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Cónego FERNANDO MILHEIRO: “Pode confiar-se na Igreja, o que não quer dizer, em todas as pessoas da Igreja!”

Fernando Milheiro. É cónego e responsável pela comunidade paroquial de Campanhã (Porto). Direto. Terra-a terra. Sem papas na língua, o nosso entrevistado faz questão de contar verdades; de salientar factos, vivências, tudo isto sem qualquer tipo de preconceitos ou condicionalismos institucionais.

O nosso convidado tem desenvolvido um trabalho exemplar em Campanhã, freguesia da zona oriental do Porto, considerada uma das mais carenciadas da cidade. E foi, precisamente, na Igreja Matriz local que com ele nos encontramos e com ele estabelecemos uma conversa (muito) interessante, que lhe damos a conhecer já de seguida (vídeo-gravação)…

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Fernando Milheiro nasceu em Escapães (Santa Maria da Feira), em 1947, sendo ele um dos seis da prole. Concluída a (na altura) 4.ª classe, foi para os colégios de Ermesinde e de Gaia, acabando, anos mais tarde, por formar-se em Filosofia e Teologia nos seminários de Vilar e da Sé, no Porto.

Igreja Matriz de Campanhã
Igreja Matriz de Campanhã
Vale de Campanhã (vista parcial)
Vale de Campanhã (vista parcial)

O, agora, cónego foi ainda professor e educador nos Seminário do Bom Pastor, de Vilar, Seminário Maior (Sé) e no liceu Rodrigues de Freitas (todos sediados no Porto), e ainda assistente religioso da JEC-JUC e Mce e de instituições como a ACP, CCOP e ACISJF.

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Fernando Milheiro – para quem “o Porto, nos últimos anos, só vai da Praça da Batalha à Foz”, esquecendo-se, os responsáveis políticos, da pobreza que se vive no Vale de Campanhã (zona oriental da cidade) -, foi ordenado Padre em agosto de 1975, passando pela direção editorial do jornal “Voz Portucalense”, entre 1983 e 2000.

É a partir desse ano (2000) é Cónego da Sé Catedral do Porto e pároco de Campanhã, para, depois de 2007, do Calvário e de Azevedo. É ainda vigário do “Porto-Nascente” e presidente da Assembleia dos Padres da Cidade do Porto.

O nosso convidado é da opinião que “uma sociedade que valoriza ossos e pedras, é uma sociedade que não quer olhar para as pessoas”, e que estas precisam “de uma Fé esclarecida”, e, logo, numa altura em que “a vida começa a exigir aquilo que não se pode dar”.

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Ora quem assim fala; fala a seguir….

 

Texto e entrevista: José Gonçalves

Fotos e vídeo-gravação: Pedro Nuno Silva

 

01jul15

 

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