Ivo Bruno Ribeiro
Um novo olhar sobre as coisas, uma outra perspetiva…um simples ponto de vista.
Provavelmente, sim provavelmente a saudade virou desconhecido. Talvez porque o que era deixou agora de o ser, mas talvez porque a pele do corpo se distanciou.
Talvez sim seja melhor abraçar o mundo, mas e se o mundo não quiser o nosso abraço?
Podemos principiar abraçando o mundo mais próximo de nós. Posso simplesmente abraçar-te, mesmo sem te conhecer, posso pura e simplesmente abraçar-te. Abraçar o teu mundo com o meu próprio e olha quiçá unir os dois mundos num mundo apartado.
Talvez o mundo que se aparta em mim, esteja só a apelar-me por libertação.
Esta libertação à qual o não permito, girará em torno de um único astro, orbe ou esfera celeste. Esse corpo celeste ao qual eu girarei em torno, servir-me-á, redundantemente, de porto, como uma mera reflexão concisa, aportada e irónica.
Escreverei nos versos da prosa a poesia que nunca narrei. Mas sei que farei de mim o poeta que vive entre tantos escritores que se limitam a existir. E digo isto, que se entenda e sinta do que reflicto e falo, situa-se a par com uma frase de Agostinho da Silva, que dizia que o Homem “…tem que ser o tal poeta à solta…” ao propósito prévio de ter dito “… o Homem nasce para criar…”. E é disto que vos falo. Que vos falo ou escrevo não importa. É disto que apelo que sintam. Quero fazer de mim e quero que todos se possam tornar igualmente esses poetas! Cada um de seu jeito, forma, sentimentos e visões sobre, e do próprio mundo; no seu todo, global e nada.
Sejamos esses poetas livres, e não nos deixemos atribuir à mera condição de escritores que existem. Sejamos poetas que vivem.
Dá-te ao luxo de gastar as palavras. As palavras não são caras, não são baratas ou rascas. As palavras são palavras, e conquistam o mundo…todos os mundos.
Foto: Ivo Bruno Ribeiro
01mar17