

Numa festa de entrada livre, foram apresentadas mais de uma dezena de propostas. O destaque foi para a estreia nacional de “Ela Baile”, um trabalho da coreógrafa francesa Mathilde Monnier sobre texto do escritor argentino Allan Pauls. Mas houve também uma instalação sonora de Maria Trabulo ou encontros com as palavras de Ana Deus e a música dos Gala Drop.

Destaques

Na impossibilidade de se mencionar aqui toda a programação do primeiro trimestre, ficam alguns destaques por assinalarem novas parcerias, regressos e estreias de artistas nacionais e nomes universais.

Em janeiro, a consciencialização para a ecologia e o voraz mundo das telenovelas brasileiras cruzam-se em “Amazónia“, uma peça da companhia portuense Mala Voadora com encenação de Jorge Andrade, artista associado do TMP.

Neste mês começa também um ciclo anual de conferências, com periodicidade mensal e nascido de uma parceria do Teatro Municipal com a Universidade Lusófona. “Do Estranho” é o tema que abre ao debate diversos temas, juntando em cada mês várias personalidades convidadas.

Em fevereiro, Albano Jerónimo – um “galã das telenovelas” mas também “um excelente encenador”, como frisa Tiago Guedes, diretor do TMP – apresenta “Um Libreto para Ficarem em Casa seus Anormais“, pela companhia TN21.

No mesmo mês, um dos enfants terribles da cena teatral europeia, Philippe Quesne, regressa ao TMP com “La Mélancolie des Dragons“, uma viagem entre o inusitado e a reflexão sobre o estado do mundo, pejada de referências literárias, musicais e pictóricas.

Em março é a vez de voltar ao Porto o coreógrafo Raimund Hoghe e com dois espetáculos: “La Valse“, a sua mais recente criação para seis bailarinos, e “Momentos of Young People“, uma revisitação de “Old Voices, Young People” (2002). Integrada no Paralelo – Programa de Aproximação às Artes Perfomativas, esta revisitação leva ao palco 12 jovens do Porto, escolhidos em audição.

Pela primeira vez na cidade estará o grego Dimitris Papaioannou, “um coreógrafo fantástico”, como assinalou Tiago Guedes. Traz-nos “The Great Tamer“, obra que evidencia o cunho plástico e poético das suas criações.

Ainda em março, o Portugal dos anos 90 surge estampado no espetáculo que Gonçalo Amorim encena para o TEP – Teatro Experimental do Porto. Mas estes são, convém reafirmar, apenas algumas das propostas.

Encontro Mundial de Profissionais das Artes Performativas e…

A programação para os meses de abril a julho será divulgada em março, mas há iniciativas que estão já pré-anunciadas: é o caso do Festival DDD – Dias da Dança 2018, que de 26 de abril a 13 de maio apresenta 35 espetáculos, e do FITEI – Festival Internacional de Expressão Ibérica, em junho. Um e outro voltam a expandir-se por vários palcos da cidade e pela área metropolitana alargada.

Com o DDD coincide a realização do encontro mundial do ITEM, que reunirá no Porto centenas de profissionais das artes performativas de mais de 60 países.

A vinda ao Porto (junho) do coreógrafo Salia Sanou (Burkina Faso), pela primeira vez em Portugal; a apresentação de uma grande instalação de Brett Bailey (África do Sul) em julho; ou a extensão do festival de novo circo O Trengo, que por norma habita espaços ao ar livre, ao palco do Teatro Campo Alegre são algumas das novidades que pode já anunciar-se.

A par da programação, a atividade estende-se ao crescente envolvimento com redes internacionais de estruturas artísticas e culturais que potenciam residências cruzadas e exponenciam as oportunidades de internacionalização dos artistas associados do Teatro Municipal do Porto.

Texto: Porto. /EeTj

Foto: Filipa Brito (Porto.)

01fev18

 

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