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Pintura de Rodrigo Costa no Museu de Ovar “Entre a Síntese e o Detalhe”

Como reconheceu o pintor Rodrigo Costa, o Museu de Ovar “é mais do que a caixa de guardar segredos que o Tempo tem acumulado. Preserva a alma, mantém-na viva, dos valores que, zelosamente, guarda; mas é, em simultâneo, espaço de acolhimento e de apoio a autores que vivem no presente”, uma instituição que, “cuidando do passado, procura manter as portas abertas”, como acrescenta este artista do movimento contemporâneo, nascido em 1952, em Vila Nova de Gaia, que ali inaugurou no dia 14 de abril a sua exposição de pintura “Entre a Síntese e o Detalhe”, que pode ser vista até 12 de maio. Um artista que teve exposições individuais em Paris, Dublin e Londres.

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Perante uma sala a transbordar de emoção entre muitos dos artistas presentes, o próprio Rodrigo Costa não conteve as palavras carregadas de emotividade, quando falou da sua pintura sem ficar indiferente a um sentido silêncio que o rodeou, depois de todas as entidades autárquicas representadas (Câmara Municipal de Ovar, União de Freguesias de Ovar e Junta de Freguesia de Válega), terem deixado palavras de reconhecimento ao autor das obras expostas, extensivos como vem sendo hábito à dinâmica, reconhecidamente liderada pelo diretor do Museu de Ovar, Manuel Cleto e sua equipa.

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Numa tarde em que o Museu de Ovar, mais uma vez marcou a agenda cultural da cidade, de portas abertas às diferentes artes, Rodrigo Costa, com Curso Geral de Artes Visuais da Escola de Artes Decorativas de Soares dos Reis, que durante vinte anos desenvolveu a sua atividade profissional como desenhador gráfico e se dedica à carreira de pintor desde 1990. Reuniu na Sala dos Fundadores desta Instituição, obras “Entre a Síntese e o Detalhe” que segundo Eulália Gonçalves, no catálogo da exposição, “são, por vezes, os quadros dentro do quadro, a pintura das pinturas ou, então, simples objetos comuns, como jarras, cadeiras, caixas e caixinhas, livros, coisas velhas e sem rosto, o caos de um atelier, de tudo o pintor se serve para valorizar o motivo central da sua obra…”. Ou como assume o próprio Rodrigo Costa, “em termos de pintura, o que a maior parte das pessoas vê como caos, eu vejo como ordem, por ser na desarrumação que, com muita frequência, vejo composições de que tiro partido. Por vezes, nem lhes mexo; outras, limito-me a um ou outro pequeno arranjo. Neste caso, já tudo estava com ficou. Apenas os diospiros, trazidos por um amigo, e o tecido de fundo foram acrescentados…”.

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O autor das obras expostas, deixou ainda o convite aos presentes para um vasto programa de atividades durante o mês de abril no Museu de Ovar, como um workshop no dia 21, dedicado ao tema figura – com modelo natural, usando como técnica, a mistura de aguarela e pastel seco, sobre papel. E a sua participação no dia 28 numa sessão da rubrica À Conversa moderada pelo escritor Carlos Nuno Granja, em que, Rodrigo Costa fez uma espécie de fecho de ciclo, desta sua presença no Museu de Ovar, em que privilegiou e promoveu através da sua arte, o estímulo ao diálogo, como uma das razões de tais eventos em que lançou o desafio para se colocarem questões.

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Segundo a sua filosofia, “nenhuma pergunta é inoportuna, quando se quer saber” mais, porque, como afirma este artista plástico, “dada a evidência, é mais fácil, para mim, explicar o que pinto – porque pinto o que pinto, do modo como pinto – do que dar provas do que esteve na origem da minha inclinação para a pintura”, conclui o pintor que assume cada uma das suas obras como um poema, como o óleo sobre tela “…Sob Céu de Silêncios”, em que termina dizendo, “E havia o mar e um recanto de areia, mais a conversa calma. A areia húmida e distendida. O mar sussurrando, de onda em onda. Brandas, como palavras sem sílabas tónicas. Talvez pelo cansaço… Talvez para sossego do sossego…”. Obras carregadas de emoção, de Rodrigo Costa, cuja pintura está a apaixonar quem aproveita esta oportunidade de a contemplar numa sala que o próprio artista destaca pela sua qualidade para tais eventos culturais na cidade de Ovar.

Texto e fotos: José Lopes (*)

(*) Correspondente “EeTj” em Ovar-Aveiro

01mai18

 

 

 

 

3 Comments

  1. alda maria alves ferreira

    Gostaria de ter visto um cartaz a anunciar a exposição no exterior do Museu bem assim a divulgação da mesma no Posto de Turismo.

    Ao Grande Rodrigo Costa, a minha admiração de sempre

    Alda Maria Ferreira

  2. José Gonçalves

    O “Etc e Tal jornal”, direção e restante equipa, agradece as suas palavras, sendo que, para nós, é uma obrigação dar relevo às artes e à cultura e quem a promove…

  3. Rodrigo Costa

    … Apenas para agradecer o espaço dedicado à divulgação das obras, do autor e do próprio Museu de Ovar, pelo esforço que desenvolve, no sentido de dinamizar e divulgar as actividades culturais e artísticas.

    Reconhecidamente,
    Rodrigo Costa

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