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Vila do Conde: Cividade de Bagunte candidatada a fundos comunitários

A Rede de Castros do Noroeste, projeto de que faz parte a Câmara Municipal de Vila do Conde, submeteu recentemente uma candidatura ao NORTE-14-2016-03, que será o início do processo de infraestruturação da Cividade de Bagunte.

Esta candidatura tem duas componentes distintas. Uma corresponde a ações individuais que, no caso da Câmara de Vila do Conde, se materializará na construção do Centro de Receção da Cividade de Bagunte. A outra componente equivale a ações conjuntas com os restantes membros da Rede de Castro do Noroeste, nomeadamente por via de ações de promoção e divulgação. O investimento total previsto para a Cividade de Bagunte ronda os 232 mil Euros e tem início previsto para o ano de 2017.

O projeto do Centro de Recção da Cividade de Bagunte foi elaborado pelo arquiteto Maia Gomes, sendo que o plano funcional do edifício foi desenvolvido pelo Gabinete de Arqueologia Municipal.

Esta iniciativa corresponde à segunda candidatura da Cividade de Bagunte a fundos comunitários. A primeira, também foi realizada em parceria com a Rede de Castros do Noroeste, procura receber comparticipação através do “Programa de Cooperação Espanha-Portugal – INTERREG V A (POCTEP) 2014-2020”. Foi apresentada no final de 2015 e também se encontra em fase de avaliação.

A Rede de Castro dos Noroeste é um projeto coordenado pela Direção Regional de Cultura do Norte e integra a Câmara Municipal de Vila do Conde, bem como os Municípios de Boticas, Esposende, Monção,

“BONECAS ABAYOMI” EM EXPOSIÇÃO

NO MUSEU DAS RENDAS

bonecas abayomi

O artesanato Vicentino (São Paulo, Brasil) chega a Vila do Conde pelas mãos do secretário da Cultura da Prefeitura de S. Vicente, Amauri Alves  que doou uma coleção à Câmara Municipal de Vila do Conde, na pessoa da presidente da Câmara, Dr.ª Elisa Ferraz, com o objetivo de promover e divulgar esta tradição.

As bonecas Abayomi estarão exposição no Museu das Rendas de Bilros de Vila do Conde, até 31 de dezembro. As Abayomis são bonecas de pano de tradição afro-brasileira, feitas de retalhos com nós e tranças, sem costuras ou uso de cola, pela artesã Cláudia Mello.

As bonecas eram utilizadas pelas mulheres para confortarem os seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros – navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil –, a partir de retalhos rasgados das suas saias. As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa ‘Encontro precioso’, em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim.

Na confeção das Abyomis, a artesã Cláudia Muller utiliza matérias-primas de origem natural, como tecidos de fibra, 100 por cento algodão, corantes naturais à base de pigmentos extraídos de cascas, folhas, flores e sementes, essências de óleos naturais da Amazônia e embalagens que possam ser reutilizáveis e/ou recicláveis.

FOI CONCLUÍDO MURAL

DE ARTE URBaNA DA SECA DO BACALHAU

arte - v conde

arte - v conde 01

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São cerca de 500m2 de área que deram lugar a uma tela gigantesca, na rua, onde se recupera a memória da atividade da Seca do Bacalhau que se desenvolvia no século passado, em Vila do Conde.

A conceção artística é da autoria de Isabel Lhano, conceituada artista vilacondense, que executou este Mural com o Núcleo de Arte Urbana de Vila do Conde, Marco Castiço, Miguel Pipa e o seu filho, Luís Costa.

Em primeiro plano, as mulheres que ali trabalhavam na salga e na secagem do bacalhau, na lateral o rosto de uma delas e ao meio a frase de Valter Hugo Mãe: “Este foi o mar das mulheres. Aqui se glorificaram e aqui naufragaram”.

Se a arte urbana, agora tão em voga num sem número de cidades europeias, tem por objetivo dignificar espaços abandonados ou edifícios devolutos, dando-lhes uma nova roupagem, chamando a atenção para os mesmos, trazendo a arte para a rua, fora do seu contexto expectável de museu ou galeria de arte, democratizando-a, tornando-a mais próxima de todos que pelas ruas circulam, acresce ainda o facto de, neste caso, aqui se registar, ainda que de forma efémera, o que durante anos neste local se praticava. Eram as mulheres vilacondenses que dedicavam anos da sua vida à seca do bacalhau que chegava da faina piscatória dos mares do norte e que aqui via o seu ciclo concluir-se.

Ainda não visitou? Passe por lá e aprecie este extraordinário trabalho de arte urbana, onde mãe e filho, de forma inédita do nosso país, transformam por completo o aspeto deste edifício devoluto da antiga seca do bacalhau. Não perca a oportunidade de conhecer este projeto artístico criado no âmbito da revitalização deste espaço promovido pela Câmara Municipal de Vila do Conde

Texto: GI da CMVC / EeT

Fotos: CMVC e Pesquisa Google

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