A significativa variedade de coleções de obras de arte da pintura à cerâmica, ou na vertente etnográfica com um vasto e representativo património de trajes tradicionais de âmbito nacional e estrangeiros, que integram há mais de meio século o rico espólio do Museu de Ovar, continuam a ser um importante recurso dentro e fora de portas, como a mais recente presença de trajes de países da Europa na Escola Básica Marques Leitão, de Valbom, em Gondomar, para assinalar o projeto ali desenvolvido, ‘Os jovens – O futuro da Europa’.
José Lopes
(texto e fotos) *
Entre os vários pedidos de colaboração ou cedência de peças museológicas das coleções do Museu de Ovar, que chegam regularmente de diferentes entidades e instituições públicas ou privadas. A mais recente colaboração foi disponibilizada a esta escola de Valbom, com trajes representativos de países europeus, como Polónia (homem e mulher de Lowicz), Alemanha (homem e mulher de Floresta Negra), Áustria (homem e mulher de Viena de Áustria), Suíça (mulher de Neutchatel), França (mulher de Nice) e Espanha (mulher de Segóvia).
Cedência temporária de obras ou peças de coleções do espólio do Museu de Ovar, que particularmente no caso dos trajes, exigem redobrados cuidados e acompanhamento por parte das técnicas museológicas ao serviço desta instituição de utilidade pública, Leonor Silva e Lurdes Barbosa. Técnicas várias vezes referidas como ‘guardiãs’, ou que ‘seguram as portas’ do Museu de Ovar, representando-o dentro ou fora de portas, como aconteceu nesta exposição na Escola Básica, em Valbom, para a apresentação dos trajes do espólio do Museu de Ovar devidamente cuidados e preservados.
O espólio do Museu de Ovar mais solicitado para eventos fora de portas, para alem de coleções de cerâmica, tem sido os trajes típicos e tradicionais nacionais e estrangeiros, a exemplo da mostra em ambiente escolar, em Valbom, durante os dias 19 e 27 de abril, com colaboração da dupla de técnicas, Leonor Silva e Lurdes Barbosa, cuja missão de representar e levar o Museu de Ovar fora de portas, já vem de muito longe, quando em 1997, entre março e abril, em duas viagens à India, levaram trajes e coleções do espólio a dois grandes eventos culturais. Primeira viagem a Goa e segunda viagem a Nova Deli, separadas por três semanas.
DO ESPÓLIO DE PINTURA DENTRO DE PORTAS
Já dentro de portas o diversificado espólio do Museu de Ovar também continua a ser uma potencial reserva de novidades para regulares exposições, como a que encerra do dia 29 de abril sobre ‘Pintura a Óleo’.
Esta exposição temporária que está disponível desde 11 de fevereiro resulta da curadoria que vem sendo promovida por Leonor Silva e Lurdes Barbosa, com vista a dignificar e valorizar o espólio do Museu de Ovar.
Constam desta mostra, obras a óleo de artistas plásticos, como alguns dos nomes da pintura, António Joaquim, com ‘Retrato’ (1965), Maria Helena Bacelar, ‘Rendeira’, Maria Toscano Rico, ‘Arlesienne’ (1967), Hélder Bandarra, ‘Pescador’, Albano Neves e Sousa, ‘Mulher de Cabinda’ (1963) e Domingos Rebelo, com duas telas, ‘Pintor Ettori Casali’ (1954) e ainda ‘O Rapaz e o Cão’ (1931).
São algumas das exposições temáticas disponibilizadas pelo Museu de Ovar que vão reafirmando a necessidade de preservar e valorizar o seu espólio ao serviço das comunidades que a ele continuam a recorrer para as múltiplas atividades, eventos, pesquisas ou investigações que vão para além do património cultural e etnográfico local.
(*)Fotos da exposição de trajes: Lurdes Barbosa
24abr23