Carla Ribeiro
Caros leitores, desta vez, estou num daqueles raros momentos, de revolta e até alguma indignação.
Tanto se fala em concorrência e igualdade de direitos, quando neste momento vivemos uma travessia no deserto de uma classe que sempre se acha tão mal paga e injustiçada, taxistas, pois está claro.
Estamos há uma semana a assistir a um conjunto de concentrações / greves, em que as principais artérias das principais cidades estão inundadas de táxis.
O transeunte usual, quase necessita pedir por favor, e com muito cuidado, para poder furar entre esta classe operária, que até aproveita os bancos e meses da nossa tão desarvorada avenida dos aliados para jogar umas cartas.
Ora, eles necessitam ocupar o seu tempo, já que não estão a conduzir as viaturas, como habitualmente.
Acho que todos devemos lutar pelos nossos diretos e o direito há greve, é sem dúvida um direito que assiste o trabalhador, mas não estará esta greve a ir longe demais?
Meus caros amigos e trabalhadores honrados e honestos taxistas, não seria de trem feito uma escala para assegurarem, serviços mínimos e urgentes, tais como transportar pessoas doentes aos hospitais e que necessitam deles, sem ter capacidade para o fazerem sozinhos ou ajuda de terceiros que não podem estar sempre disponíveis?
Meus amigos, não contesto a vossa “greve”, mas acho que a mesma poderia ser mais ordeira.
Tenho que louvar e agradecer, o excelente trabalho de uma radio táxi de Matosinhos, que perante estas adversidades, está a fazer as chamadas urgências, assegurando os serviços para e do hospital.
Claro que nesta guerra apenas se asseguram os serviços importantes, como clientes fixos, e aeroporto, pois neste fatura-se bem.
Afinal que greve é esta a que só alguns têm acesso a ser servidos?
Afinal, quem são os “fura-greve”, como entre vocês se chamam uns aos outros, quando cada um decide qual o serviço que mais lhe convém.
Confesso que esta greve, me está a causar alguma urticária, pois estamos a sentir na pela uma dura realidade, afinal há cliente de 1ª e os de 2ª, já para não descer mais…
Estamos a verificar, a existência de Hotéis, com contactos privilegiados, para chamar táxis, para os seus clientes, mas quando abordados para chamar para uma pessoa doente que não consegue andar, dizem peremtoriamente: – “ não temos táxis”…
Confesso que nos últimos dias me tenho sentido a viver num país terceiromundista.
Estanho pois eu até achava que já estávamos no séc. XXI, pois mas acho k estou redondamente enganada.
Mas afinal, que tanto reclamam os senhores taxistas, a regulamentação da concorrência?
Finalmente para não termos que assistir a mais cenas tristes como já assisti e senti temerosamente medo, em que taxistas resolveram atirar pedras compulsivamente contra uma viatura que estava a minha frente, apenas porque se tratava de um serviço Uber. E claro está que não se ficaram pelas pedras, pois circundaram a viatura e a musicalidade das palavras proferidas era grotesca. Só tive tempo de colar o dedo na buzina e sair repleta de medo do local…
Onde está o respeito?
Esta num mercado aberto, onde todas as classes operárias têm que saber lidar com a concorrência, porque é que os taxistas terão que ser diferentes…
Ou são eles uma classe com estatutos próprios que não podem ter concorrência?
Bem-haja o mercado livre para que os preços e a qualidade dos serviços prestados possa essa também melhorar.
Até lá… vamos aguentando com esta greve, que priva tantas pessoas a terem uma vida normal e a poderem ir a uma consulta médica, pois não temos taxistas para fazerem este transporte.
Já pensaram assegurar serviços, mínimos, realmente com caráter de urgência?
Esperemos por melhores dias, e por uma mão forte e assertiva, onde todos possam trabalhar em sã e saudável convivência, em que o consumidor tenha a palavra final na escolha livre dos seus serviços.
E o Outono está a chegar, vamos recebe-lo de coração aberto,
E apreciar estas cores outonais que nos aluem a roupas mais confortáveis e aconchegantes…
Até já com novas conversas e revoltas e sentires meus…
Fotos: pesquisa Google
01out18