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CÂMARA do Porto APOIA CAMPANHÃ no projeto “Casa Reparada Vida Melhorada”

A Junta de Freguesia de Campanhã (JFB) e a Câmara Municipal do Porto (CMP) assinaram, no passado dia 20 de fevereiro, no auditório da autarquia campanhense, um protocolo para a criação do projeto denominado “Casa Reparada Vida Melhorada”, que visa, no essencial, apoiar a realização de obras em habitações degradadas, quando os seus inquilinos, ou proprietários, revelem incapacidade económica para o fazer.

A CMP vai apoiar este projeto com a doação de materiais apara construção até aos 140 mil euros, sendo da responsabilidade da Junta a triagem das pessoas a beneficiar do “Casa Reparada Vida Melhorada”.

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Na presença de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), Manuel Pizarro, responsável pelo pelouro da Habitação da autarquia portuense, Barros Pinto, vice-presidente da Domus Social e de Ernesto Santos, responsável máximo da Junta de Freguesia de Campanhã, o projeto “Casa Reparada Vida Melhorada” teve, assim, o seu primeiro dia de vida, a exemplo – mas este com mais tempo de existência – do que já acontece na freguesia do Bonfim.

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Ernesto Santos: “Campanhã foi ostracizada durante décadas

Para Ernesto Santos este projeto “insere-se numa ação política na procura de uma habitação digna para as famílias carenciadas e pessoas com problemas de empregabilidade e outras de idade avançada que têm muitas dificuldades económicas e vivem sem a exigível salubridade e conforto”.

O presidente da Junta de Freguesia de Campanhã (JFB) enalteceu o trabalho que a Câmara do Porto tem vindo a desenvolver na área em termos de requalificação do parque habitacional, referindo, quanto ao protocolo assinado, que “com este projeto, a Junta terá uma maior leveza de meios financeiros” para promover melhores condições de habitação às pessoas mais carenciadas”.

“Campanhã foi ostracizada durante décadas. Nela fizeram-se guetos sociais, mas, esta Câmara, ao longo dos últimos três anos, tem feito por nós, pela nossa gente, mais do que todos os outros juntos. Sabemos que Campanhã está no seu coração”, referiu Ernesto Santos, dirigindo-se a Rui Moreira.

Manuel Pizarro: “Já se pode olhar para a zona oriental do Porto com outros olhos

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Já o vereador da Habitação da CMP, Manuel Pizarro, começou por realçar o trabalho que tem sido feito pela autarquia em termos de “coesão da cidade” com a valorização da “política da habitação”.

“A intervenção camarária não se pode resumir aos bairros sociais, que são, contudo, uma componente importante do nosso esforço, mas também aos privados e inquilinos de outras habitações”, disse.

Referindo-se às intervenções já efetuadas nos bairros de Contumil, S. Vicente de Paulo, S. Roque da Lameira, Machado Vaz, Falcão, Lagarteiro, Monte Belo, Cerco do Porto e S. João de Deus – todos na freguesia de Campanhã -, Pizarro disse que “agora já se pode olhar para a zona oriental do Porto com outros olhos”, acrescentando, para o efeito, as obras a serem efetuadas no antigo matadouro da cidade, e o “revolucionário projeto do Intermodal de Campanhã”, que o nosso jornal destaca nesta edição.

O vereador da Habitação da CMP, valorizando o projeto “Casa Reparada Vida Melhorada”, referiu que “há situações comprovadas quanto a problemas sociais na freguesia de Campanhã, os quais se refletem em termos habitacionais, como são os casos das “ilhas”, onde os senhorios não têm recursos económicos para fazer obras nas suas casas, e as pessoas condições para terem uma vida digna. A importância deste projeto e a sua exequibilidade tem já provas concretas, onde, há dois anos, tem vindo a ser implementado, e vinte casas foram melhoradas”.

Rui Moreira: “É preciso uma participação política ativa dos cidadãos!

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“Tem havido, por parte da Câmara, um grande investimento nos bairros sociais, mas não podemos ficar só por aí. Cabe também há sociedade civil desenvolver as cidades, e este projeto (“Casa Reparada Vida Melhorada) tem essa expectativa”. Palavras de Rui Moreira destinada a moradores e pequenos proprietários, para quem, “todos eles devem ser envolvidos neste projeto”.

Sem se esquecer do “Fundo de Solidariedade”, o qual “ajuda os mais carenciados a pagar as suas rendas e a manterem-se, assim, nas suas casas”, o presidente da CMP enfatizou, porém, o facto de que “a afirmação da democracia faz-se com o envolvimento das pessoas. É preciso uma participação política ativa dos cidadãos!”

Relativamente ao “reequilíbrio da cidade”, um dos projetos do executivo liderado por Rui Moreira, o autarca relembrou que “ninguém pode esperar por milagres”, esperando que “com o envolvimento das pessoas e a procura das potencialidades locais, muito possa ser feito de futuro”.

Texto: JG

Fotos: Pedro N Silva

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