Patrícia Moreira
Pé ante pé ela vem e se instala qual parasita indesejado. A preocupação apesar de trazer sofrimento, nada é mais do que um meio encontrado pela nossa mente para nos preparar para reagirmos da melhor forma diante de possíveis perigos. O seu início começa com um diálogo interior que salta de ideia em ideia, aumentando com cada uma o grau de ansiedade.
Acontece que cheios de imaginação começamos a formular perigos que são apenas meras hipóteses que muitas das vezes pouco ou nada têm em comum com a situação desagradável que se está a passar realmente. Preso na imaginação o ser humano perde-se na resolução dos problemas, não procurando soluções para os ultrapassar e fica num estado de pessimismo que se mantem em “banho-maria” sendo difícil dele sair.
Ao longo do meu percurso profissional nos meus atendimentos, ouvi muitas vezes dizerem que preferem pensar, que algo que pretendem atingir irá dar errado, para que assim já estejam preparados para o pior. Bem, como sabemos, a vida dá-nos mais do mesmo, então em vez de estarmos a evitar desilusões, deixamos de ser proactivos na resolução dos problemas e estamos alerta para os mais pequenos problemas que surjam à nossa frente. Concluindo, não compensa!
Como sintomas físicos da preocupação temos o aumento do ritmo cardíaco e/ respiratório, inquietação e nervosismo, cansaço, irritabilidade, dificuldades de concentração, tonturas, dores de cabeça, entre outros. Uma forma eficaz de controlo destes sintomas, para além de exercícios de respiração e relaxamento é enfrentar os pensamentos perturbadores, vendo-os friamente e refletindo que os podemos estar a ampliar e evitar ao mesmo tempo, como processo próprio da preocupação. Também será benéfico eliminar ao máximo os pensamentos negativos e palavras que levam à generalização como “sempre”, “todos” e “nunca”.
Procure focalizar-se friamente no processo de resolução das situações, partindo organizadamente e de imediato para a ação.
Fotos: pesquisa Google
01mar18

