Carla Ribeiro
Estamos a começar um novo ano, e não posso começar sem falar de Amor.
Natal é Amor, pelo menos deveria ser…
Gostaria que o perpetuássemos por um ano inteiro, para assim termos mais alegria no nosso caminhar.
Vou deixar-vos com alguns escritos que fiz sobre o Natal, sobre esta quadra, e sobre o imenso Amor…
Natal, ou talvez não…
Brilha o sol, ou talvez não,
Entre o gélido frio, que as janelas embaciam.
Estão despidas as ruas da cidade,
Como despidas estão as arvores,
Com as suas vestes Invernais.
Rostos, aqui e acolá,
Percorrem apressados, as ruas da cidade.
Está a cidade iluminada,
As lareiras acesas, cheira até a Natal…
Ficam as ruas vazias,
Como estão frias as ruas da cidade…
Não há movimento, faltam nelas as pessoas,
E os carros a buzinar.
Mas no vão de uma escada, ou no portal de uma loja,
Os cobertores, e os cartões, estão à espera de alguém.
Não esperam eles o Natal, que mora nas suas recordações…
Está frio, nas ruas da cidade,
Rostos frios carregados de solidão,
Recolhem-se neste silêncio que lhes rasga a solidão…
Neste dia de Natal, coberto de nada…
Deste nada que é tudo, neste frio da cidade,
Onde só fala o silêncio com a solidão…
E neste dia de Natal, eles carregam a solidão,
Envolta no brinde do Bolo-rei,
Onde a solidão é Rainha…
Despojei-me do Natal,
Ele que é agora tão material.
Quero que fique apenas,
Amor,
Saudades,
E recordações…
De um Natal, que nada tinha de material.
Ensina-me a não ter medo
Já sinto na rua a azafama do Natal,
Este embaralhar de perfumes,
As luzes das ruas, quer de dia, quer de noite…
Até se esquecem, que nela, dormem Pessoas…
Ensina-me a não ter medo do Natal,
Queremos apenas não recordar,
Nem perfumes, nem melodias, nem mesmo
Os presentes nem Amor e calor…
Querem apenas esquecer, as memórias e as recordações,
Querem, somente não ter medo do Natal…
Queremos apenas nem lembrar, essa palavra,
Que diz ser o Natal…
O Natal de afetos, vazios e sem Amor,
Esse, queremos não recordar…
Há um Natal, de família, de calor e Amor,
Que ficou perdido nas ruas,
Rasgado no coração, e cravado no pinheiro,
Ele que tanto simboliza o natal.
Enclausuramos as memórias, na terra,
Esperamos a esperança, na estrela cadente,
Mas queremos apenas, aprender a não ter medo,
Do Natal…
Brilham no céu as estrelas,
Gritam na rua as crianças.
A euforia de uma noite,
Passada a pano,
Onde fica apenas,
O som do rasgar do papel,
Em noite que dizem ser de Natal.
Vamos este ano semear o Amor…
Vamos fazer caminhos de Amor, para neles, encontrarmos a realização pessoal, e a felicidade.
A todos sem igual,
Obrigada
Até breve com novos “sentir”, novos “amar”…
Fotos: Pesquisa Google
01jan17
Obrigada amigo Manuel Assunçao,
pelas bonitas palavras que aqui me deixou a mim e a todos os leitores deste meu espaço. bjnhs e feliz 2017
Natal e inspiração
Queria escrever uma canção
Que falasse de Natal,
Mas falta-me a inspiração
Tenho medo que saia mal.
Mas se a conseguisse escrever
Nela queria expressar,
Que a gente sem o saber…
Já nascemos para amar.
E depois encontraria
Uns cem anjos para a cantar;
E milhares de querubins
Que com harpas e trombetas…
No mundo a iam tocar.
Espalhava-os pelas nuvens
E as nuvens pelo céu,
E cobria o mundo inteiro
Com esse tão belo véu.
Faria com que o Natal
Na canção que escreveria,
Não fosse festa banal
Nem folclore ou fantasia.
Nessa canção só queria
Uma letra a condizer,
No Natal do dia-a-dia;
Uma bela sinfonia…
Sem ver ninguém a sofrer.
Talvez assim o Natal
Fosse mais do que emoção,
Mas, por falta de inspiração…
E como escrevo tão mal;
Não vou escrever a canção.
Manuel Assunção
Grata amigo Manuel, pelas tuas palavras.
bjnhs
O Natal, sempre foi um mistério nas mentes das crianças. Já adultos, esse mistério mantém-se, porque a realidade da vida no Mundo nos faz meditar. Aí, começam as desilusões, as tristezas, as diferenças entre povos. Nestes belos poemas, onde a realidade é ” rima “, resta-nos a esperança da solidariedade com amor. Parabéns