Na manhã desta terça-feira (25jul23), diversos indivíduos retiraram os selos de encerramento e ocuparam mais de três dezenas de lojas/estúdios do CC Stop. A Comunidade do centro comercial/cultural veio já, em comunicado descartar qualquer tipo de responsabilidade no ato por parte de músicos, artistas ou lojistas.
A Polícia Municipal foi chamada à Rua do Heroísmo, onde se situa o centro, colocou novo selo, tendo sido, entretanto, apresentada queixa no Ministério Público, pela Câmara do Porto.
Recorde-se que há uma semana foram encerrados 105 espaços pelas autoridades por não possuírem licença de utilização. O executivo da Câmara do Porto foi, ontem, segunda-feira (24jul23) unânime em concordar que o município deve assumir como prioridade a manutenção do centro comercial Stop como um ‘polo cultural’.
SEGUNDO A ‘COMUNIDADE DO STOP’: NEM MÚSICOS, NEM ARTISTAS E NEM LOJISTAS RETIRAM SELOS DE ENCERRAMENTO E VANDALIZARAM O ESPAÇO…
Em comunicado enviado por correio eletrónico, a ‘Comunidade do Stop’ e sobre a retirada de selos de encerramento e a ocupação de 38 lojas/estúdio do centro comercial, salienta, “e para que não restem dúvidas”, que “os artistas, músicos e lojistas do Stop não vandalizaram, retiraram ou interferiram de qualquer forma com os selos colocados pela Polícia Municipal”.
“Condenamos o ato em si, e acima de tudo reprovamos qualquer declaração, falsa e difamatória, que ponha isso em causa, porque responsabiliza pessoas que se têm reunido e organizado de forma exemplar para combater uma ação abrupta por parte da Câmara Municipal e respetiva Polícia.“
Ainda de acordo com a referida nota de imprensa, tudo o que foi feito pela ‘Comunidade Stop’ (CS), como a manifestação ontem (24jul23), realizada no centro do Porto, foi dentro das suas “responsabilidades legais, para que a mesma decorresse sem incidentes”. Assim, sendo, e relativamente aos incidentes verificados na manhã desta terça-feira, a CS considera que “não pode ser diretamente responsabilizada por uma ação consequente de uma conduta errada e individual”.
‘CS’ INFORMOU A PSP DA EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS NÃO PERTENCENTES À COMUNIDADE QUE “ESTARIAM A VANDALIZAR OS SELOS”
A CS revela ainda que no final da manifestação, de ontem, foi transmitido “às forças policiais da PSP a existência de indivíduos não pertencentes à comunidade que estariam a vandalizar os mesmos selos, principalmente em lojas do piso 0 e 1.”
“Também isso foi transmitido e registado no livro de ocorrências pelo pessoal de segurança que zela pelo CCStop. Esta comunidade não tem interesse em actos que possam prejudicar a sua missão principal: reabrir, preservar e valorizar o património que é o Stop”.
A ‘Comunidade do Stop reitera, “tal como ontem em declarações aos órgãos de comunicação social, que nos encontramos de forma célere a analisar a proposta feita pela CMP, que será revista e discutida pela comunidade, a bem de reabrir e manter em funcionamento o Centro Cultural Stop.
Texto: José Gonçalves
Foto destaque: Mariana Malheiro (Etc. e Tal / Arquivo)
25jul23