Carmen Navarro
Será que a ambição do dinheiro pode levar a loucuras?… pelo menos faz perder a cabeça a muito boas pessoas.
Éramos todos humanos até que o dinheiro nos dividiu.
O dinheiro esse metal parece ser a coisa mais importante do mundo, e tornou-se a parte integrante da vida, tudo gira em volta dele, embora muitas pessoas digam que não, sei que a vida também gira na falta dele para sobreviver. O dinheiro é o lubrificante da vida, O dinheiro é um excelente servo, mas um mestre terrível, é uma poderosa arma que desmascara quem não tem caráter e revela a verdadeira personalidade de quem o possui em excesso, é como a fama, nem todos a sabem lidar com ela.
Dinheiro é tema complexo que tem muitas pontas para discussão, mas não vamos por aí… vamos ficar pela poesia que é uma forma de relaxar um pouco, muitas vezes deixamos a vida passar diante de nossos olhos, só porque estamos preocupados com coisas supérfluas e por vezes caras de super luxo, só para deslumbrar muitas pessoas que no fundo são aquelas que de nós não gostam, e quem também não são as nossas preferidas.
DINHEIRO
Quem quiser ter filhos que doire primeiro
A jarra onde, inteira, caiba alguma flor!
Ai dos que têm filhos, mas não têm herdeiro!
— Dinheiro! Dinheiro!
Ó canção de Amor!
As noivas sorriem, talvez, aos vinte anos.
Os amantes sonham… Sonho passageiro!
Música de estrelas: Ética de enganos;
Ilusões, perdidas depois dos vinte anos..
E logo outras nascem: Dinheiro! Dinheiro!
Teus pais, teus irmãos e tua mulher
Cercarão teu leito de herói derradeiro
(Ai de quem, ouvindo-os, nada lhes trouxer!)
E hão-de ali pedir-te o que o mundo quer:
— Dinheiro! Dinheiro!
Deixa-lhes os versos que um dia fizeste,
Amarrado ao lodo, porém verdadeiro.
E eles te dirão: — Pássaro celeste,
Morreste? Morrendo, que bem que fizeste!
Ó canção de amor!
Dinheiro! Dinheiro!
Pedro Homem de Mello
in “Os Amigos Infelizes”
Quando um dia partirmos nada levamos, quando nascemos nada trouxemos de supérfluo, trouxemos a vida e a felicidade aqueles que nos amam e mais nada…
O dinheiro dá um valor abstrato a tudo. O mesmo se passa com o valor dado ao trabalho, por vezes é medido em função do tempo, outras do conhecimento adquirido e tudo é medido por metais ditos preciosos, que por sua vez são adquiridos pela força e a energia humana e aqui gera-se uma troca como se fosse uma mercadoria.
É evidente que o dinheiro e a sua tirania são sempre bem aceites por todos, já para não falarmos daqueles que fazem “coleção” de dinheiro que por vezes foi obtido aparentemente sem trabalho que leva à usura e à exploração financeira.
Será que podemos viver sem dinheiro?… A questão é bastante utópica. O que vamos fazer quando o dinheiro desaparecer que é obtido com o trabalho. A Pandemia da Covid 19 já nos deu uma amostra do problema… É necessário olhar a vida e o dinheiro de outra maneira e obter outra forma de vida.
A POUPANÇA!
A vida nos ensina a poupar
Porque com a crise
Não há dinheiro para gastar
Poupa-se na água
Poupa-se na luz
Hoje em dia até na comida
Tem que se poupar
Feliz de quem tem
Um teto para se abrigar
Porque da maneira que isto segue
Ter casa e comida já é um luxo
Queixam- se ao Governo
Queixam-se ao povo
Mas não arranjam solução
Para que o pobre
Viva com dignidade
O Governo diz para poupar
A vida leva- nos a poupar
Feliz de quem tem
Dinheiro para gastar.
Catarina Alves
O dinheiro é um parasita muito especializado e cada vez mais exigente que retira a liberdade humana.
Obsessões mascaradas de necessidades que nos escravizam para que mais possamos consumir o que só serve para nos empobrecer em sensibilidade e humanismo…
O excesso de dinheiro para consumismo, está a levar-nos ao desequilibro ambiental.
O dinheiro é um fetiche por excelência, capaz de produzir desastres como os que infelizmente estamos assistir da destruição ambiental que anda de mãos dadas com a desigualdade social que cada vez alimenta mais o fenómeno da pobreza.
Os países ricos têm que refletir urgentemente e muito seriamente neste problema., pois tudo é fruto da mesma raiz, o dinheiro. A pobreza e o desequilibro ambiental são produzidas pelo sistema capitalista em que vivemos em que tudo é mercantilizado. Esta problemática ambiental começou-se a agravar ao longo do último século. Cada vez mais consumistas e mais dinheiro necessitamos, e esquecemo-nos que a Terra também é um ser vivo que necessita de mil cuidados para ser saudável. O saque dos recursos naturais globalizou-se. É necessário revermos que esta pegada que estamos a impor na Terra os responsáveis são os países ricos que têm uma pequena parte da população mundial.
E O DIA EM QUE O SOL NÃO NASCER?
E o dia em que o sol não nascer?
Que o mar se enfurecer…
E tudo que tinha vida morrer?
O que você vai fazer?
E quando o azul do céu desaparecer?
O solo apodrecer…
E tudo adoecer?
O que você vai fazer?
Para onde você vai correr?
Para Marte, Júpiter, Saturno ou Plutão?
O Planeta Terra é a tua única casa, amado ser…
E a tua verdadeira mãe (natureza) está a morrer…
Pela tua falta de respeito, consciência e compaixão…
Te peço então um momento de reflexão…
Não jogue seu lixo no chão!
Reduza, recicle, reutilize…
Pense, repense, reflita, respeite…
Preste mais atenção…
Mas não use a tua mente e sim o teu coração…
pois ele amado irmão, está sendo usado em vão!
Ainda é tempo de mudar…
Ainda é tempo de salvar os animais e natureza
que o amor só querem nos dar.
Mas a decisão é tua, amado ser…
Tua casa (Terra) e tua alma, amado ser…
Dependerão do que você escolher…
Rama
A Natureza grita e expressa-se no aquecimento da Terra, no degelo, chuvas desenfreadas, desordenados tufões que tudo levam, acumulo de lixo, os mares cheios de plástico, só pasmo e terror. Se os poderosos quiserem ainda vamos a tempo de tudo mudar…
CUIDE BEM DA NATUREZA
Hoje acordei cedo, contemplei mais uma vez a natureza.
A chuva fina chegava de mansinho.
O encanto e aroma matinal traziam um ar de reflexão.
Enquanto isso, o meio ambiente pedia socorro.
Era o homem construindo e destruindo a sua casa.
Poluição, fome e desperdício deixam o mundo frágil e degradado.
Dias mais quentes aquecem o “planeta água”.
Tenha um instante com a paz e a harmonia.
Reflita e preserve para uma consciência coletiva.
Ainda há tempo, cuide bem da natureza.
Gleidson Melo
Quando era muito jovenzinha, ouvia os adultos dizerem que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Por outro lado o meu pai dizia muitas vezes que a nossa maior riqueza era tudo aquilo que podermos transportar dentro da cabeça. E tinha toda a razão… Ouvi muitas vezes também um ditado popular tradicional que dizia: – Saúde, Dinheiro, e Amor. E pensava: esta gente não pensa bem… O mais importante é o Amor!… Engano dos enganos, afinal todos tinham razão e o engano era meu, mas passados todos estes anos continuo a pensar que para mim o correto é:
Saúde, Amor e Dinheiro, só para o que é necessário…
Fotos: pesquisa Web
01out21