Weihua Tang
Os ocidentais julgam a personalidade das pessoas pelas constelações, enquanto os chineses pelos animais. Por acaso, já não é a primeira vez que as pessoas me perguntam sobre esta cultura chinesa. Conforme o calendário chinês lunar, o ano 2021 é o ano do búfalo. Então, muita gente estranha que, todos os anos muda para um animal diferente e porque é que não existe o ano do gato?!
De acordo com a lenda, o Imperador Jade queria escolher doze signos na floresta. Todos os animais receberam o convite. Segundo o regulamento, quem conseguisse chegar primeiro ao local estipulado, no dia seguinte, poderia ser escolhido como um deles. Como o gato era muito sonolento, pediu ao rato para que o acordasse no dia seguinte, porque eram amigos. Contudo, o rato era extremamente esperto e manhoso, no fundo não queria que o gato ganhasse. Portanto, ele levantou-se secretamente na madrugada e não chamou o seu amigo. Quando o gato acordou, era tarde demais, e, perdeu a competição. Indiscutivelmente, o gato começou a odiar o rato. A partir daí, tornaram-se inimigos e o rato fugia sempre, assim que via o gato.
Claro que esta era apenas uma lenda. De facto, não deveria colocar todas as culpas no rato, pois não havia felinos na história da China antiga. Os doze animais já existiam antes de entrar qualquer espécie de felino. Segundo a pesquisa histórica, a origem dos signos tinha a ver com a adoração dos animais. Durante a Dinastia Qin, já aparecia o sistema de signos completos, só que os animais eram diferentes. Há dois mil anos, o primeiro registo e único e estava no livro “Lun Heng”, o qual era do Wang Yun (137 – 192) na Dinastia Dong Han. Então, o porque é que eram estes doze animais e não outros?! Era seleção aleatória?! Evidentemente que não!
Na realidade, a escolha dos doze animais não era tão complicada, porque isso estava intimamente relacionado com a vida diária e as atividades sociais. Estes doze animais podem ser divididos em três tipos.
Em primeiro lugar, eram seis animais de gados, dos quais eram o búfalo, a cabra, o cavalo, o porco, o galo e o cão. Todos estes animais eram domesticados pelo Homem por causa da economia e de outros objetivos. E era um conceito longo e importante na cultura agrícola na China. Conforme a mentalidade tradicional, aprosperidade dos seis animais de gados indicava o valor das pessoas na família. Por isso, naturalmente e inevitavelmente, eram escolhidos.
Em segundo lugar, havia os animais selvagens, os quais eram conhecidos como tigre, coelho, macaco, rato e serpente. Entre eles, o tigre e a serpente eram os mais temidos, e, o rato o mais detestado, enquanto o coelho e o macaco eram os mais adorados como “animais de estimação”.
Em terceiro lugar, era a mascote tradicional: o dragão. O dragão realmente não existia. Apesar de ser o símbolo da nação chinesa, também era uma “criatura espiritual”, juntando várias características das espécies. Aliás, era o “criador” representativo da fortuna e da felicidade. Por isso mesmo, não deveria faltar a posição do dragão entre os signos.
Resumidamente, os doze animais eram representantes dos significados nos diferentes ângulos a respeito do Homem.
E o gato?! Além de conquistar a sua posição como “animal de estimação”, também ganhou a sua fama invencível como “gato da riqueza!”.
Foto: pesquisa Web
01out21
Olá ?
Hoje em dia o coelho tb é um animal de companhia, logo domesticado.
Na minha aldeia a minha avó criava coelhos para consumo, ou seja era mais um animal ” dos gados ” , no entanto o vosso búfalo era a vaca leiteira da minha avó?..
Gostei do artigo.