Benigno de Sousa / Tribuna Livre
Leitores, bom dia, boa tarde ou boa noite, conforme a hora e o lugar de estarem aí. Existe a impressão que a maioria humana não sabe quem é nem ao que anda. Sentem o tempo sem defini-lo. Do tempo pensam que é vida mas não se explicam, só calendarizam: passado; presente e futuro.
Mas como é experienciar o tempo?
É tudo aquilo que nos afeta, nos sucede e nos faz pensar.
Narração é estruturação possível apenas na linguagem que transforma o todo no inteligível, onde a história torna uma compreensão duma histórica narrativa.
No sentido comum, chamamos acontecimento enquanto ele se realiza. Acontecimento produz uma rutura no curso normal do tempo. É facto marcante de sentidos. É produtor de história; provoca descontinuidade no tempo que até então decorria. Contudo, devemos distinguir entre acontecimentos vulgares dos acontecimentos significativos: os vulgares são aqueles que decorrem quotidianamente, e significativos são aqueles que marcam a história do homem, como as catástrofes, as descobertas arqueológicas e científicas e, mais recentemente, atos terroristas.
O homem é escravo do tempo que lhe rói a vida. Ninguém poderá dizer qual o tempo primeiro. Portanto tempo é vida agora vivente. O homem é ser vivo tal como os animais mas distingue-se destes pela inteligência e falando, isto é, logicamente raciocina e define conceitos.
A ONU prepara novas sanções à Coreia do Norte, por que seu ditador ardente pelo poder para conquistar o mundo, realizou uma experiência nuclear e aterrorizou a humanidade. É tempo dum homem perturbado da mente e olhos em bico; o gordo “menino” que confunde a realidade com a play station, ou, germano com género humano.
Povo escravizado e os seus direitos humanos assassinados perpetrados pelo energúmeno que, numa arena, soltou cães raivosos contra o seu tio como Nero largou leões aos cristãos; dorme agarrado ao rato Mike, de cuecas vermelhas com martelinhos e foicinhas. Não é ser-humano mas é gosma de bicho.
Mas o que é ser ser-humano? É ser o animal mais racional e selvagem; curioso e manhoso, puro e impuro, predador da vida e presa da morte, deus e diabo.
A comunidade Internacional defende valores humanos mas ao aplicar-se sanções ainda mais sacrificará o povo coreano; vítima por castração dos direitos, liberdades e garantias, como castigo sofrerá com a fome e atrofiamento da mente sem pecarem. Cântico dos cânticos se exprime o amor; cantam senhores o terror.
A nossa realidade humana é plural. A questão dos direitos humanos é o outro. Os princípios éticos foram criados com objetivo à relação entre os homens.
Os direitos humanos têm de facto a ver no sentido antropológico com as relações entre os homens, isto é, o homem faz as leis para garantir ao homem a liberdade a que cada homem tem direito.
A garantia dos meus direitos tem reflexo no respeito pelo outro, assim, esta alteridade confinada à solidariedade como fim último a felicidade das sociedades.
A primeira etapa dos direitos humanos tem como princípio a Grécia. A formação da polis onde é fundado os direitos de cidadania. Segue-se o direito romano. Depois a revolução americana. A revolução francesa. A revolução soviética. A primeira guerra mundial.
Depois da segunda guerra mundial os direitos humanos se começaram a sedimentar com a fundação das nações unidas em Dezembro de 1948.
Na declaração dos direitos humanos de 1948, lemos que o indivíduo é concebido à semelhança do outro; os direitos humanos são concebidos universalmente, assentam na ideia do indivíduo.
A emergência do individualismo rompeu com o domínio tradicional daí que a problemática dos direitos não pode deixar de pensar na condição urbana com a condição humana.
Na génese dos direitos humanos está a razão – individualismo, processo de formulação dos direitos humanos e limita a identidade cultural, que parece que nos confere o direito de sermos urbanos, para isso é preciso que o pensamento se urbanize, o pensamento tem que se democratizar.
Os direitos humanos mostram um carácter abstrato, mas a identidade cultural não se constrói apenas em aproximação àqueles que partilham a mesma cultura, mas também com aqueles que têm outra cultura.
Os direitos culturais centram-se: o direito à educação; à comunicação, éticos, religiosos, linguísticos, etc. Os direitos humanos fundamentalmente têm na génese compreender o outro como semelhante. Então, porque é que não são concretizados? Só Deus conhece a origem do veneno mas Ele no sétimo dia foi-se embora e por isso a humanidade vê-se condenada à escravidão dos governantes malvados. Grotesco sofrimento do ser-humano continua esperançado -“Yeshua”!
Fotos: Pesquisa Google
01fev16