A candidata da CDU (PCP-PEV) à presidência da Câmara Municipal do Porto, Ilda Figueiredo, mostrou-se preocupada com o estado de degradação do Pavilhão Rosa Mota, assim como com a sua “privatização”. A candidata da coligação comunista-ecologista defende que a infraestrutura seja um polo de dinamização do desporto e da cultura da cidade e que o Centro de Congressos, em que o espaço vai ser transformado (O Tribunal de Contas já aprovou a proposta camarária), seja uma realidade na zona oriental da cidade.
Para Ilda Figueiredo, em conferência de imprensa realizada junto à porta principal do Pavilhão Rosa Mota, no passado dia 15 de maio, a requalificação daquela infraestrutura teve “todas as condições para ser desenvolvida durante o atual mandato autárquico, salvaguardando o seu caráter público, num quadro mais amplo de desenvolvimento equilibrado da cidade do Porto”, acontece, porém, que, “não foi essa a vontade da coligação pós-eleitoral Rui Moreira/CDS e PSD, nem tão-pouco do PSD”.
“Está-se a desaproveitar a integração do Pavilhão Rosa Mota numa estratégia de dinamização pública”
Ainda sem conhecer a parecer do Tribunal de Contas, em relação à utilização do Pavilhão Rosa Mota como centro de congressos, a qual deu o seu aval, Ilda Figueiredo recordou a posição da CDU (através de um documento entregue à comunicação social) aquando da apreciação nos órgãos municipais da proposta de abertura de um concurso público para a parceria público-privada.
“O modelo que gestão em questão assenta numa privatização, com uma empresa privada que assumirá a requalificação, o financiamento e a exploração, por um prazo de vinte anos do Pavilhão Rosa Mota. Investir num centro de congressos no Pavilhão Rosa Mota e numa concessão de exploração a uma entidade privada corresponde a desperdiçar uma oportunidade de alavancar o desenvolvimento de uma zona da cidade mais carenciada (zona oriental) e significa desaproveitar a integração do Pavilhão Rosa Mota numa estratégia de dinamização pública mais ampla que a sua própria localização, seja na área da cultura, seja no âmbito do desporto, incluindo a ligação aos Caminhos do Romântico, também diversas vezes proposta pela CDU”.
A verdade é que o Pavilhão Rosa Mota tem vindo a degradar-se de dia para dia e já lá vão vários anos em que não sofre qualquer tipo de obras de requalificação. “A requalificação do Pavilhão Rosa Mota era uma das bandeiras de Rui Moreira para o presente mandato, ou seja, para estes últimos quatro anos, tal como eram o Matadouro Municipal ou o mercado do Bolhão, e nenhuma delas foi concretizada.”
E Ilda Figueiredo continua a lutar para que “o Pavilhão Rosa Mota seja um espaço público, destinado ao desporto e à cultura, e que o centro de congresso seja em Campanhã”. Não vai ser fácil a concretização destas ideias, mas como ideias, são, naturalmente, de respeitar.
COMUNISTAS E ECOLOGISTAS RECLAMAM MEDIDAS DE MELHORAMENTO E DINAMIZAÇÃO NO JARDIM DE ARCA D’ÁGUA
Uma delegação da Coligação Democrática Unitária (CDU), com a participação de Ilda Figueiredo, candidata à presidência da Câmara do Porto, e de Artur Ribeiro, membro da Assembleia de Freguesia de Paranhos, visitou, recentemente, o Jardim de Arca D´Água, em Paranhos.
Durante a visita foi possível confirmar que a Câmara do Porto continua sem dar a atenção necessária a este carismático e histórico jardim da cidade – o Jardim de Arca D´Água é um dos mais antigos do Porto, sendo um magnífico espaço verde numa zona densamente urbanizada, no qual coexistem diversos elementos arbóreos e outros que o tornam num jardim especial.
Ilda Figueiredo denunciou que “este jardim tem um enorme potencial que está longe de ser alcançado. Não há qualquer justificação para que persista o mau estado geral do pavimento, o descuido nas áreas verdes e muita sujidade, para não falar no facto de os balneários se encontrarem fechados grande parte do tempo. Foi positiva a colocação de um parque infantil, mas pode e deve ser feito muito mais.
Porque não colocar equipamentos para a prática desportiva? Porque não a realização regular de atividades desportivas abertas à população? Porque não colocar uma ludoteca ou biblioteca que promova a cultura e hábitos de leitura?”.
Ilda Figueiredo alertou ainda para o facto de que a escultura de Charters de Almeida, instalada no jardim em 1972, que representa a “Família”, se encontrar num estado vandalizado, apesar da CDU ter várias vezes levantado o problema em reunião da Câmara, incluindo com a apresentação de uma proposta de recomendação, e também na Assembleia de Freguesia de Paranhos, no atual mandato autárquico.
Numa alusão aos últimos desenvolvimentos que envolvem Rui Moreira, CDS e PS, Ilda Figueiredo afirmou “está agora mais claro para as pessoas a importância da CDU, do seu trabalho e da sua candidatura. Tudo isto traz ao de cima a urgência da alternativa de Trabalho – Honestidade – Competência que a CDU protagoniza. Enquanto outros se preocupam sobretudo com jogos de poder e manobras políticas, a CDU prossegue o seu trabalho de sempre, continua a contactar com as populações e a procurar soluções para os problemas concretos”.
Texto: JG / CDU-Porto
Fotos: CDU-Porto / Pesquisa Google
01jun17