E para a magnífica Academia do Porto, não vai nada, nada, nada? “Tudo!” Vão os anos de estudo, os desafios do ensino superior em tempos de pandemia, os amigos que ficam para a vida, a esperança de um futuro seguro. Milhares de estudantes trouxeram para o coração da cidade os amores que vão dentro do deles no fim de mais uma etapa e as cores e os cânticos engrandeceram o momento de mais um Cortejo Académico no Porto. Que nunca é apenas mais um.
Podem ter parecido longos anos de estudo, a hora para passar a tribuna pode ter demorado a chegar na tarde desta terça-feira, mas, na verdade, terá tudo sabido a poucos segundos. Os finalistas de toda a Academia do Porto avançaram pelas ruas com confiança e correram para o que o futuro lhes vai trazer, agora que se finda a vida estudantil.
Mas, hoje, o futuro ainda não é lugar sobre o qual queiram pensar. Têm os colegas de curso ao lado para festejar, a família à espera para abraçar e muitas bengaladas de sorte para dar e receber ao longo do percurso que saiu da Praça da República e terminou em frente à Câmara do Porto, onde o presidente, Rui Moreira, os vereadores e os reitores das diferentes instituições académicas, os esperavam.
E, para muitos, a Academia é um lugar onde vão querer voltar sempre. Alguns voltam mesmo, ainda que já tenham há muito terminado os seus cursos. Porque se o cortejo é o momento, por excelência, dos finalistas, a tradição também se faz da força dos caloiros e da experiência de todos quanto a cidade há muito viu formar-se e que sentem o desejo de “ficar sempre estudante”.
Ao todo, o Cortejo Académico, que traz à rua 43 carros alegóricos das várias faculdades, é vivido por cerca de 400 mil pessoas, entre estudantes, familiares e curiosos.
A festa continua, até sábado, a viver-se no Queimódromo. “P’ra eternizar a ilusão de um instante”.
Texto: Porto. / Etc. e Tal
Fotos: Miguel Nogueira e Guilherme Costa Oliveira (Porto.)
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