Quatro anos! Não é muito tempo, mas é-o para um jornal independente, que não se aliou, ou sublimou-se, a grupelhos económicos; nem se vergou perante caciques ou chantagens político-partidárias. E mais o é, para um jornal que sempre manteve a sua linha editorial, e uma excelente equipa de colaboradores que cresceu, de forma significativa, desde o seu arranque até este quarto “apeadeiro” daquele que esperemos seja uma longa caminhada. Se cresceu o número de colaboradores, traduzido na consequente qualidade dos artigos aqui publicados, cresceu também a percentagem de leitores e visitantes, passando-se, nesta última valência, a fasquia dos 115 mil. Tudo isto nestes tais quatro “aninhos” de intensa e voluntária atividade jornalística.
É este o “Etc e Tal Jornal” que lhe oferecemos mensalmente, ou melhor dizendo: todos os dias durante o mês. É este o jornal que vive sem apoios financeiros, porque ainda o é difícil transformar em micro ou média empresa, neste País desgovernado, desnorteado, desorientado, mas de gente ativa, que quer trabalhar e não tem emprego.
Por falar em trabalho, saiba que não é fácil trabalhar de graça e orientar um jornal que tem cada vez mais responsabilidades junto do seu público leitor. São cada vez mais os que da diáspora nos consultam e leem; são cada vez mais os leitores de países de língua oficial portuguesa que nos visitam; são cada vez mais os migrantes que querem estar a par da verdade dos factos, num trabalho corajoso e audaz produzido na cidade do Porto e a Invicta promovendo.
Sem censura interna, mas preocupado com a autocensura, reveladora que ela é de um novo medo instalado na sociedade, 40 anos depois da revolução democrática do 25 de abril, o “Etc e Tal Jornal”, durante este seus quatro anos, tem vindo a observar, com muita atenção, o evoluir das mentalidades, das posturas, da forma como os portugueses, em tão curto espaço de tempo, mudaram, para pior – porque a isso foram obrigados – a sua participação ativa na cultura e em todas as formas de expressão reveladora de arte própria, hoje cada vez mais reservada a certos e determinado(a)s corajoso(a)s. Os tais que não têm medo de… escrever, falar, ler, cantar… intervir.
O nosso jornal sempre foi uma “Tribuna Livre”, de liberdade responsável, aberto a todos sem exceção. Tendencionalmente de esquerda – não o escondemos, nem, hipocritamente, como muitos o fazem, o ignoramos – o “Etc e Tal Jornal” foi, é e será uma porta escancarada a gente nobre de todas as ideologias democráticas; de todas as religiões; clubes; associações; instituições das quais temos dado relevo em espaço de destaque, com visitas periódicas às mesmas e com as mesmas a não enjeitarem uma porta aberta para darem a conhecer, ao mundo lusófono, a sua história, os seus problemas, mas também as suas virtudes e os seus projetos para o futuro. Este é um trabalho de que nos orgulhamos.
Entrevistamos, nestes quatro anos, gente conhecida do grande público, mas outra – a maioria- que, menos VIP, demonstrou, através das suas artes, a sua altivez, o propósito sui-generis de estar na sociedade e de nela se autonomizar… intervindo, produzindo, realizando; realizando trabalhos de grande qualidade ainda que desconhecidos do grande público. O “Etc e Tal Jornal” está e estará de portas escancaradas para essa nobre gente; novos ou velhos; deficientes ou atletas. Por aqui não há estigmas. A “feira das vaidades” pode ficar aqui ao lado, num “site” qualquer… cá: não! Temos por lema respeitar as pessoas, que é como quem diz – jornalisticamente falando – não lhes cortar parágrafo que escrevam.
Nestes quatro anos fomos, paulatinamente – porque os custos nestas coisas são elevados – chegando junto do público leitor. Realizamos encontros de poesia e um torneio de xadrez. Ambas as experiências, mesmo poucas, foram positivas, pelo que vamos – se as empresas e autarquias nos ajudarem – intensificar esse tipo de atividades. O “Etc e Tal Jornal”, mesmo chegando a todo o mundo, não pode ser, única e simplesmente, um jornal virtual, ele tem e vai ser, cada vez mais, um jornal presente e ativo comunitariamente.
Não temos medo de sair à rua como muita gente que a gente conhece pelo pior dos motivos. Um jornal tem de estar na rua e mostrar-se na rua com dignidade. O “Etc e Tal Jornal” trabalha na rua, vai à rua trabalhando, não esperando que a notícia lhe caia do céu, nem que o céu caia na cabeça da notícia.
No ano que agora finda – nesse “assassino” 2013 – , tivemos que fazer das tripas coração para ultrapassarmos a morte de familiares e amigos, e foram muitos, como muita foi a força que tivemos para continuar a trabalhar, isto sem ganhar um cêntimo. O “Etc e Tal Jornal” comemora quatro anos de existência orgulhando-se da sua equipa de colaboradores, dos seus leitores (cada vez mais e sempre bem-vindos), dos seus amigos e amigas, desta gente nobre que é o nosso povo. Dos nossos emigrantes, migrantes e imigrantes. Dos artistas e dos políticos sérios, porque há políticos sérios; dos padres sérios porque há padres sérios; dos empresários sérios porque ainda vai havendo empresários sérios; dos desportistas sérios porque há desportistas sérios, das pessoas sérias porque ainda vai havendo gente séria.
O “Etc e Tal Jornal” é um jornal sério, e tão sério é, que nunca foi desrespeitado pelos locais onde passou, pelas pessoas que contactou, algumas das quais até não o conheciam, mas que depois de o conhecer não ficaram só nossos leitores, mas também nossos amigos.
Nós somos assim! Que é que se há-de fazer! Como não nascemos tortos, tarde ou breve nos endireitaremos, ou seja, cresceremos; atingiremos outros patamares, outras metas… outros desideratos. Com calma, e andando, como conduzindo a nossa vida, não ultrapassaremos ninguém pela direita. Seja como for, queremos continuar a ser um “Cavalo à Solta”.
Obrigado por tudo.
Vamos continuar por aqui!
José Gonçalves
(Diretor)
PS: Quero agradecer, desde já, a todos aqueles (muitos e bons) que enviaram votos de Boas Festas para a nossa equipa, isto, independentemente, de não ignorar os votos cruzados entre o “pessoal” que faz parte do projeto. Esperando não me esquecer de ninguém (mas se for o caso é só nos contactarem e o lamentável esquecimento será resolvido), relevo assim – e por ordem de chegada – o nome dos leitore(a)s, amigo(a)s, empresas, coletividades e instituições que não se esqueceram de nós. Uma vez mais: Obrigado!
Teatro dos “Aloés”, Teatro Nacional de S. Carlos, Teatro Nacional de S. João, Assembleia da República, Casa dos Açores do Norte, Teatro D. Maria II, Fundação de Serralves, Carlos Sameiro, José Lachado, jornal “Malho Tanoeiro” (Esmoriz), Porto Imprensa, Mário Sousa. Paulo Melo Romeira, FENPROF, Galeria Porto Oriental, SNBA, Albertino Valadares, Celeste Reis, Pedro Martins, José Augusto C. Pinto, Carla Gonçalves e família (Londres), M. Fernanda (Farmácia do Bonfim), Maria Rodrigues, Celeste (DAF), Teresa Silva, Maria Fernandes, Miguel Sousa Pinto, Jorge Sousa (TSF), Amarante Abramovic, Pedro Ramajal, Restaurante “Pérola do Heroísmo”, Junta de Freguesia do Bonfim, Paulo Costa (Coimbra), José Leitão (Lisboa), Maria Silva (Luanda), Carlos Costa (Lisboa), João S. Silva (Lisboa), Joana Pimentel (Setúbal), Tino P (Porto), Oliveira Sá (Lisboa), Fernanda Costa (Praia – Cabo Verde), Rui Sousa (S. Paulo – Brasil), Maria Gonçalves (Santarém); Rui Manuel (Bragança), João Silva (Bragança), Paulo Andrade (Londres), João Policarpo (Lisboa), Ana Sofia (Paris), Benjamim Silva (Luanda), Ana Maria (Portalegre), Manuela Maria (Lisboa), Josefina Silva (Almada), Manuel Pimenta (Braga), João Duarte M (Braga), Castro M (Évora), João Peixoto (VN Gaia), Carla Pimenta (Póvoa de Varzim), Rui Pimenta (Gondomar), Santos M (Gondomar), Paulo Oliveira (Glásgua- Escócia), Silva Teixeira (Londres), Nuno Costa (Rio de Janeiro), José M. (Ponta Delgada), Maria de Lurdes (Lisboa), Carlos P (Santarém), Hugo Pinto (Gondomar), Nuno Silva T (Maia), Filipe Octávio (Esmoriz), Tanoaria “Josefer” (Esmoriz), Armando O.S. (Ovar), Paulo Mendonça e família (Coimbra), Manuel Paços (Setúbal), Catarina Fonseca (Maputo), Pinto da Costa Silva (Bruxelas), Serafim P. (Bruxelas), Manuel T. (Bucareste – Roménia), Paulo T. Silva (Gondomar), Oliva Silva (Lisboa), Patrícia Silva (Roma), Flávio S. (Bragança), Jorge T. Gabriel (Maia), Pinto C (Porto), Maria S. (Porto), Felismina Pinto (Porto), Jorge Costa (Porto), Manuel S. Oliveira (Porto), Catarina Andrade (Porto), Manuel Silva (Porto), Vítor Pinto (Porto), Nuno Oliveira T (Porto), João Amaral (Porto), Tiago Silva (Sines), Maria Manuela (Porto), António Pedro (Porto), Carlos Garcia (Funchal) e Silva Teixeira (Lisboa).
Uma vez mais… obrigado e um EXCELENTE 2014!
Sr. Diretor
Parabéns pelo trabalho que tem vindo a efetuar ao longo destes quatro anos, votos, naturalmente, extensíveis a toda a equipa. Continuem porque, em meu entender, vão no bom caminho, no caminho da informação séria e independente.
Zé! Obrigado por tudo o que ensinaste. Parabéns pelo quatro aniversário deste teu projeto. Mas… parabéns acrescidos pelos teus 30 ANOS DE CARREIRA.
Repito: OBRIGADO POR TUDO O QUE ENSINASTE jornalisticamente falando e não só! És único!
Esta minha mensagem encaminhada para o seu e-mail, sr. Diretor, é para a publicar, se possível, no “Comments”. E isto porque antes escrevia algo para si em particular, e o resto da mensagem, essa, sim, será , para a tornar público.
Exmo Sr. Diretor
Para já quero dar-lhe os parabéns por, durante quatro anos, ter “aguentado” este nobre projeto.
Sinto-me também feliz, por certo, por ser o primeiro a dar os parabéns a sia e à sua equipa. Por certo poucos leram ainda o Editorial – acontece todos os anos e já lá vão quatro.
Atrás de mim virão outros dar-lhe palmadinhas nas costas. Mas, enfim, é assim, a nossa sociedade.
Tem a escola – a verdadeira escola – do “Janeiro – tem a verdadeira escola da vida comunitária e associativa – a sua passagem pela AM Lomba – e tem ainda muitos trabalhos jornalísticos e extenso o rol em empresas que trabalhou com brio.
A si, José, e à sua equipa, os meus parabéns pelos QUATRO ANOS de um exemplar trabalho jornalísitco.
Encontro-me, e encontra-me-ei, em Bucareste, até ao dia 02 de fevereiro de 2014, pelo que – e com pena minha – não poderei ir ao jantar de aniversário. Gostaria, de lá, falar com certas pessoas.
Com amizade me despeço de quem consegue ter uma equipa, sem assédio, inveja, e consigo colaborando de forma voluntária que é o que, para já – e só para já…tenha calma amigo diretor – vem e bem fazendo em parte destes 30 anos de carreira. Aos 30 ANOS da sua carreira – que ninguém se lembra – OS MEUS PARABÉNS.