A Metro do Porto apresentou, na manhã do passado dia 20 de outubro, o “Relatório de Avaliação” que identifica a procura potencial de eixos para consolidação da rede do Metro e sinaliza o desenvolvimento de um sistema de metro-bus na Área Metropolitana do Porto (AMP).
O documento resulta de um protocolo celebrado, em fevereiro de 2020, entre o Ministério do Ambiente e Ação Climática, a Metro do Porto, a AMP e os municípios de Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Trofa, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia. No essencial, conclui pela premência no desenvolvimento dos estudos necessários à consolidação da rede de metro ligeiro do Porto e ao desenvolvimento de sistemas de transportes coletivos em sítio próprio (metro-bus), na Área Metropolitana do Porto.
Mais ainda, o relatório identifica o potencial de procura dos seguintes eixos: a ligação entre o Campo Alegre-Devesas (Porto-Gaia), pela vantagem de “oferecer uma efetiva alternativa à atual linha amarela, que apresenta já os mais elevados níveis de sobrecarga de toda a rede, sobretudo às horas de ponta”; as linhas de São Mamede (Matosinhos) e Aeroporto-Maia, que classifica de “muito interessante”; e deixa ainda a sugestão do metro-bus para a Trofa.
A reunião, que decorreu na cidade do Porto, contou com a presença do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, do presidente do conselho metropolitano do Porto, Eduardo Vitor Rodrigues, dos presidentes de câmara signatários, e do conselho de administração da Metro do Porto. Da parte da Câmara do Porto, Rui Moreira fez-se acompanhar pela vereadora dos Transportes, Cristina Pimentel, tendo ainda acompanhado a reunião o vereador do PS, Manuel Pizarro.
As conclusões do relatório foram apresentadas por Paulo Pinho, coordenador da equipa do CITTA (Centro de Investigação do Território, Transportes e Ambiente) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, responsável pela elaboração do estudo.
Nos termos do protocolo celebrado entre as partes, seguir-se-á uma nova fase de aprofundamento dos estudos de procura, nomeadamente no que respeita à viabilidade técnica, sustentabilidade ambiental e socioeconómica das soluções, com vista a hierarquizar os planos de expansão da rede de metro ligeiro e da rede de metro-bus (em função dos custos e montantes disponíveis de investimento, resultados de exploração e benefícios ambientais e económicos), tendo em conta a evolução do sistema de transportes da AMP como um todo.
Texto: Porto. / Etc e Tal jornal
Fotos: Miguel Nogueira (Porto.)
01nov20