O Dia Internacional da Mulher foi assinalado na sede da Casa dos Açores do Norte (CAN) e pela “Mulher Migrante” da Associação de Estudos Cooperação e Solidariedade, no dia 8 de Março pelas 21h30, que promoveu a Sessão Evocativa do 25.º Aniversário da morte de Natália Correia.
A Sessão, foi presidida e aberta pelo presidente da Casa dos Açores Norte, Ponciano de Oliveira, e moderada por Rosalina Santos, a oradora convidada, Ilda de Figueiredo que, com Natália Correia, conviveu no âmbito da Assembleia da Republica. Estiveram na mesa também a representante da Mulher Migrante, Arcelina Santiago e José Manuel Tavares Rebelo, responsável máximo pela Mesa da Assembleia Geral da CAN.
O espaço repleto de atenta assistência, foi pequeno para albergar quem desejava ouvir falar de Natália Correia, açoriana, escritora, poetisa, dramaturga, editora, mulher de grandes paixões, talento e coragem, grande interventiva na vida política sempre na defesa dos direitos humanos e das mulheres.
O presidente enalteceu a mulher na pessoa de Filomena de Melo, açoriana, e vice-presidente da Casa dos Açores pelo muito que tem dedicado à Associação.
Ilda de Figueiredo, fez a noite brilhar ao divulgar peripécias vividas com Natália Coreia numa visita parlamentar à União Soviética, lembrou o incidente que Natália Correia teve com o deputado Morgado e a resposta que ela lhe deu no dia seguinte num poema “Truca-Truca” que leu na Assembleia da Republica e que na época deu grande polémica.
O presidente da Assembleia, José Manuel Tavares Rebelo, lembrou que a Casa dos Açores Norte com diversos apoios, editou o livro” Sucubina ou a teoria do Chapéu” de Natália Correia e Manuel de Lima, peça teatral.
Nesta noite lembramos que há vinte e cinco anos se calou uma voz que esteve muito à frente do seu tempo, inovadora e livre que a intelectualidade literária conheceu.
Natália Correia nasceu na Fajã de Baixo, na Ilha de São Miguel, Açores, a 13 de setembro de 1923 – a letra do hino açoriano é da sua autoria.
Deixou um espólio enorme.
Faleceu a 16 de Março de 1993, em Lisboa.
Nesta sessão faltou um momento alto, a voz de Natália Correia dizendo a sua própria poesia.
Na sala de entrada a pintora Carmo Ferreira, expôs uma tela com o rosto expressivo de Natália Correia.
Texto: Carmen Navarro
Fotos: Luís Navarro
01abr19