As células do sangue do cordão umbilical de um irmão podem promover melhorias na função motora de crianças com paralisia cerebral, segundo os resultados de um ensaio clínico de fase 1, desenvolvido por investigadores da Universidade de Duke, nos EUA. A paralisia cerebral é a perturbação motora mais frequente na infância e está associada a lesões neurológicas ocorridas durante o desenvolvimento do sistema nervoso, antes ou após o nascimento.
O potencial destas células tem sido amplamente investigado como uma abordagem terapêutica inovadora em crianças com paralisia cerebral, apresentando resultados positivos. De acordo com a Dr.ª Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “em 2017, o mesmo grupo de investigadores já tinha reportado melhorias significativas em crianças pequenas com paralisia cerebral, após infusão do seu próprio sangue do cordão umbilical, armazenado à nascença”.
No entanto, muitas crianças não tinham acesso a esta opção terapêutica, por não terem uma unidade de sangue do cordão umbilical armazenada, o que levou os investigadores a avaliar a segurança da administração de sangue do cordão umbilical proveniente de um irmão, explica.
Neste ensaio clínico de fase 1, participaram 15 crianças com paralisia cerebral, com idades compreendidas entre 1 e 6 anos, que tinham disponível uma amostra de sangue do cordão umbilical de um irmão, total ou parcialmente compatível, através de armazenamento prévio num banco de células estaminais. O tratamento consistiu na administração do sangue do cordão umbilical, previamente descongelado, por via intravenosa, durante cerca de 15 minutos.
Texto: crioestaminal / Etc e Tal jornal
Foto: pesquisa Web
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