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PARAGENS COM TRISTES, CARICATAS E ESCONDIDAS REALIDADES…

Repórter X

O Repórter deu, em fevereiro, mais umas voltinhas pela cidade Invicta, desta vez utilizando o serviço de transporte público rodoviário para “apreciar” certas paragens. Aliás, o “Etc e Tal” deste mês “viaja” numa “intensa” rede de transportes que, quer queiramos quer não, fazem parte da vida de milhares e milhares de pessoas e que têm sido notícia pelo melhor e pior dos motivos.

E a verdade, é que há, em algumas paragens, coisas do arco-da-velha, mas numa outra, uma história real, que deixou quem vos escreve triste e preocupado.

Como sempre, e para finalizar deixa-se, como é habitual, uma chamada de atenção, que, neste caso até é uma sugestão… para a malta do Boavista FC.

JOVENS SEM-ABRIGO

São dois jovens. A “tenda” está montada junto à Estação de Metro de Campanhã e às paragens de autocarros. O sítio é semicoberto, e eles estão lá há já algum tempo. Já os vi acompanhados por um cão. Fazem as necessidades por ali perto. Ao frio lá dormem, “agasalhados” por mantas que alguém lhes deu.

Pedem uma moeda a quem passa, mas recusam-se a contar a história das estórias que os levaram àquela situação e àquele local. A verdade é que lá estão e que alguém os vai alimentando. Não sei se estão ali por querer – há sem-abrigo que o querem ser – ou se esperam por ajuda que tarda a aparecer. Seja como for fica a chamada de atenção, porque é triste ver aqueles jovens naquele estado num Estado que os pode e deve apoiar.

BANHOS DE PÓ E INSEGURANÇA PARA PASSAGEIROS E MOTORISTAS DA “GONDOMARENSE”

No mês em que os transportes rodoviário foram tema de destaque nos órgãos de comunicação social e motivo para inúmeras conversas, de todos os temas abordados terá sido a deslocalização de paragens que mais polémica originou, tanto mais que no dia de todas as alterações (05fev19), a coisa resultou num verdadeiro fiasco, com a ET Gondomarense (ETG) e outras privadas – mas principalmente a Gondomarense -, a fazerem finca-pé às decisões da Câmara do Porto e a, teimosamente, fazerem términos das suas carreiras no Campo 24 de Agosto.

Ora, se saíram da Rua de Alexandre Braga, junto ao Bolhão, por causa do mercado estar em obras e assim acautelar a segurança dos seus passageiros, por que razão a ETG foi instalar uma paragem (da linha 27), mesmo junto a um estaleiro de obras, no Campo 24 de Agosto, onde irá surgir uma grande superfície comercial?

Os passageiros e os motoristas apanham com cada banho de poeira que mete dó, e ainda não apanharam com outras coisas na cabeça por mera sorte.

Não teria ou terá a ETG outro sítio para fazer parar as suas viaturas tendo em conta a segurança de passageiros e motoristas?

ASSENTOS PARA GIGANTES?

Cinco paragens foram colocadas à pressa, tudo para que no tal dia 05 de fevereiro, o Terminal funcionasse, como acabou por não funcionar, junto ao estádio do Dragão. Sem sinalética quanto ao destino e número de carreiras, e só com uns “Via Valongo” e “Via Gondomar”, é curioso verificar a altura dos assentos das referidas paragens: muito mais altos que o normal.

Como “depressa e bem, há pouco quem!”, o adágio popular neste caso vem mesmo a calhar, porque naqueles bancos, ou “bancas”, foram feitos exclusivamente para gigantes, ou, sem exagero, para gente com altura suficiente para jogar basquetebol. Se calhar estavam a pensar nos basquetebolistas do FC Porto, com pavilhão logo ali ao lado?!

Meus amigos, um idoso de altura média; uma criança ou um jovem de tenra idade para se sentarem naqueles bancos só mesmo com a ajuda de algum transeunte, ou outro companheiro de viagem, que, por sinal, ainda não os há por aquelas redondezas.

BESSA “ESCONDIDO”

É, sem dúvida, uma das maiores instituições desportivas nacionais, e uma das mais antigas, senão a mais antiga, a praticar futebol (desde 1903) em Portugal. No Porto é! Refiro-me, concretamente, ao Boavista Futebol Clube.

Com um estádio imponente, e um hall de entrada digno de registo, a verdade é que quem desconhecer o Estádio do Bessa e a dimensão do clube, ao vir da Avenida da Boavista e entrar pela Rua de “O Primeiro de Janeiro” não dá fé, como antigamente dava, da existência do clube.

No antigo estádio, via-se logo à entrada da rua, e ao cimo de uma rampa (por cima de um portão) o símbolo do Boavista Futebol Clube. Hoje… nada!

Foto: Pedro Abreu

Por que não fazem uma pintura, idêntica à que se encontra na entrada Norte do Estádio, para todos saberem que aquele estádio é o do Bessa e onde joga o Boavista Futebol Clube. Não há que ter vergonha…

Não faltarão, por certo, criativos para darem o devido arranjo de embelezamento a paredes cinzentas que em nada representam a dinâmica do clube. Fica a sugestão.

CASA-OFICINA ANTÓNIO CARNEIRO FECHADA

De acordo com a Wikipédia, a agora Casa-Oficina de António Carneiro “pertenceu ao pintor portuense António Carneiro e foi mandada construir pelo próprio nos anos 20 do século passado, para servir como sua residência e como ateliê, e mais tarde do seu filho Carlos Carneiro, igualmente pintor, num quarteirão da freguesia do Bonfim. Foi ainda a casa do seu filho Cláudio Carneiro, um ilustre compositor, mais tarde passou à posse da Câmara Municipal.

Depois de um período de encerramento para obras de beneficiação e ampliação, o edifício encontrou-se durante largos anos vazio, abandonado e vandalizado (os vidros das janelas estilhaçados, as paredes cobertas de grafitti, ervas e sujidade).

A Casa-Oficina reabriu restaurada em 2009 com uma exposição temporária que apresenta algumas das obras mais significativas de António Carneiro na Coleção da C.M.P., tais como, “A Vida”, “Camões” e Interiores de Igrejas. A proposta da Casa-Oficina é mostrar a coleção de obras de António Carneiro”, lê-se no Wikipédia.

Pois reabriu, mas pelos vistos, voltou a encerrar. Das muitas vezes que lá passamos, e dentro do espaço horário, lá indicado, de abertura ao público, a Casa está encerrada.

O que está a acontecer? Alguém pode explicar?

01mar19

 

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