O estudo do impacte direto da edição de 2016 do Vodafone Rally de Portugal, realizado pelo Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo da Universidade do Algarve, aponta para que o concelho de Matosinhos tenha obtido um retorno económico direto de entre 4,7 e 5,2 milhões de euros. Matosinhos, recorde-se, acolhe desde 2015 o centro logístico da prova do Mundial de Ralis, sendo o principal impacte económico sentido nos setores da restauração (41,2% da receita total), transportes (19,1%) e alojamento (16,4%).
De acordo com o estudo, refira-se, o WRC Vodafone Rally de Portugal gerou em 2016 um retorno total de 129,3 milhões de euros para a economia nacional, metade dos quais relativos a despesa direta feita pelos adeptos. Deste bolo, 49,2 milhões representam o impacte agregado para os 13 municípios envolvidos na organização. Matosinhos terá, assim, garantido cerca de 10 por cento desta receita. Os restantes municípios da Região Norte garantiram 18,4 milhões de euros de impacto direto (27,2% do total).
O Estado Português arrecadou com o rali uma receita fiscal bruta de superior a 24 milhões de euros (IVA e ISP). Só em despesas diretas das equipas e da organização da prova, o estudo estima que tenha sido produzido uma despesa direta de 5,1 milhões de euros. Só na última década, refira-se, esta competição gerou 898,9 milhões de euros para a economia nacional.
O estudo agora divulgado indica ainda que 56,8% dos adeptos do rali vieram do estrangeiro (47% dos quais eram espanhóis), tendo ficado em Portugal, em média, 3,2 noites e gasto entre 87,97 e 106,90 euros por dia. Em termos totais, estima-se que os adeptos não residentes em Portugal tenham gasto 55,4 milhões de euros em despesa direta, representando 82% da receita para a região.
Os portugueses foram um pouco mais poupados e gastaram entre 80,89 e 101,63 euros, representando um gasto total próximo dos sete milhões de euros (mais 2,3% do que em 2015).
Os adeptos estrangeiros do Vodafone Rally de Portugal consideraram ainda, nas respostas ao inquérito realizado, que a paisagem, a gastronomia e a hospitalidade da população são os principais fatores de atração do Norte de Portugal, tendo declarado a intenção de recomendar a visita a amigos e familiares.
A prova foi ainda a mais vista do WRC na época passada, gerando uma forte notoriedade e um impulso mediático internacional avaliado em 47,4 milhões de euros.
De 18 a 21 de maio, recorde-se, a Exponor voltará a acolher o parque de assistência da prova, a generalidade das partidas e chegadas das etapas do Rally de Portugal, que em 2017 comemora 50 anos de existência. Além de Matosinhos, o percurso do Vodafone Rally de Portugal passará pelos municípios de Amarante, Braga, Cabeceiras de Basto, Caminha, Fafe, Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Paredes, Ponte de Lima, Viana do Castelo e Vieira do Minho.
Textos: Jorge Marmelo (CMM) / EeT
Fotos: Pesquisa Google
01mar17