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NUM ÁPICE DE QUATRO DIAS, O MUNDO DO FUTEBOL VIU DESAPARECER UMA ESTRELA GALÁTICA, UM DIRIGENTE DESPORTIVO DE RESPEITO, E UM TREINADOR EMBLEMÁTICO

Em poucos dias, o mundo do futebol nacional e mundial viu desaparecer três figuras incontornáveis, com destaque natural para Diego Armando Maradona, que, subitamente, nos deixou no passado dia 25 de novembro, aos 60 anos de idade. Dele pouco mais há a dizer, além daquilo que toda a gente sabe sobre este verdadeiro fenómeno, que, da Argentina, seu país natal, e mais concretamente do seu Boca Juniors, transformou-se numa verdadeira estrela mundial, adorada por milhões, dados os seus únicos dotes como futebolista de “outro mundo”, como também o consideraram.

“El Pibe” nasceu para o futebol no Juniors Argentinos, clube dos arredores de Buenos Aires. Com apenas 16 anos, foi lançado no futebol profissional e, aos 17, foi pela primeira vez convocado para a Entrou em cena o Boca Juniors, um dos dois gigantes do futebol argentino, que passava por uma seca de cinco anos sem conquistar títulos. Maradona, que sempre fora adepto “xeneize”, não hesitou em aceitar. Em 1981, conduziu o Boca à conquista do campeonato metropolitano.

Pouco antes do Mundial 1982, o Barcelona acertou a contratação de Maradona por um valor recorde de mais de sete milhões de dólares. Diego Maradona chegou ao Barcelona, que vivia uma crise de títulos desde os anos 50, como um herói, mas a passagem pela Catalunha não foi feliz. Sem campeonatos conquistados em dois anos e com má relação com a direção do Barcelona, Maradona deixou o clube catalão pela porta pequena e foi recambiado para um pequeno clube italiano chamado Nápoles, que embora histórico tinha um palmarés muito parco.

Foi no Sul de Itália que Maradona se fez lenda, ao guiar o Nápoles ao ambicionado título nacional, derrotando as equipas ricas do Norte, como o AC Milan, Inter de Milão ou Juventus. E não foi só um, mas dois, além de uma Taça e de uma Supertaça.

Durante a sua carreira Maradona marcou centenas de golos, mas este é um dos mais polémicos e emblemáticos da história do futebol. A vítima foi a Inglaterra e o local do “crime” foi o Estádio Azteza, no México, em pleno Campeonato do Mundo de 1986.

Era a primeira vez que britânicos e argentinos se defrontavam desde a guerra das Malvinas e “El Pibe” vingou no campo de futebol a derrota do seu país, ao marcar um golo com a mão.”Foi a mão de Deus”, disse Maradona após o final da partida, uma frase que ficou para a história do futebol. A Argentina eliminou a Inglaterra e conquistou esse Mundial de 1986, ao derrotar na final a poderosa Alemanha, de Schumacher, Rummenigge, Lothar Matthaus e Rudi Voller.A Argentina era “Maradona mais dez”, mas quatro anos depois houve lágrimas. No Mundial Itália 90, o génio de “El Pibe” não foi suficiente para voltar derrotar a Alemanha na final e o “número 10″ chorou de tristeza.

A vida do homem que espalhou arte nos relvados com a bola nos pés, foi polémica fora de campo e repleta de excessos. Foi afastado do Mundial de 1994, nos Estados Unidos, depois de ter sido apanhado nas malhas do doping. Teve problemas com as drogas e o álcool e chegou a fazer uma desintoxicação em Cuba, onde ficou amigo do presidente Fidel Castro.”Se eu morrer, quero nascer de novo e quero ser jogador de futebol. E eu quero ser Diego Armando Maradona novamente. Sou um jogador que deu alegria às pessoas e isso é suficiente para mim e tenho o suficiente”, disse um dia Maradona.

REINALDO TELES: UM “SENHOR” NO E DO FUTEBOL

Por cá, e precisamente no dia do falecimento de Maradona (25nov20), deixava-nos, REINALDO TELES, dirigente do Futebol Clube do Porto e um verdadeiro braço direito do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa.

Reinaldo Teles, faleceu no Hospital de São João, no Porto, onde fora internado há um mês com covid-19. Em 2008, o dirigente desportivo já sofrera um enfarte. Teles, agora administrador da SAD do FCP, tinha 70 anos e deixa dois filhos; a mulher, Lurdes, morrera em 2011, vítima de doença prolongada.

Foto: Miguel Nogueira (Porto.)

Reinaldo Teles, que chegou a dirigir a secção de Boxe do FC Porto, onde conheceu Pinto da Costa, passou, posteriormente a liderar o departamento de futebol, chegando a vice-presidente da coletividade azul-e-branca, nos anos 90. Atualmente, era administrador da SAD.

O falecido é um dos rostos do longo período recheado de títulos nacionais e também internacionais da equipa de futebol dos “dragões”. Por outro lado, também ficou ligado ao processo Apito Dourado, tendo sido constituído arguido.

VÍTOR OLIVEIRA: O “REI DAS SUBIDAS” QUE MORREU NO DIA EM QUE O SEU CLUBE DE SEMPRE (LEIXÕES) COMPLETAVA 113 ANOS…

Poucos dias depois da morte de Maradona e de Reinaldo Teles, Portugal e o mundo do desporto em particular, ficou atónito, com a morte repentina do treinador VÍTOR OLIVEIRA, que atualmente não se encontrava em atividade.

Vítor Oliveira faleceu, aos 67 anos, depois de se sentir mal enquanto dava uma caminhada. O experiente técnico ainda terá sido assistido e levado para o hospital, sem efeito.

Na longa carreira como treinador, Vítor Oliveira orientou os seguintes clubes: Famalicão, Portimonense, Maia, Paços de Ferreira, Gil Vicente, V. Guimarães, Académica, Braga, Leiria, Belenenses, Rio Ave, Moreirense, Leixões, Trofense, Aves, Arouca, União da Madeira, Chaves e Paços de Ferreira. Em alguns dos casos, fê-lo em mais do que uma ocasião.

Na última época, conduziu o Gil Vicente à permanência a I Liga, naquela que foi a temporada de regresso do clube de Barcelos ao principal escalão do futebol nacional.

Natural de Matosinhos, Vítor Oliveira representou o Leixões, Paredes, Famalicão, Sporting de Espinho, Sporting de Braga e Portimonense como futebolista, tendo ficado conhecido como o ‘rei das subidas’, já como treinador, ao festejar 11 promoções em 18 presenças na 2.ª Liga.

De salientar que Vítor Oliveira faleceu no dia do 113.º aniversário do clube do coração, o Leixões. O chamado “Rei das Subidas” completou 67 anos de vida no passado dia 17.

 

Texto: EeTj

Fotos: pesquisa Google

01dez20

 

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