Esta rubrica dá a conhecer a toponímia portuense, através de interessantes artigos publicados em “O Primeiro de Janeiro”, na década de setenta do século passado. Assina…
Cunha e Freitas (*)
“À antiga Viela da Espinheira, que cortava a Rua da Constituição, foi dado o nome de Rua de Visconde de Setúbal. João Schwalbach era natural da Renânia (Alemanha), onde nascera em 1774, veio com as tropas inglesas quando da invasão francesa de Junot, passou ao serviço de Portugal, fez todas as campanhas da Guerra Peninsular, seguiu o partido de D. Pedro contra D. Miguel, desembarcou no Minho já no posto de coronel, combateu no Cerco do Porto.
Acompanhou o duque da Terceira no seu desembarque no Algarve, tomou parte nos combates de Alcácer do Sal, Setúbal e Cacilhas, assinalou-se na batalha de Almostar, foi, depois, governador militar do Alentejo e da Beira, governador de S. Julião da Barra, comandante da 8.ª e da 7.ª Região Militar, com o posto de marechal-de-campo (1845).
Em remuneração dos seus serviços foi criado barão de Setúbal (1835) e depois elevado a visconde do mesmo título (1843). Morreu em 1847, deixando larga descendência no nosso país, entre os quais o grande dramaturgo e jornalista Eduardo Schwalbach. Foi este o homem que o deu o nome à antiga Viela da Espinheira.”
(*) Artigo publicado em “O Primeiro de Janeiro”, na rubrica “Toponímia Portuense”, de 22-12-1972
Fotos: Pesquisa Google
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