Cau Gomez, do Brasil, conquistou o Grande Prémio do 23.º PortoCartoon-World Festival, organizado pelo Museu Nacional da Imprensa e subordinado ao tema SAÚDE (3.ª ODS da ONU). A obra vencedora intitula-se “A Peste” e constitui uma metáfora de humor negro sobre as ameaças do tempo presente. O segundo prémio foi atribuído a Tony Tasco, da Bélgica, e o terceiro a Luis Fernando Echeverri (Fernando Pica), da Colômbia.
Cau Gomez tinha já sido contemplado com o Grande Prémio do PortoCartoon em 2002, sobre o tema Eco-Turismo, e, em 2018, recebeu o 3.º Prémio ex-áqueo, no 20.º PortoCartoon – “Limpar o Planeta”.
Esta edição do PortoCartoon obteve uma elevada participação: mais de 2700 obras, de cerca de 500 artistas, oriundos de 64 países distintos, de todos os continentes.


A qualidade dos trabalhos, levou o júri internacional a atribuir ainda 27 Menções Honrosas a artistas de diferentes países como Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Bélgica, Brasil, Bulgária, China, Espanha, França, Irão, Itália, Portugal e Turquia.
LUTHER KING E MARIA JOÃO PIRES DÃO PRÉMIOS À ÍNDIA E A PORTUGAL

A edição deste ano contemplou dois Prémios Especiais de Caricatura centrados nas figuras de Martin Luther King, Nobel da Paz, assassinado em 1968. e Maria João Pires, cuja “forma de tocar piano tem sido frequentemente descrita como mágica, cativante e profundamente poética” (Deutsche Grammophon).

Os vencedores foram, respetivamente, Shankar Pamarthy, da Índia e Aurélio Mesquita (Portugal). Shankar Pamarthy foi também galardoado com o 2.º Prémio Especial de Caricatura Maria João Pires.



O Irão, Turquia, Brasil, Iraque, China, Cuba e Ucrânia foram os países com maior participação.


Esta 23.ª edição o PortoCartoon volta a reforçar o lugar deste certame no pódio dos concursos internacionais de desenho de humor e mostra a pertinência da classificação do Porto como “Capital do Cartoon”, proclamada em 2008, em dez línguas diferentes e por diversos cartunistas, designadamente de Georges Wolinski.
O Júri internacional do 23.º PortoCartoon teve como Presidente Honorário Georges Wolinski – cartunista do Charlie Hebdo assassinado em 2015, em Paris, e que durante uma década tinha sido presidente do Júri. Integraram o Júri 2021: Peter Nieuwendjik (presidente da FECO), Maria Milano (designer italiana), Roberto Merino (encenador), Xaquín Marín (fundador do Museo de Humor de Fene, Espanha), e Luiz Humberto Marcos (diretor do Museu Nacional da Imprensa).
Os vencedores do 23.º PortoCartoon receberão os troféus (desenhados por Siza Vieira) e os Prémios durante a cerimónia de abertura da exposição, que decorrerá nas instalações do Museu Nacional da Imprensa e noutros locais do Grande Porto, em data a anunciar oportunamente.
PORTOCARTOON APRESENTA MARIA JOÃO PIRES EM MATOSINHOS
Uma centena de caricaturas sobre a pianista Maria João Pires estará em exposição no Teatro Constantino Nery, Matosinhos, até 31 de outubro.
Trata-se do Prémio Especial de Caricatura do 23.º PortoCartoon World Festival, que além da pianista contemplou Martin Luther King.
Organizada pelo Museu Nacional da Imprensa, a mostra reúne trabalhos de caricaturistas de vinte e seis países como a Argentina, Brasil, China, Colômbia, Cuba, Finlândia, Índia, Indonésia, Itália, Líbano, Nova Zelândia, entre outros. A latitude geográfica dos artistas participantes mostra a fama internacional da pianista portuguesa.
Reconhecida internacionalmente há meio século, depois de em 1970, em Bruxelas, ter conquistado o 1.º prémio no concurso do bicentenário de Beethoven, Maria João Pires (1944-…) é, neste momento, a figura mundial mais expressiva da música portuguesa. Continua a fazer concertos. Está no auge da carreira. Atua nos palcos mais importantes do mundo.
A sua carreira inclui numerosas digressões, interpretando obras de Bach, Beethoven, Schumann, Schubert, Mozart, Brahms, Chopin e muitos outros compositores. Convidada pelas grandes orquestras mundiais, Maria João Pires apresenta-se regularmente na Europa, Canadá, Japão, Israel e nos EUA.
“Mágica, cativante e profundamente poética” – é a sua forma de tocar piano, na descrição da mais importante editora de música clássica no mundo, a ‘Deutsche Grammophon’ (de 1898) que tem gravado edições especiais com a pianista portuguesa.
A exposição, comissariada pelo diretor do Museu, Luiz Humberto Marcos, integra-se numa parceria entre o Museu Nacional da Imprensa e a Câmara Municipal de Matosinhos, e ficará patente até 31 de outubro.
Texto e imagens: AMI / Etc e Tal jornal
01out21