O primeiro-ministro António Costa, anunciou (05abr19) que a rede de transportes da Área Metropolitana do Porto irá receber uma verba superior a 800 milhões de euros, sendo que 600 milhões serão para a expansão da rede de metro e os restantes 200 milhões para a criação de sistemas de busways.
Costa, que falava durante a apresentação da expansão da rede do Metro do Porto, referiu que “essa verba já não será gerida pelo Governo mas integralmente pela AMP, que devidamente afetará a sua estratégia de desenvolvimento do território”. Por seu turno, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, adiantou que o programa nacional de investimento (PNI2030) tem previstos 780 milhões de euros de investimentos da rede de transportes na Áreas Metropolitana do Porto, sendo que 620 milhões serão para a rede de metro e 160 milhões para a criação de corredores de metrobus”, disse. No entanto, de acordo com PNI2030, a verba prevista para “o desenvolvimento de sistemas de transportes coletivos em sítio próprio” é de 240 milhões e não de 160 milhões, como disse o ministro, sendo que grande parte desta verba seria para implementar uma busway no corredor da A28, no Porto.
Em relação ao lançamento do concurso para a expansão do Metro do Porto, que contempla a criação da Linha Rosa entre a Casa da Música e São Bento, assim como o prolongamento da linha amerela até Vila D´Este, em Vila Nova de Gaia, num investimento superior a 300 milhões de euros, António Costa disse que “este projeto de extensão é da maior importância. No lançamento do plano de redução tarifária, muitos diziam que não basta reduzir preços sem aumentar a oferta. Para tal, é preciso alargar a rede e aumentar as composições. Já estivemos aqui a lançar o concurso para 18 novas composições do Metro do Porto”.
A Linha Rosa
A linha Rosa do Metro do Porto [com conclusão prevista para 2022, ligando a praça da Liberdade à Boavista], para além da procura elevada prevista, será o início de uma linha mais completa e circular, que há-de atravessar a [rua da] Constituição, a caminho dos Combatentes ou da Asprela, além de ser o início da ligação ao Campo Alegre”, afirmou João Matos Fernandes.
“Prefiro apresentar estas duas linhas de outro modo: vão servir o hospital de Santo António e o Centro Materno-Infantil, no Porto, e o Hospital Santos Silva, em Vila Nova de Gaia, três dos principais centros geradores de viagens em toda a Área Metropolitana do Porto”, descreveu o ministro do Ambiente, salientando ainda que “no eixo Júlio Diniz-D Manuel II passam, num dia útil, 650 autocarros”.
“É por isso imperioso colocar aí o metro, pois é evidente que as linhas de metro se devem essencialmente construir para dar resposta a uma procura já existente”, justificou.
Ainda de acordo com o ministro, “com a expansão da rede, é possível reequacionar todo o desenho urbano desse eixo e disponibilizar esses autocarros para o reforço de outras linhas, com menor intensidade de procura”.
Texto: EeTj
Foto: pesquisa Google
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