Pontevedra foi o ponto central da primeiro passeio de 2019 organizado pelo “Etc e Tal jornal”, e o 31.º de um total de excursões que, este ano, e mais concretamente, no dia 10 de junho, “festeja” cinco anos de periódica atividade.
A capital das Rias Baixas galegas acabou por atrair um número significativo de pessoas (52), entre as quais – registe-se o recorde – um leque significativo de adolescentes e crianças (oito) e de adultos estreantes nestas andanças (dez).
Estavam, assim, criadas as condições para um passeio agradável, o que, na realidade veio a acontecer no passado dia 17 de março, com o S. Pedro, uma vez mais, a ajudar a organização, oferecendo um dia de sol, ainda que com algum frio à mistura – natural para a época.
José Gonçalves Fernando Neto
(texto) (fotos)
Transportados numa viatura – outra estreia – da MGC – empresa sediada em Vila Nova de Gaia, ou, mais concretamente, na pitoresca vila de Avintes –, conduzida por Rui Monteiro, os excursionistas que se concentraram, logo pelas oito da manhã, junto à Estação de Metro do Heroísmo, com outros a juntarem-se à “família” em mais duas paragens na Invicta, cedo demonstraram entusiasmo quanto a um passeio que, para uma percentagem significativa de pessoas, se traduziria numa primeira visita a Pontevedra.



Mas, o sol que nos acompanharia durante praticamente toda a viagem, começou por fazer-nos vista grossa em terras lusas, onde fomos brindados com alguns chuviscos, principalmente na primeira paragem, ou seja, na Área de Serviço de Barcelos, em plena A3.
Já em Valença do Minho – outro dos pontos destinados a um cafezinho e a um necessário “esticar de pernas” – o estado do tempo melhorou, ainda que o vento frio tenha tornado as curtas deslocações na cidade raiana, algo desagradáveis.
Valença que, diga-se de passagem, continua encantadora, prometendo-se, para breve, uma paragem mais demorada, de modo a que se visite uma urbe dominada pelas históricas muralhas, importante símbolo da nacionalidade. Os pedidos, nesse sentido, foram alguns, e serão, por certo, atendidos em próximos passeios.
Já rumo a Pontevedra, sem muito trânsito nas estradas que a ela nos conduziam, mas com a informação que não nos seria possível nos deslocarmos a O Porriño, devido a obras que condicionariam, em muito, o acesso à localidade que estávamos prontos a visitar, surpreendeu-nos como sempre – e este “como sempre” pois por ela passamos quando nos deslocamos, de dois em dois anos, a Santiago de Compostela – a bela e cada vez mais desenvolvida cidade de Vigo, que visitaremos no próximo mês de setembro.




Atravessada a ponte de Rande, e poucos minutos depois, aparecia, então Pontevedra, com um sol brilhante a dar-nos as boas-vindas. Percorrida parte da marginal, acabaríamos por sair da viatura junto à ponte romana (em obras no pavimento), para, já no casco velho (zona histórica), iniciarmos o périplo de quatro horas pela cidade, com a primeira paragem a ser efetuada num restaurante, já que passava pouco do meio-dia (hora espanhola) e lá os (muitos) espaços de restauração, cedo começam a encher-se, principalmente, de turistas, entre os quais – como constatamos – muitos portugueses.


Sugestão da organização: Restaurante Taberna dos Avós, que aconselhamos vivamente. Fica perto da linda Igreja da Virgem Peregrina. Havia diversos pratos na lista de refeições mais económicas: na escolha de dois – com café, bebida e pão incluído – o preço era de €11,50 e na de somente um, €09,50. Ora, pois muito bem, a “minha gente” foi quase toda para o polvo, e os mais novos para a tenra carne de boi, ou para as almôndegas com esparguete, como foi o caso de quem vos escreve, depois de um delicioso Caldo Galego.
A Taberna dos Avós – e não fomos pagos para escrever o que a seguir escrevemos – é um espaço acolhedor, de gente simpática a servir, ainda que o atendimento seja um tanto ou quanto demorado. Seja como for, depois de a “coisa” estar na mesa, a verdade é que os problemas relacionados com demoras ou com inesperadas revoltas estomacais cedo desaparecem.
O “Etc e Tal jornal” já tinha estado em Pontevedra, há um ano, em reportagem, mas, não passou por muitos dos locais que visitamos neste passeio, e um dos quais, o restaurante que nos referimos há pouco.
Mesmo assim, os pontos centrais da capital das Rias Baixas foram por nós revisitados, ainda que sempre tentando encontrar ruas solarengas, já que o frio que se fazia sentir, juntamente com o vento, era muito desagradável.
Sendo domingo, o comércio estava praticamente todo fechado, e mais ainda atendendo ao período do dia (tradicional sesta) em que estivemos por lá. Mesmo assim – e isto é uma nota que muitos fizeram questão de frisar – não havia um único posto de turismo ou loja aberta que vende-se “recuerdos”, ou coisas do género. Tudo fechado! Ora, para um cidade aberta ao turismo e muito dele dependente, é algo, na realidade de estranhar.

A capela da Virgem da Virgem Peregrina foi, sem dúvida e como era de esperar, o centro das atenções dos nossos excursionistas na também denominada “cidade sem carros” o, mas também a Basílica de Santa Maria A Maior, o Convento de S. Francisco, a ponte velha (romana) entre outros monumentos que são de capital importância para a história de Pontevedra, a sua ligação ao catolicismo e, por conseguinte, ao facto de ser a capital de um dos caminhos para Santiago de Compostela, o Português.



E, pronto, com algum frio á mistura, estava terminada a visita a Pontevedra. Uns gostaram, outros nem por isso, mas a maioria dos nossos excursionistas saiu satisfeita da capital das Rias Baixas.
O destino que se seguia já não era – pelas razões atrás anunciadas – o de O Porriño, mas – em alternativa – o de Tui, só que, e o “azar” voltou a bater à porta, devido a festejos na localidade, teríamos de perder tempo demasiado para chegarmos ao centro desta cidade raiana.
Unanimemente aceite foi, então, a sugestão de regressarmos a Portugal, e mais concretamente, a Ponte de Lima.
E foi o que fizemos.


Estivemos na mais antiga vila portuguesa e das mais belas que o País se orgulha ter, cerca de duas horas e meia, tempo suficiente um bom e demorado lanche-jantar, e ainda ter oportunidade para assistir a um desfile-concentração de tocadores de concertina. Refira-se, com realce, que esta vila nunca está parada. Todos os fins-de-semana há sempre algo para atrair turistas e dinamizar a cultura da região. Por lá estivemos também, e pela primeira vez, à noite, tomando conhecimento, assim, de uma Ponte de Lima ainda mais bela e extraordinária…

E terminava a 31ª excursão organizada por este jornal, a primeira de 2019, no qual comemoraremos cinco anos de atividade excursionista.
Facto inovador foi, no final, do passeio pedirmos aos nossos companheiros e companheiras de viagem um voto (secreto) acerca da organização desta excursão, tendo o resultado sido bastante agradável.
Ora vejamos:
Passageiros 51
BOM 45,4 %
MUITO BOM 39,4%
SUFICIENTE 03,2%
MAU 06,0%
MUITO MAU 00,0%
BRANCO 06,0%
(Os “maus” resultaram do local estacionamento efetuado em Ponte de Lima, que não foi da responsabilidade da organização, mas que não agradou a alguns.)
No próximo dia 25 de abril, levaremos a “revolução” até à bonita cidade do nordeste transmontano: Mirandela.
Ainda está a tempo de vir connosco. Informe-se e faça parte desta família que vai percorrendo a Galiza e Portugal inteiro em são convívio e muita alegria.
01abr19