A zona da Ribeira vive, por estes dias, uma azáfama única. A juntar aos milhares de turistas que por ali passam todos os dias, a paisagem no rio Douro está, esta semana, diferente. Mostra uma outra beleza, com embarcações que, por ali, nunca estiveram atracadas.
Tratam-se de navios pertencentes à Armada portuguesa, que vão participar nas celebrações do Dia da Marinha: ao Navio Escola Sagres, que ali chegou na passa segunda-feira, juntaram-se a Fragata D. Francisco de Almeida, o Navio Patrulha Oceânico Sines e a Lancha de Fiscalização Rio Minho.
A partir desta quinta-feira, os navios estarão de portas abertas durante os dias do evento, no período da manhã, das 10 às 12 horas, e à tarde, entre as 14 e as 18 horas. A entrada para as visitas será feita nos locais de atracação das embarcações, entre o Cais da Ribeira e a Alfândega.
De acordo com a Marinha, o Navio da República Portuguesa (NRP) D. Francisco de Almeida, que chegou, esta terça-feira, à Ribeira, é o segundo navio da classe Bartolomeu Dias. Foi construído nos estaleiros Royal Koninklijen Marine (Países), tendo sido o sétimo navio da classe Karel Doorman ao serviço da Marinha Holandesa. Foi aumentado ao efetivo da Armada portuguesa, em janeiro de 2010.
A fragata, que tem como patrono o primeiro vice-rei da Índia, D. Francisco de Almeida, já participou em inúmeras missões e exercícios nacionais e internacionais, com especial destaque para o dispositivo de segurança aéreo e naval durante a celebração da missa realizada no Terreiro do Paço, em 2010, pelo Papa Bento XVI, a operação ‘Ocean Shield em 2011’, integrada na Força Naval da NATO, atuando também nas ações de combate à pirataria na zona da Somália, entre muitas outras.
O Navio Patrulha Oceânico Sines foi construído nos Estaleiros de Viana do Castelo, aumentando o efetivo da Armada, em julho de 2018. Foi concebido como navio não combatente e destina-se, prioritariamente, a exercer funções de autoridade do Estado e a realizar tarefas de interesse público nas áreas de jurisdição ou responsabilidade nacional.
Já a Lancha de Fiscalização Rio Minho foi construída, no Arsenal do Alfeite, em 1991, projetada e especialmente concebida para missões de patrulha em águas pouco profundas. Dá nome à classe e ao único navio que a constitui. A sua área de atuação é, por excelência, o Troço Internacional do Rio Minho.
MAIS DE 30 INICIATIVAS ABERTAS À POPULAÇÃO
As celebrações do Dia da Marinha reúnem mais de 30 iniciativas, abertas a toda a população. O epicentro desenvolve-se entre a Ribeira e a Alfândega do Porto, zona que terá alguns condicionamentos de trânsito durante os quatro dias de evento (de 18 a 21 de maio). O programa prevê, para além de visitas aos navios, batismos de mar, escalada e mergulho, utilizar a realidade virtual para comandar um navio, entre outras atrações.
Os batismos de mar, efetuados nos navios Rio Minho e Sagitário, ou até em lanchas anfíbias e motas de água, constituem uma das principais atrações do programa. Realizam-se entre as 10h00 e as 12h00 e as 14h00 e as 18h00, com início no Cais da Polícia Marítima, no Cais da Estiva-Ribeira ou no Cais da Alfândega. Considerando que os lugares para as aventuras em água salgada são limitados, a Marinha vai providenciar zonas de apoio e suporte, geridas pelos militares.
O parque de estacionamento da Alfândega surge como o espaço dedicado às exposições demonstrativas. A partir das 11h30, desta quinta-feira, o público em geral poderá ser fuzileiro por um dia, ter acesso às paredes de escalada, experimentar mergulho numa piscina, visitar tendas com armamento e airsoft, deixar-se fotografar ao lado de viaturas e embarcações que integram o contingente das forças armadas, tudo com a máxima segurança e monitorização dos oficiais.
Texto: Paulo Alexandre Neves (Porto.) / Etc. e Tal
Fotos: Porto.
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