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Porto: Cidade das Camélias

A Exposição de Camélias do Porto, que este ano celebra a sua vigésima edição, a 7 e 8 de março, no Mosteiro de S. Bento da Vitória, vai alargar o seu âmbito à cidade, com várias iniciativas que se prolongam até 14 de março, sempre tendo a camélia como mote.

O Porto sempre foi conhecido pelo seu forte apego às camélias, cuja espécie, originária do sudeste asiático e também conhecida por japoneira, é já considerada “património natural e cultural” da cidade.

Considerada por muitos como “a rainha das flores”, foi a partir do Porto que a camélia partiu para conquistar todo o norte de Portugal e também a Galiza. Entre as quase 400 espécies de camélias exclusivamente portuguesas, há mesmo uma que, florindo no mês de março, tem ela própria o nome de “Cidade do Porto”.

Esta estreita ligação entre o Porto e as camélias tem sido anualmente perpetrada com a organização de uma exposição que, em 2015, cumpre a sua vigésima edição, nos dias 7 e 8 de março. Mas este evento será apenas o ponto de partida de um intenso programa de ações e iniciativas que se estenderá a vários locais da cidade, até 14 de março.

O objetivo é convidar todos os que vivem ou visitam a cidade por esta altura a conhecerem mais de perto esta flor e a sua longa e estreita ligação com a cidade, num evento estruturante que inaugurará uma nova marca e identidade: “Porto. Cidade das Camélias”, da autoria da STILL urban design.

Mosteiro de S. Bento da Vitória acolhe exposição

Organizada pela Câmara Municipal do Porto, através do seu Pelouro do Ambiente e da empresa municipal PortoLazer, em conjunto com a Associação Portuguesa das Camélias, a Exposição de Camélias do Porto terá este ano lugar, e pela primeira vez, nos Claustros do Mosteiro de S. Bento da Vitória. Situado na Cordoaria, junto à Cadeia da Relação, é um dos edifícios religiosos mais importantes da cidade, estando classificado como Monumento Nacional desde 1977. Com entrada livre, a XX Exposição de Camélias do Porto será inaugurada às 14h30 do dia 7 de março.

Para além do concurso que elege a Melhor Camélia e a Melhor Camélia de Origem Portuguesa, a exposição que se prolonga até domingo, 8 de março, inclui o tradicional mercado da camélia, uma exposição de trabalhos escolares subordinada aos 150 anos do Palácio de Cristal, Workshops que ensinam a identificar e cultivar camélias, mas também Oficinas onde as crianças podem aprender a desenhar, recortar, pintar e até a personalizar postais com as diferentes formas das camélias.

No sábado e domingo à tarde, haverá ainda teatro de sombras chinesas, na sala do Tribunal do Mosteiro, com uma história que narrará a chegada das camélias ao Porto, pela artista plástica Beniko Tanaka.

Durante os dois dias da exposição, a PortoLazer vai dinamizar várias iniciativas no exterior, entre performances de dança, espetáculos de novo circo, horas do conto, teatro de marionetas, leituras encenadas ou concertos de música, sempre com a camélia como pano de fundo.

Domingo, às 21h30, será celebrada uma missa na renovada Igreja dos Clérigos, homenageando os padres José d’Almeida, Manoel Silvestre e António Cardoso dos Santos, criadores de algumas das mais belas Camélias Portuenses em meados do século XIX.

Uma semana inteira a celebrar a camélia

Mas a grande novidade deste ano é que o evento alargará o seu âmbito à cidade, prolongando-se por toda a semana, entre 9 e 14 de março. Envolvendo diferentes parceiros, o programa extraexposição incluiu mais de 30 iniciativas, todas de entrada gratuita, ainda que por vezes sujeitas a inscrição prévia e à lotação dos espaços onde se realizam.

Abrangendo todo o tipo de públicos, as atividades distribuem-se por locais como a Biblioteca Municipal Almeida Garrett, onde decorrerá a mostra documental “Porto. Cidade das Camélias”, o Museu Nacional Soares dos Reis, que além do convite para visitar o jardim de camélias terá patente uma mostra de objetos para consumo de chá e uma exposição de pintura, mas também o Museu Romântico e da Macieirinha, a Fundação José Rodrigues, a Casa do Infante ou a Cooperativa Artística Árvore.

Além de um convite para acompanhar Germano Silva num “Passeio com Camélias por Fundo”, o programa propõe visitas guiadas às camélias do Jardim Botânico do Porto, Parque de Serralves e ainda ao antigo Horto das Virtudes, onde o escritor Mário Cláudio recordará a história de José Marques Loureiro, famoso horticultor e colecionador de camélias, agraciado pela família Real e pelo Porto.

Em torno das Camélias com um Porto” é o sugestivo tema da tertúlia agendada para 12 março no Instituto Vinho do Douro e Porto, com António Filipe, Eduarda Paz, Francisco Laranjo e Alberto Allen, onde estará também patente uma exposição aguarelas.

Sábado, 14 de março, a Igreja dos Clérigos abre as suas portas para a palestra “Para Além das Camélias”, presidida pelo Padre Américo Aguiar e tendo como convidados a Coordenadora da Licenciatura em Auto-Conservação e Restauro da Universidade Católica do Porto, Maria Aguiar, e o professor da Universidade de Coimbra e mais prestigiado biólogo português, Jorge Paiva.

A fechar o programa da Semana da Camélia, o varandim da Torre dos Clérigos será palco do espetáculo “La Traviata de Verdi”, baseado no romance “A Dama das Camélias” de Alexandre Dumas”, numa readaptação pela Ópera de Bolso.

Texto: CM Porto

Foto: Pesquisa Google

01mar15

 

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