Diretor do Museu de Ovar, que comemora 55 anos de existência, Manuel Cleto é a imagem de um dirigente que sente com paixão o que faz e o que a sua equipa concretiza, muitas das vezes, com enormes dificuldades financeiras.
Devagar, devagarinho, o Museu (privado) vai criando novos espaços; espaços abertos a artistas oriundos de diversos pontos do país e do estrangeiro, e eles, dele, saem satisfeitos, não só pela promoção das suas obras num espaço acolhedor, mas também pela simpatia com que são recebidos e acarinhados.
Manuel Cleto é assim o diretor de uma instituição que tem um espólio muito significativo em termos de valores artísticos, que precisa, contudo, de apoios para o preservar e dar a conhecer ao público em geral o valor dessas obras. Independentemente dos apoios das autarquias locais (Câmara e União de Freguesias) a verdade – segundo o nosso convidado – é que ainda há muita coisa para fazer.
No fundo, o Museu de Ovar vai conseguindo criar o seu importante espaço entre os muitos espaços artísticos existentes no país. A equipa diretiva não se esquece, e quer, sempre que pode, enaltecer aquilo que da terra é, ou seja, de um concelho onde nasceram, residiram ou residem artistas com provas dadas na escultura, na pintura, na azulejaria e em muitas outras artes que o Museu guarda e divulga com orgulho.
Ovar, pelos vistos, não é só Carnaval ou o conhecido e saboroso Pão-de-Ló. Manuel Cleto prova-nos a crescente importância do Museu de Ovar na divulgação (aberta) de obras, e de debates (À Palavra), que têm reunido, na simpática sala/auditório, importantes personalidades da Cultura. A instituição é cada vez mais uma referência da cidade e do concelho de Ovar no País.
“Não tratamos as pessoas (artistas) com luxos, tratámo-las com dignidade”, disse o nosso convidado, que, mesmo não sendo natural de Ovar, abraçou a abraça essa nobre terra, como poucos da terra o fazem.
Texto e entrevista: José Gonçalves
Fotos e videogravação: Pedro N. Silva
Entrevista realizada a 06fev16
01mar16