Miguel Correia
Ao longe, o toque desenfreado das sirenes captaram a atenção de todos os transeuntes que circulavam na avenida. Todos questionaram, com preocupação, o motivo de tanto alarido e qual a sua gravidade. E eis que surge, no horizonte, uma viatura da polícia municipal (destinada ao reboque de viaturas de condutores a quem o código da estrada nada diz!) e uma viatura de socorro rápido de uma corporação de bombeiros vizinha. Uma pequena árvore, plantada no meio de um passeio público, rapidamente, se transformou no centro das atenções!
Mas não se vislumbrou qualquer indício do motivo da urgência! Tudo em redor estava normal! Mais um motivo para se formar um pequeno ajuntamento de observadores sazonais. Entretanto, um bombeiro, depois de colocar uma escada e subir, desapareceu por entre as folhas da árvore. Nesta ausência de informação, alguns dos presentes desenvolvem estranhas teorias. “É um ninho de abelhas!” “Vão cortar os galhos!”.
Num ápice a formulação de teorias foi interrompida! Depois de um grito de comando, vindo do interior da árvore, apenas se viu um segundo bombeiro retirar a mangueira da viatura. Com o jato de água, na máxima pressão (visível pela quantidade de folhas e ramos que arrancou!) apontou para o centro da árvore!
Perante o olhar curioso e apreensivo de todos os que assistiram a esta manobra, surge, em pleno estado de terror… Um pobre gato! Depois de sentir as suas patas em solo firme, iniciou uma fuga, em linha reta, e em tal velocidade, que julgo ainda não ter parado de correr!
Livro do autor
01jun15
Bem vindo a esta “Familia” Miguel.