A Caixa Geral de Depósitos (CGD) poderá encerrar, já neste mês (junho 2015), um “número significativo” de agências, sendo que uma parte delas, será na cidade do Porto, revelou, recentemente, em comunicado, a Direção da organização da Cidade do Porto do PCP.
De acordo com o referido comunicado – e tendo em conta uma informação divulgada pela administração da CGD -, durante o presente mês (junho), “serão encerradas mais três agências na cidade do Porto, nomeadamente as da Praça da Liberdade, S. João de Brito e Antas/Paranhos”. Ora, estes “casos a concretizarem-se”, somam-se a “nove encerramentos realizados desde 2012 – Serpa Pinto, Loja do Cidadão, Areosa/Igreja, Francos, Júlio Dinis, Campo Alegre, Ramalde, Alameda das Antas e Santos Pousada”.
Para o PCP, e ainda segundo o comunicado enviado à nossa redação, “o Governo e a Administração da CGD pretendem encerrar um total de 12 agências na cidade do Porto, o que corresponde a mais de um terço das 35 agências existentes no concelho, antes do início do processo de encerramento”.
“Plano Horizonte”
Ao que se sabe, este processo de encerramento já afetou os concelhos de Matosinhos, Valongo, Gaia, Paredes, Maia, Trofa e Penafiel – todos no distrito do Porto -, sendo de salientar, e ainda segundo o PCP, que, “subjacente aos encerramentos de agências, está a concretização do designado “Plano Horizonte”, que tem como perspetiva a redução em dois mil trabalhadores, agravada com a imposição de condições lesivas dos interesses dos trabalhadores implicados”.
Os comunistas alertam, assim, “para os verdadeiros objetivos das orientações levadas a cabo pela Administração da CGD e por sucessivos Governos, que visam abrir negócio para a banca privada. Pelo contrário”, lê-se ainda no comunicado, “à CGD cabe um papel de serviço público que corresponde aos interesses da economia nacional e do desenvolvimento do país, capaz de cumprir o acesso aos serviços bancários às populações”.
Texto: Manuel Moreira
Foto: Pesquisa Google
01jun15