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GALERIA MUNICIPAL DO PORTO ANUNCIOU (PARA ESTE ANO) OITO EXPOSIÇÕES E NOVAS PARCERIAS COM A “FUNDAÇÃO EDP”

Os artistas, a arte contemporânea e o público podem contar com novos e importantes projetos e com muito dinamismo da Galeria Municipal do Porto em 2019 e 2020, a avaliar pelos anúncios feitos hoje na apresentação da programação anual.

Em conferência de imprensa, o presidente da Câmara, Rui Moreira, o seu Adjunto para a Cultura, Guilherme Blanc, e o administrador da Fundação EDP (mecenas da Galeria), Miguel Coutinho, revelaram detalhes sobre as próximas exposições, mas também ideias que pretendem pôr em prática nos próximos tempos de modo a levar mais longe a ação da Galeria Municipal do Porto.

Desde logo, Miguel Coutinho deu conta de um enorme agrado por parte da Fundação EDP na parceria que vem mantendo com o Município e a sua Galeria, onde vem mostrando parte da Coleção EDP/MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia. Parceria essa que será aprofundada em 2020 através da coprodução de exposições, conforme revelou.

Entretanto, a programação – que o administrador da Fundação EDP considerou “tão diversificada e estimulante” – prevê para o corrente ano um orçamento de programação que será de 450 mil euros. Segundo Rui Moreira, a Galeria Municipal concretizará em 2019 oito exposições (seis em 2018), além da edição de sete livros, indo também conhecer melhorias a nível do edifício em que coabita com a Biblioteca Municipal Almeida Garrett, nomeadamente nas áreas comuns. Um dos objetivos é ficar melhor preparada para acolher os projetos artísticos e o público, tendo em conta que voltou a registar em 2018 um aumento do número de visitantes e atingiu os 115 mil.

Por outro lado, o presidente da Câmara explicou ter como prioridades para a Galeria Municipal o reforço da sua ação na dupla vertente: por um lado, no investimento em “projetos curatoriais que partem de investigação em diversas áreas contemporâneas”; por outro, “no desenvolvimento de novas práticas artísticas” para que considera oferecer a Galeria “condições que são singulares no panorama nacional, não apenas numa perspetiva financeira, mas também de experimentação de ideias e de processos de trabalho”.

Programação para 2019

Irá manter-se o equilíbrio entre os artistas que não são da cidade e os convites a artistas do Porto ou a curadores que podem desenvolver projetos potenciadores da cultura artística da cidade, segundo uma programação que o Adjunto de Rui Moreira, Guilherme Blanc, apresentou detalhadamente com o apoio de alguns dos curadores e artistas que farão a nova temporada da Galeria Municipal do Porto.

Assim, já a 16 de março, serão inauguradas as exposições “Astray” e “Anuário“. A primeira, com curadoria de Sofia Lemos, resulta de uma parceria com a Kunsthalle Lissabon que apresenta pela primeira vez em Portugal o trabalho da artista francesa Caroline Mesquita, desenvolvido especificamente para o espaço da Mezannine da Galeria Municipal.

Por sua vez, “Anuário” resulta de um trabalho continuado de acompanhamento e reflexão sobre as práticas curatoriais e artísticas no Porto ao longo de 2018, e de um processo de curadoria participado de Joana Machado, Joaquim Durães, José Maia, Miguel Flor e Rita Castro Neves. Nesta primeira edição, comissariada por João Ribas e Guilherme Blanc, “Anuário” pretende estabelecer uma cartografia da produção artística na cidade.

Em junho, serão inauguradas mais duas exposições: “De Outros Espaços“, com curadoria de Pedro Gadanho e João Silvério, que propõe uma abordagem temática à Coleção de Arte Fundação EDP; e ” Desertado”. Algo Que Aconteceu Pode Acontecer Novamente”, projeto expositivo resultante de um convite à artista Maria Trabulo que, com a curadora Pieternel Vermoortel, refletirá sobre o lugar que a ficção ocupa nas construções sociais e políticas de hoje e o papel do artista no contexto político atual.

No último quadrimestre de 2019, a Galeria Municipal apresenta ainda quatro exposições. A primeira dessas é “Millennials – Design Do Novo Milénio”, com curadoria de José Bártolo e integrada na programação da Porto Design Biennale, que pretende traçar um perfil dos designers millennials, cujos projetos e métodos de trabalho foram marcados por certas características políticas, económicas e tecnológicas.

Seguir-se-á “Estar Vivo é o Contrário De Estar Morto“, cujo foco estará na necessidade de vermos o corpo humano enquanto agente de extermínio e, simultaneamente, de salvação do planeta, com recurso a práticas artísticas performativas, pictóricas e fílmicas, numa exposição com curadoria de Guilherme Blanc e Luísa Saraiva;

Em “9 kg de Oxigénio“, o projeto “Uma Certa Falta de Coerência” foi convidado a desenvolver uma exposição que partisse das problemáticas relacionais entre o trabalho curatorial independente e o contexto expositivo institucional, e as condicionantes a que o primeiro está habitualmente sujeito;

Por fim, será apresentada a primeira exposição resultante do concurso “Expo 98 no Porto”, com o valor de apoio de 34.000 €, dirigido a curadores e artistas residentes no Porto.

Fotos: Filipa Brito

 

PHILIPPE VERGNE NOMEADO NOVO DIRETOR DE “SERRALVES”

Philippe Vergne é o novo diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, anunciou o Conselho de Administração da Fundação. Com uma experiência de 25 anos de liderança em várias instituições internacionais foi, nos últimos quatro anos, Diretor do Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (MOCA).

Chega ao Porto para assumir novas funções em abril de 2019. Com uma sólida carreira, desde sempre ligada à arte contemporânea, Philippe Vergne liderou algumas das mais prestigiadas instituições de arte dos Estados-Unidos e da Europa.

“A sua nomeação para Serralves surge na sequência de um processo de seleção internacional, com entrevistas a candidatos de várias partes do mundo”, refere Serralves em comunicado. Neste processo, acrescenta-se, “o Conselho de Administração de Serralves foi assessorado por um grupo de prestigiados diretores de museus, nomeadamente, Frances Morris, Diretora do Tate Modern, em Londres; Suzanne Cotter, Diretora do MUDAM, no Luxemburgo; Jochen Volz, Diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo; Laurent Le Bon, Presidente do Museu Nacional Picasso, em Paris; e Vicente Todoli, Diretor Artístico do Pirelli Hangar Bicocca, em Milão”.

Considerado por unanimidade candidato excecional para assumir a Direção do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, o novo diretor diz em comunicado que “é uma honra fazer parte de um museu cujo compromisso para com a comunidade artística internacional, nas suas várias disciplinas, é contínuo e rigoroso, mantendo ao mesmo tempo os mais elevados padrões”.

Para Ana Pinho, presidente do Conselho de Administração de Serralves, Philippe Vergne é “um notável curador, traz uma visão artística sólida e inspiradora não só para o Museu e para a Coleção, mas também para o extraordinário património da Fundação de Serralves e do seu parque histórico”. Além disso, destaca o reconhecimento internacional entre artistas, profissionais de arte e patronos.

Foto: Myles Pottengill

Textos: Porto. / EeTj

01mar19

 

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