Carla Ribeiro
Ouvimos tantas vezes dizer, que todos temos o nosso destino traçado.
Mas que destino será este?
O que é o destino?
Um dia ouvi uma frase “A vida é como uma caixa de chocolates, nunca sabemos o que vamos encontrar”, e nesta dualidade e no crescer, a vida vai acontecendo, com ou sem destino marcado.
Somos a tela de um criador, a energia do universo, e o reflexo das nossas atitudes.
Vivemos cada dia, na busca do tempo, sem sabermos se o ganhamos ou perdemos, sem saber se quer se o vivemos.
Somos tempo sem tempo, vida sem vida, ou simplesmente uma brisa no tempo nómada e errante.
Vivemos no sono do sonho, acordados para uma vida corrida nos trilhos do destino, ou numa viagem no comboio da fantasia, que dizem ser a vida, essa que o destino traços, e que como os chocolates… nunca sabemos o que vamos encontrar.
Temos apenas uma certeza, a de que um dia, um dia seremos o pó da vida…
Com ou sem destino, com sonhos e desventuras, todos os dias nasce uma nova aurora, que nos dá a oportunidade de um novo continuar.
Somos nós que trilhamos os caminhos, que fazemos as nossas opções, e com elas, seguimos ou enganamos o destino. Essa resposta, não tenho, deve estar escrita na linha suave linha onde o sol beija o mar, em linha invisível, numa tela incolor.
A vida eleva-se a cada gesto, simples e singelo, que a cada segundo deixamos cair do relógio, numa simbiótica energia, que nos energiza a vida, nos alimenta a alma e o coração.
Somos pedaços de sonhos, vividos ou castrados, somos sono desperto, que se alimenta na raiz da vida.
Somos destino sem rumo, num caminho a trilhar.
Um dia sonhei que era capaz,
Hoje sei que sou capaz.
E, porque só nos voltaremos a encontrar, depois de passadas as festas natalícias, deixo-vos umas palavras, já com gosto de Natal.
Como é para ti o Natal?
Como é para ti o Natal?
Para ti, que vives nas ruas da cidade,
Num qualquer recanto, frio e sombrio,
Embrulhado na solidão…
Como é para ti o Natal?
Esse que carregas no olhar,
E que nos meus, eu quero ver e sentir.
Como é para ti o Natal?
Quero fazer dos teus olhos os meus,
E percorrer esse teu Natal,
Nesse palco onde moras…
De que tantos falam,
Mas tão poucos sabem sentir…
Como é para ti o Natal?
Nessa tela que pintas, nas mãos,
Com as cores da dor, saudade e recordação…
Que pintas com o sangramento da alma,
E as lágrimas do coração…
Como é para ti o Natal?
Que transportas na lágrima da solidão,
Que se rasga do teu peito,
Nesse emaranhado de recordações.
Como é para ti o Natal?
Carla Ribeiro
2017.11.24
@ Reservados Direitos de Autor
Obrigada
A todos sem igual,
Eu quero agradecer.
Quero a todos vós desejar um Santo e Feliz Natal, na companhia dos que vocês mais Amam.
Que seja Natal, hoje, ontem, amanhã, e todos os dias das vossas vidas.
Obrigada fica tão pequeno para o quanto tenho para vos agradecer.
Até breve com novos “sentir”, novos “amar”…
Namasté
Fotos: pesquisa Google
01dez18