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CASA DA MÚSICA: Um símbolo do Porto para o mundo (das artes) com 10 ANOS de existência…

A “Casa da Música” (CdM), no Porto, comemorará, dia 15 de abril, o seu 10.º aniversário, sendo que, dias antes, a Direção da instituição, tenha iniciado um vasto rol de iniciativas para celebrar a data.

Saiba que a “CdM” foi projetada pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas, fazendo parte do vasto leque de obras relacionadas com o “Porto Capital Europeia da Cultura –2001”. A verdade, porém, é que a construção, daquela por muitos é considerada a Casa das Músicas, só foi concluída em 2005.

No dia de abertura, a 14 de abril de 2005, atuaram os “Clã” e Lou Reed, mas a emblemática Casa, só seria inaugurada no dia seguinte.

O custo inicial previsto para a construção do edifício, na Rotunda da Boavista, era de 33 milhões de euros, acabando, contudo, por custar 111,2 milhões de euros. A verdade, contudo, é que a construção do edifício revelou novos desafios à engenharia, de maneira a conseguir (lê-se no Wikipedia) “a forma geométrica ímpar que o edifício tem”.

A “CdM” possui dois auditórios principais, ainda que outras áreas do edifício sejam adaptadas para concerto ou espetáculos. O grande auditório tem uma capacidade inicial de 1.238 lugares, podendo, contudo, variar de acordo com a ocasião. O mais pequeno é flexível, com uma média de 300 lugares e 650 de pé.

No topo do edifício existe um terceiro espaço para espetáculos, projetado para 250 lugares. Depois de um ou mais espetáculos por ainda apreciar a boa gastronomia tripeira no Restaurante da Casa.

Mas a história da CdM não passa só pelo seu edifício e suas valências: há coisas muitos mais relevantes que fizerem desta Casa, uma instituição da Cultura Universal… ainda que com alguns altos e baixos…

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OS DEZ ANOS DA “CASA”

A Casa da Música, no Porto, assinala, no dia 15, o 10.º aniversário da abertura oficial, que vai ser celebrado com uma série de eventos durante o mês de abril, sob o título “Venham Mais Dez”.

Ao longo destes dez anos, a Casa da Música recebeu 4.538.180 visitantes, organizou 408.860 visitas guiadas, acolheu 2.083.065 espetadores e participantes, realizou 2.358 concertos e fez 13.330 atividades culturais.

Principais datas do processo de construção e desenvolvimento da Casa da Música:

1997

07 de novembro — É apresentada a candidatura oficial do Porto a Capital Europeia da Cultura em 2001.

1998

28 de maio — Os ministros da Cultura da União Europeia designam o Porto e Roterdão como capitais europeias da Cultura para o ano 2001.

01 de setembro — O ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, anuncia a construção da Casa da Música, no âmbito da Porto 2001.

31 de dezembro — É constituída a sociedade, de capitais exclusivamente públicos, Porto 2001, S. A..

1999

30 de janeiro — É nomeado Artur Santos Silva para presidir à Porto 2001.

08 de março – É definida a localização num terreno municipal na praça Mouzinho de Albuquerque e iniciado o processo da construção.

01 de julho — A Comissão Executiva da Porto 2001 adjudica o projeto à proposta encabeçada pelo arquiteto Rem Koolhaas.

23 de novembro – Teresa Lago sucede a Artur Santos Silva à frente da Porto 2001, com o pianista Pedro Burmester na equipa.

2002

27 de junho — Rui Amaral substitui Teresa Lago na Porto 2001, que neste mesmo ano se passa a designar Casa da Música / Porto 2001.

2003

18 de junho — O Jornal de Notícias (JN) publica uma entrevista com Pedro Burmester, na qual o administrador da Porto 2001 afirma que a Câmara Municipal “está mais preocupada com questões (…) que reduzem o Porto a uma aldeia” e desencadeia uma série de reações.

20 de junho — O Conselho de Administração da Casa da Música / Porto 2001 desautoriza Pedro Burmester na sequência da entrevista ao JN.

24 de junho — Pedro Burmester diz que o conflito com a restante administração é insanável.

25 de junho — O Ministério da Cultura demite a administração da Casa da Música em bloco devido a uma “quebra de solidariedade e de confiança” entre os seus membros e nomeia Manuel Alves Monteiro para a presidência da empresa.

05 de julho — O Ministério da Cultura anuncia que Pedro Burmester vai permanecer ligado ao projeto da Casa da Música enquanto consultor permanente.

2004

12 de fevereiro — A administração da Casa da Música anuncia o fim das obras até dia 30 de novembro.

20 de fevereiro — O inglês Anthony Withworth-Jones é anunciado como diretor artístico da instituição.

05 de março — Pedro Burmester abandona a posição de consultor.

29 de março — Manuel Alves Monteiro anuncia que a abertura da Casa da Música terá lugar no primeiro trimestre de 2005.

20 de julho — O Tribunal de Contas atribui a insuficiente planeamento e à má orçamentação do projeto a derrapagem financeira da Casa da Música / Porto 2001, dos previstos 182,3 para 300,9 milhões de euros.

16 de setembro — Manuel Alves Monteiro demite-se da administração.

17 de setembro — António Fernando Couto dos Santos é eleito novo presidente do Conselho de Administração da Casa da Música, mantendo-se Agostinho Branquinho e Óscar Liberal naquele órgão.

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2005

20 de janeiro — O Governo aprova a criação da Fundação Casa da Música, a ser presidida pelo empresário José António Barros.

14 de abril — A Casa da Música inicia oficialmente atividade com concertos de Lou Reed e dos Clã, cujos bilhetes esgotaram em horas depois de postos à venda, um par de semanas antes.

15 de abril — Na inauguração oficial, o Presidente da República, Jorge Sampaio, critica o processo que marcou o nascimento da Casa da Música, considerando-o “nem sempre exemplar”, “rigoroso” ou “transparente”.

07 de novembro — O primeiro-ministro, José Sócrates, anuncia o modelo de fundação para a Casa da Música, com um conselho de administração constituído por sete elementos, sendo quatro em representação dos privados a nomear pelo Conselho de Fundadores e três de nomeação pública, entre os quais José Manuel Dias da Fonseca, que passa a presidir.

2006

28 de janeiro — Nuno Azevedo é nomeado administrador delegado da Casa da Música.

07 de fevereiro — O pianista Pedro Burmester é convidado para diretor artístico da instituição.

2008

21 de fevereiro — É extinta a sociedade Casa da Música / Porto 2001.

23 de junho — António Jorge Pacheco, até então coordenador da programação, é anunciado como sucessor de Pedro Burmester na direção artística, cargo que mantém atualmente.

2010

04 de setembro — A Orquestra Nacional do Porto muda designação para Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e estreia-se em Viena, Áustria.

2012

30 de março — O ex-ministro Valente de Oliveira substitui Artur Santos Silva à frente do Conselho de Fundadores.

18 de dezembro — Os administradores da Casa da Música renunciam aos mandatos devido aos cortes anunciados pelo Governo ao financiamento da instituição.

2013

22 de março – O Conselho de Fundadores da Casa da Música escolhe novo Conselho de Administração, que mantém dois administradores do demissionário, Teresa Cupertino de Miranda e Dias da Fonseca.

2015

27 de março — É anunciada a substituição de Dias da Fonseca, ao fim de três mandatos, no Conselho de Administração da Casa da Música, pelo advogado António Lobo Xavier.

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Mesmo com altos e baixos, a “Casa da Música” que já não recebe do Estado 10 milhões de euros, mas gere-se com sete, é uma instituição reconhecida a nível internacional e que dá relevância a um Porto que a colheu, que a viu nascer e que faz que, com ela cresça, projetando-o, internacionalmente. Mais sobre a CdM em www.casadamusica.com

Texto: EeT

Fontes: Agência Lusa, Euronews e Wikipédia

 

10abr15

 

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