Fundado a 19 de janeiro de 1918, e contando com cerca de 450 associados, o Grupo Dramático e Musical “Flor de Infesta” é uma coletividade em crescimento. Instituição de Utilidade Pública desde 14 de agosto de 1984, é pela “mão” de António Augusto Silva, presidente da direção, que tem firmado os seus propósitos tanto na cidade onde se encontra sediado – S. Mamede Infesta-, como no concelho (Matosinhos) e na região.
“Só com uma gestão rigorosa” é que o “Flor de Infesta” mantém em atividade várias secções culturais e formativas as quais movimentam mais de três centenas de pessoas, isto a começar pela Universidade Sénior, e passando pela Escola de Música, Teatro (infantil, juvenil, especial, musical e sénior), Danças de Salão, Yoga, Fotografia, Poesia, e pela Orquestra de Música Ligeira, entre outras valências.
António Augusto Silva dá, então, a conhecer uma instituição de respeito, que não teme a crise e que avança confiante rumo ao futuro…

Há quanto tempo preside à direção do “Flor de Infesta”?
“Vai fazer doze anos. Estou, agora, a cumprir mais um mandato. Quando entrarmos nas coletividades, depois, é difícil delas sairmos. E quando se faz isto por gosto ainda mais custa abandonar o projeto! Saiba que connosco trabalham cerca de 320 pessoas. Temos, por exemplo, uma orquestra de música ligeira com 62 elementos; uma Universidade Sénior; Danças de Salão; Escola de Música – à volta de sessenta alunos -, com dois conjuntos de música ligeira e outro de cavaquinhos; temos ainda dois coros: um sénior e um outro com coreografia de jovens; ainda há o teatro, com sete turmas, uma das quais destinada a crianças com deficiência e, com esta nobre gente, andamos por todo lado. Estamos sempre fora!”
São muito solicitados?
“Sim.”
E deslocam-se por todo o país, incluindo, o estrangeiro?
“ Não! Isso não. E “não” porque não temos verbas para isso! Não nos podemos estender muito! As contas estão controladas! Temos uma contabilidade organizadíssima, e, assim sendo, estamos à vontade e livres de qualquer problema nesse sentido. Aliás, as coletividades não têm outra saída senão estarem com a contabilidade organizada. Segurar esta coletividade não é fácil”.
“Deixamos de ser subsídio-dependentes!”
Quantos sócios têm?
“Temos quatrocentos e cinquenta e mais uns “trocados”, mas a pagar é isso! Temos uma coisa de bom: os sócios pouco aparecem às assembleias, mas confiam em nós e… pagam! É um euro por mês. Mas todos pagam, o que nos ajuda muito. Saímos da subsidiodependência – isso era essencial! – , ou seja, estar sempre à espera dos subsídios da Câmara Municipal de Matosinhos ou da Junta. Deixamos de ser subsídio-dependentes!…”
São boas as relações com as autarquias?
“São… são boas. E são boas, porque esta Câmara, presidida pelo dr. Guilherme Pinto e a Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta, liderada por Moutinho Mendes, viram o nosso trabalho e apostaram um bocadinho em nós, e, ao em nós apostarem, conseguimos uma melhor a situação para a coletividade”.
Uma instituição multifuncional
Há ainda a acrescentar o importante facto de o “Flor de Infesta” ser uma Instituição de Utilidade Pública, desde agosto de 1984…
“Sim! De salientar, entretanto, que, além das atividades anteriormente referidas, ainda temos, mensalmente, noites de poesia – nas quais participa a vossa colaboradora Maria de Lourdes dos Anjos – contando as mesmas com a presença de sessenta a setenta poetas. Temos ainda a Fotografia, o Yoga, os Bordados, a Pintura… enfim, temos um vasto leque de disciplinas que nos dão condições para viver e estarmos, mais ou menos livres, de qualquer acrescido encargo financeiro”.
E é um Grupo Dramático que tem uma história digna de registo.
“O Flor de Infesta foi fundado a 19 de janeiro de 1918. Temos uma história recheada de acontecimentos. Entretanto, gostaria de frisar ainda o facto de termos uma Biblioteca muito rica, com cerca de 10 mil livros e toda informatizada, isto graças a dois elementos que se disponibilizaram a fazer esse trabalho: António Durval e a doutora Raquel. Quanto à nossa história, o “Flor de Infesta” surge quando uma meia-dúzia de carolas resolveu reunir-se numa alfaiataria decidindo ir cantar as “Janeiras”. Aquilo deu sucesso, e lembraram-se, então, em fazer a primeira peça de teatro. Outro sucesso! Arranjar, na altura, um armazém de um dos diretores e do “armazém” até hoje, com o desenvolvimento que nos apraz registar. Esta casa foi, entretanto, remodelada altura em que fizemos os atuais três pisos.”
“É um bocado complicado gerir esta instituição”
Essa remodelação foi apoiada pela autarquia?
“Sim. A autarquia ajudou muito! Gastaram-se aqui uns milhares! Isto está bem concebido.”
E o Grupo Dramático cresce acompanhando o desenvolvimento de S. Mamede Infesta enquanto terra, mais tarde vila, e agora cidade?
“Claro! S. Mamede começou a evoluir e as coisas, consequentemente, começaram a mexer-se. S. Mamede Infesta era uma aldeia, passou a freguesia, depois a vila e agora é uma cidade. Vamos fazer a festa da cidade a 12 de julho, na qual nós somos os protagonistas. Participaremos com a nossa orquestra e os nossos dois coros e ainda com a nossa presidente da mesa da assembleia que é uma poeta muito conceituada, que é a Maria Mamede, da qual temos um livro, que já vai na segunda edição, vindo isso no contexto das Noites de Poesia.”
É fácil gerir uma instituição como o “Flor de Infesta”, com tantas secções e tanta nobre gente envolvida?
“É um bocado complicado, porque, hoje em dia, para fazer uma gestão desta natureza alguém tem de estar aqui permanente, e esse alguém sou eu. Ainda assim é necessário que cada diretor seja responsável pela sua secção e eu faço a gestão global, pelo facto de estar aqui permanentemente e ser o presidente da direção. Mas, esta equipa é quase como que uma família: toda a gente se conhece e se dá bem, e quando toca o alarme todos ajudam!”
“A criação da Universidade Sénior foi uma opção excelente!”
A Universidade Sénior é um marco na vida da instituição?
“A Universidade Sénior tem seis anos e foi uma opção excelente. Temos setenta pessoas nessa Universidade que nos ajudam muito financeiramente. Lá desenvolvem-se aulas de informática, de inglês, história da música, alemão – ainda que com pouca gente -, desenho, pintura e bordados de Arraiolos. Mas, a maior força está na informática, que é a nova instrução primária. Quem não saber mexer no computador tem a vida complicada. E, a verdade, é que os resultados têm sido muito positivos! Aqui, tinha se o costume de se vir para aqui fazer, por exemplo, uma peça de teatro, e era tudo de graça para as escolas, para os lares e para outras coletividades. Mas acabou-se com isso! Hoje em dia, temos um problema muito grave: a eletricidade. Nós, em eletricidade, gastamos uma média de 600 euros mensais. Mais a empregada, mais a manutenção do edifício e a limpeza permanente tudo tem um custo que tem de ser suportado pela instituição. Assim, optamos que toda a gente que frequenta as nossas instalações – salvo raras exceções, porque há pessoas que o não podem fazer – paga uma quota para usufruir dessas regalias, e nisso a Universidade Sénior deu-nos uma grande ajuda.”
E, depois, haverá, por certo, a juventude e a sua participação ativa no “Flor de Infesta”?!
“A juventude era outro problema, que me apercebi com os diretores que me ajudam, que estávamos com pessoas já com uma certa idade que não travavam, mas não deixavam avançar, e isso emperrava a organização. Então, “pegamos” nos pequeninos, que hoje já são grandes, e que estão aqui há oito ou nove anos. Das trezentas pessoas que temos aqui, se dez por cento forem jovens, já ficam trinta; desses trinta que fiquem dez para “pegar” nisto no futuro já é excelente!”
Muitas coletividades não podem dizer o mesmo.
“Pois. Nós temos trabalhado muito nesse incentivo à participação dos jovens. Temos engolido alguns sapinhos, mas isso faz parte da vida. Se não tivermos a perceção das coisas não conseguiremos levar isto em frente.”
O “sonho” de um renovado auditório
Ao longo da sua presidência houve muitos entraves?
“Não. O “Flor de Infesta” não precisa de dinheiro. Não precisa que a Câmara dê dinheiro… não quero dinheiro! Mas quero o seguinte: quero que eles vejam o nosso trabalho e, na base do mesmo, nos comprem os nossos espetáculos! Nós temos música. Podemos ir com dois coros; com uma orquestra de música ligeira – que são quase sessenta pessoas – , com as nossas sete turmas de teatro… nós vamos ali vamos acolá, mas “dá cá” duzentos ou trezentos euritos. Nós vamos a Perafita, à Lavra, seja onde for. Nós vamos! E para nós é muito melhor assim, ganhamos muito mais, e a autarquia apercebesse do trabalho que desenvolvemos .”
Há projetos, em concreto para o futuro próximo?
“Há muitos!”
Quais, por assim dizer, os mais concretizáveis?
“Temos de trabalhar no nosso auditório. Embora seja um auditório muito bonito – o mais bonito do concelho de Matosinhos -, só temos 110 lugares. Ora, com esta lotação, o que é que se passa? Nós temos de ter vários espetáculos, todos lotados, para dar resposta ao interesse das pessoas. Se tivessem quatrocentos ou quinhentos lugares teríamos turmas; tínhamos aqui gente da Televisão… o que nos ajudava muito. As pessoas de S. Mamede, por si só, não vêm aos espetáculos. Elas só vêm depois quando as iniciativas só bem divulgadas. Assim sendo, colocamos cartazes em pontos estratégicos da cidade. Gastamos menos dinheiro do que se fizéssemos pequenos cartazes espalhados pelos cafés, e, com estes grandes, a sua visibilidade ajuda a uma maior divulgação. Depois temos os nossos telemóveis e computadores que enviam para os sócios a informação sobre as atividades.”
Portanto, a ideia é a de alargar o auditório.
“É! Neste momento, não temos condições! O auditório está atrofiado! Poderíamos ter comprado uma moradia aqui ao lado, mas, na altura, não deu!”
“É preciso fazer as pessoas sair de casa!”
Nesta área concreta, não há concorrência quanto às atividades que desenvolvem?
“Não. S. Mamede Infesta não tem outra coisa a não ser o “Flor de Infesta”. As pessoas que cá vivem – excetuando as de gema – ficam em casa. Você passa por aqui às 20 horas e não vê ninguém nas ruas! Mas, as de gema vêm cá! Por exemplo, nós temos um cineclube, que faz sessões ao domingo à noite – que, ao princípio, eu não era muito apologista que nesse dia fossem transmitidos filmes – e a verdade, é que tem tido sucesso! Estamos a falar em cinema projetado. Você, hoje em dia, pega num filme e vê-o em casa, mas, mesmo assim, as pessoas ainda aqui se deslocam para assistirem aos filmes. É isso que é preciso! É preciso fazer as pessoas saíram de casa. Primeiro, para não ficarem obesas; e, depois, para eliminarem o stress.”
E, da vossa instituição, têm saído alguns artistas?
“Sim. Já temos alguns profissionais. Temos miúdos que já estão em Lisboa…
Migram!
“Mas, isso é excelente! Um dia mais tarde eles dizem que começaram a sua atividade no “Flor de Infesta”! Acho maravilhoso, porque estará alguém a relevar o nome da terra onde nasceu.”
E depois, há ainda a colaboração ou parceria, que fazem com outras instituições…
“Nós fazemos diversas permutas. Agora está na altura dos nossos teatros estarem acabar os ensaios das suas peças, assim, a partir do fim de julho tudo estará pronto, e já estão programadas muitas saídas. De realçar, entretanto, o facto de que fazemos um Festival de Teatro anual – entre finais de outubro e a primeira semana de setembro – , que é o “Infestarte”, e como outros agrupamentos ou trupes teatrais vêm cá nós, por permuta, vamos aos seus locais e fazemos os espetáculos. Temos também o INATEL, de que somos sócios; pedimos para eles virem cá e verem o que estamos a fazer… ficaram maravilhados e o intercâmbio entre ambas as partes foi uma realidade. Esta é a melhor maneira desse ganhar dinheiro! Nós precisamos de fazer cenários; de roupas, entre outras coisas… e precisamos de dinheiro.”
Para tudo é preciso muita dedicação, muita força, mas também… dinheiro!
“É preciso gostar. Depois de se gostar tudo dá aso para fazer muita coisa. Por exemplo: o senhor António Duarte Fernandes faleceu de um momento para o outro – era um colega meu – e a esposa “exigiu” que ele continuasse como sócio do “Flor de Infesta”. Isso ajuda muito! Também temos o grupo dos “Amigos de Infância de S. Mamede” . Reunimo-nos três vezes por ano; alugamos uma camioneta e vamos para qualquer lado…
“A crise está lá fora e não no Flor de Infesta!”
Isso das excursões… junta mais as pessoas!
“Então não é?!. Eu vejo o espírito das pessoas quando realizamos excursões. As pessoas alegram-se; ficam satisfeitas; dançam e cantam…
E, nestes tempos de crise, há alguns indicadores preocupantes na população de S. Mamede Infesta que frequenta a instituição?
“Na verdade: não! As pessoas têm aderido às nossas atividades. Sei que os preços de bilheteira, aqui, são baixos, mas vejo que as pessoas estão connosco.”.
Quer com isso dizer que a crise está lá fora e não no “Flor de Infesta”?
“Exatamente!”

Ao nosso lado está também a secretária da direção. De nome?
“Maria Antónia”.
Isto dá muito trabalho?
“Não. Depois das reuniões só tenho que fazer o relatório. De resto, estou aqui por gosto, o que ajuda ao trabalho! O ambiente é bom, aqui as coisas correm bem, e isso satisfaz-me plenamente!”
Álvaro Cunhal: uma referência…
Augusto Silva, a política associativa, aqui, faz-se com coerência e resultados práticos?
“Aqui, sim! Mas, eu não acredito nos políticos. Eles falam e não dizem nada! Recebi um e-mail com as comemorações do centenário do Álvaro Cunhal, e como foi dos únicos políticos que se interessou pelo associativismo e que manteve sempre a sua maneira de estar, a sua maneira de ser! E, então – embora nada tenha ideologicamente a ver com ele – convoquei cinco pessoas para fazermos um dossiê completo sobre a obra de Álvaro Cunhal, o qual editaremos no próximo mês de novembro. Eu não virei comunista! Acho é que é um homem de caráter; podem dizer mal dele, mas ele foi sempre coerente consigo próprio. Foi um grande homem! Outros vão desaparecer do “mapa”, enquanto que ele vai permanecer para a história. Aquele senhor velhinho, que se candidatou à Presidência da República com 84 anos e outros tais, querem que o governo se demita, a verdade porém – e independentemente de o governo poder estar a trabalhar mal – é que o país estava quase na banca rota, tivemos que pedir o dinheiro e, agora não vamos pagar? Ainda vamos ter de sofrer, pelo menos, mais dois anos! O Flor de Infesta é nisso um exemplo: se ganhar dez, só poderá gastar oito. Já o Salazar dizia: se ganhar nove só poderá gastar oito! Se gastar os nove… já está lixado! Foi o caso que aconteceu a este país.”
Era importante que alguns políticos tivessem uma experiência associativa antes de chegarem ao governo?
“Não ponha dúvidas que sim. É isso que eu lamento: os nossos políticos que estão no governo, foram indivíduos que se formaram com 37 anos – uma pessoa normal formasse com 23 ou 24 anos -; os da oposição também, eles não sabem o que é estar numa empresa e, ao final do mês, terem de pagar o ordenado ao pessoal. Se eles soubessem o que isso é, não desenvolviam, por certo, estas políticas de dar… dar e mais dar. É fácil dar! E depois… pronto, não há dinheiro para o resto.”



“A democracia é complicada!”
Já foi autarca?
“Não. Nem Pensar! É que se for autarca tinha de fazer, exatamente, o que se faz aqui no Flor de Infesta. A democracia é complicada: há uns que votam contra ainda antes de saberem qual o projeto ou a ideia a apresentar. Isso não pode ser assim. Aqui faço as coisas, aviso toda a gente e pergunto-lhes o que acham. Se têm outra alternativa, vamos lá ver qual é a outra alternativa. Se é viável…vamos, então, em frente com a coisa. É preciso trabalhar muito! Nas decisões, muita das vezes, o coração tem de passar para o lado direito. Foi, recentemente, preciso mandar embora uma excelente encenadora! Uma excelente profissional! Houve aí um problema qualquer com um diretor. Tivemos, então, que pegar nos dois e manda-los embora! Foi um problema enorme, mas teve de ser, caso contrário, hoje, ainda andávamos por aqui atrapalhados e, se calhar, sem teatro sénior e outras valências. Teve de ser! Eu aprendi tudo isto no grupo Amorim, onde estive vinte e tal anos. Eles têm seis mil e tal trabalhadores e não há ninguém que vá embora, a não ser que faça uma asneira.”





“Temos muitos sonhos!”
Regressando ao Flor de Infesta, e relativamente a projetos para o futuro, a remodelação do auditório é que está a encabeçar a vossa “folha de encargos”…
“Temos mais. Temos… não sei o que vai sair (risos). Há muito sonho! Há um sonho muito grande! O queria fazer era um auditório idêntico ao da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Só um quarto da remodelação bastava, porque o resto já está feito. Nós, até há pouco tempo nem tínhamos boca de cena. Com um diretor fizemos umas roldanas para, à mão fechar aquilo, mas isso já está no tempo de troca. Temos ainda uma carrinha de nove lugares, que dá para desenrascar, mas precisávamos de uma outra maior. Se a direção não fosse uma família estava tudo estragado. Veja que quando entrei para a direção não tínhamos dinheiro para pagar à empregada de limpeza. Isso, para mim, foi uma dor de cabeça. Tínhamos aqui um sincalista que, intransigentemente, defendia que na empregada não se “podia mexer”. Falei com ela e disse-lhe que, pelo menos por uns meses, tínhamos de reduzir o ordenado a metade. E o tal sindicalista sempre a dizer que não podia ser. Eu concordei, mas como não havia dinheiro, o que é que se tinha de fazer? Esperei, então, por uma solução por parte desse diretor. Entretanto, eu pedi a todos os diretores – caso estivessem de acordo – a emprestar 600 euros, cada um, para começarmos a gerir o Flor de Infesta como uma empresa. Todos aceitaram, menos o tal diretor sindicalista. A coisa foi resolvida com a empregada. Os diretores foram ressarcidos do montante emprestado, e portanto, a nova gestão desta instituição começou precisamente nessa altura.”
O BAR é à exploração?
“Sim. É um diretor que lá está. E diretor porquê? Porque é um excelente rapaz; teve muito trabalho e dedicação para com a instituição. Chama-se Pinto e é ele que faz toda a gestão imediata. Depois é simpático e, por exemplo, os nossos alunos adoram-no!”
O Flor de Infesta é uma instituição exemplar?!
“Para mim é! E se compararmos com outras instituições podemos comprovar o que digo. O presidente da Junta de Freguesia de S. Mamede Infesta faz uma reunião das coletividades todos os meses, e vejo todos – tirando um ou outro – com tristeza. Felizmente que, com trabalho, nós vamos resistindo e aguardando o futuro com tranquilidade, projetos e muito trabalho.”
Texto: José Gonçalves
Fotos: António Amen
Gostei da reportagem. Boas perguntas e as explicações necessárias. Até as fotografias foram bem apanhadas…
Um abraço,
José Gomes