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McLixo

Sérgio Silva e Sousa (*)

Numa deslocação que fiz recentemente ao Porto, resolvi ir tomar o pequeno-almoço a uma sítio que está aberto 24 horas, à chegada ao local há que estacionar o automóvel, coisa rápida pensei eu, pois teria estacionamento privativo para clientes e estaria aberto 24 horas, no entanto ao entrar no estacionamento, com espaço para cerca de 100 carros, deparo-me com os estacionamentos todos vedados com correntes a impedir que se estacionasse, haveria cerca de 10 lugares disponíveis para estacionar, no entanto, estavam todos ocupados. Achei estranho, e como não podia estacionar dei a volta ao estacionamento e segui para outro local em busca de estacionamento. Tentei na rua imediatamente à frente e lá arranjei um estacionamento impecável, numa rua sem saída, sem necessidade de pagar e com condições perfeitas para ali deixar o automóvel.

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Toca a meter os pés ao caminho e seguir em direção ao local onde tinha decidido ir tomar o pequeno-almoço, não ficava a mais de 100 metros de distância. Ao sair do carro reparei de imediato que era difícil colocar os pés no chão sem pisar restos de refeições, que se percebia facilmente serem do restaurante para onde me dirigia. Eram copos, pacotes de ketchup, restos de batatas fritas e seus recipientes, palhas e seus invólucros, tudo o que toda a gente conhece e já viu ser usado nesse restaurante de fastfood, estava espalho um pouco por toda a parte daquela rua transversal à circunvalação.

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De imediato me veio à cabeça o por quê daquilo estar a acontecer, ora se não é possível estacionar no parque destinado a clientes daquele restaurante, as pessoas que querem comer teriam de comprar a comida dentro do seu carro e depois irem comer a sua refeição naquele local – é aqui que eu faço o meu escrutínio – o restaurante com a intenção de vedar o seu estacionamento aos não clientes (pessoas que querem estacionar sem consumir) veda-o também aos seus clientes, estes preferem, por falta de estacionamento, efetuar a compra dentro do seu veiculo e seguir viagem para o local mais próximo de estacionamento, local esse que, por sua vez, não tem papeleiras nem contentores para reciclagem, apenas há um contentor do lixo mas como o ser humano é algo difícil de entender não o usa, prefere abrir o vidro ou a porta e deitar para o chão aquilo que não mais terá utilidade.

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Será que a maior cadeia de restaurantes do todo o planeta não deveria de ter o cuidado de, em primeiro lugar, tentar usar materiais não descartáveis para assim poluir menos o nosso meio ambiente, em segundo, sabendo – porque se nota ao longe – que os seus clientes usam aquele local, por serem forçados a isso, para consumo de suas refeições, pedirem aos seus trabalhadores para formarem uma equipa e fazerem uma limpeza àquele local, apanhando os detritos – que são de fácil identificação – que ali são deixados, e por último uma palavra aos principais responsáveis, ou seja, a todos aqueles que ali fazem refeição e não se dão ao trabalho de guardar o lixo dentro do carro por uns minutos para, mal seja possível, o depositar nos devidos locais!

É nosso dever reclamar a falta de estacionamento por este estar vedado, é nosso dever prezar pelo nosso meio ambiente não o poluindo e por último é também nossa obrigação forçar esta cadeia de alimentação a acabar com os descartáveis.

(*)Texto e fotos

01mai18

 

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4 Comments

  1. Sérgio Silva e Sousa

    Desde já agradeço a leitura deste artigo bem como o comentário que deixou, no entanto se ler a parte final do penúltimo paragrafo do artigo, pode verificar que eu refiro que os principais responsáveis são as pessoas que ali deixam os resíduos, por outro lado e como eu acho que toda a gente tem o direito de opinião e de crítica, daí eu ter agradecido a sua, acho que esta situação descrita no meu artigo, e que eu acho infeliz, deve ser discutida para que os devidos responsáveis tomem as devidas posições e solucionem este problema. E se realmente há a preocupação, por parte do restaurante, de limpar a zona, esta não tem sido suficiente e deve passar a ser mais frequente.

  2. Sérgio Silva e Sousa

    Desde já agradeço a leitura deste artigo bem como o comentário que deixou, achando que devo responder ao seu comentário deixo aqui alguns factos que são inegáveis. Não foi uma nem duas vezes que estive naquele local e a diversas horas do dia (de manhã como foi o exemplo do meu artigo e de tarde como é o exemplo das fotos) e sempre encontrei aquele local naquele estado. Admito até que o restaurante processa à limpeza daquele local, e muito bem, no entanto é factual que é insuficiente. É um facto ainda que mesmo que essa recolha seja feita, a separação de tipos de lixos não acontece.

  3. Isabel Martins

    Se calhar se se infomasse primeiro saberia que a culpa é da falta de civismo das pessoas. Mas é mais facil criticar do que se informar primeiro das medidas de llimpeza exterior do restaurante.. A sua razao é zero!
    Sugestao:
    Antes de publicar algo primeiro se informe!
    Enfim….

  4. Rafael Fonseca

    Claramente a opinião de quem só foi uma vez ao restaurante.
    Não é perceptível que essa zona é limpa todos os dias?
    Caso não fosse limpo todos os dias, esse estacionamento seria uma lixeira a céu aberto. Provavelmente quando estacionou, ainda não tinham começado a limpeza. Não forme uma opinião com base em apenas uma visita.

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