Joaquim Castro
Já melhorou um pouquinho, mas o velho hábito, de escrever “ter morto”, em vez de “ter matado”; “ter encarregue”, em vez de “ter encarregado”; …. ainda persiste.
Também incomoda, ouvir os jornalistas, especialmente nos directos, abusar do “então”, que pronunciam repetidamente, como buchas com que nos entretêm, por falta de outra argumentação.
AI O PARLAMENTO!
Dia 20 de fevereiro de 2019, foi mais um dia de “terror”, para os puristas. Mais uma vez, no Parlamento, na moção de censura do CDS, voltei a ouvir muitas palavras mal pronunciadas. O nosso primeiro-ministro, António Costa, não consegue, ainda, pronunciar “precariedade”, insistindo na “precaridade”.
Assunção Cristas, do CDS, estava com a mania da “hipocresia”.
A respeito de pronúncia, o melhor ministro da Finanças da Europa, Mário Centeno, embirrou com o verbo “acelerar”. Para ele, “acelarar”, “acelaração” e “acelaramento”, é que é!

OS “-MOS” E OS “-TE/TES”
Nas redes sociais, está muito em voga separar os –mos e os –te/tes, do início da palavra: “conversar-mos”, “disses-te”, “compras-te”, como exemplos.
Uma ”facebookiana”, cometeu um destes erros, pelo que a alertei para o facto. O que eu arranjei! Ela, do alto dos seus estudos, lá me respondeu: “Não ande para aqui a corrigir. O erro foi por causa do teclado. Fique a saber que eu não dou erros, andei na faculdade de Letras”. Ironicamente, retorqui: “Se andou na Faculdade de Letras, fico mais descansado”. Mas um, aparentemente, amigo da menina, de cabelo eriçado, saiu em defesa dela, para…não posso dizer o resto, que é feio!
“DIRIA-LHE”
Um outro caso de erro ortográfico, que corrigi no Facebook, gerou uma acalorada discussão, entre a menina que cometeu o erro, uma doutora, eu e outros amigos da menina. Todos contra mim, alguns deles a desconsiderar-me. Às tantas, a discussão morreu, quando a “errante” ensaiou uma saída airosa, para me calar. Mas com muito azar dela, escreveu “eu diria-lhe” o seguinte… A minha resposta foi apenas esta “diria-lhe”? E lá se acabou a discussão!
OS ENGANOS
A propósito do caso anterior, lembro-me de um episódio muito engraçado, contado por Beatriz Costa, a actriz da franja, já falecida. Contava a Beatriz Costa, que havia um rapaz apaixonada por ela, bastante tímido. Um dia escreveu-lhe uma carta, onde dizia: “Gosto muito de si. Pelo que sinto, também acho que a menina gosta de mim. “Enganarei-me”?
A resposta dela não poderia ser mais certeira: “Enganarou-se”!
Nota: Por vezes, o autor também erra!
Fotos: pesquisa Google
01mar19
 
							 
			