“Esta é daquelas notícias que ninguém gosta de dar. Mário David Campos, camarada de profissão, partiu. Aos 50 anos de idade, o coração traiu-o e traiu-nos, levando-o e deixando-nos já com uma saudade indizível.
O seu talento para a escrita ficava bem plasmado nos seus textos. Um sentido de humor apurado e bem elaborado denunciavam o jornalista bem informado que se “escondia” na sua humildade. Mas a sensibilidade que o acompanhava também foi notória num dos últimos textos que escreveu para a VISÃO, sobre uma das tragédias mais impensáveis dos nossos tempos, os incêndios de Pedrogão Grande. A sua versatilidade, saltando de temas da sociedade para os da cultura ou futebol (sim, era sportinguista convicto) fizeram dele um jornalista dos sete ofícios. (Aqui uma amostra)
Depois, havia o amigo com quem todos gostavam de estar à conversa, o paz de alma que todos abraçavam, para lamentar mais uma injustiça ou relaxar com mais uma piada. As suas tiradas certeiras popularizaram a sua página do Facebook.
Mário David Campos iniciou carreira no já extinto semanário Independentee, depois de uma passagem pelo O Primeiro de Janeiro e pelo Diário de Noticias, ingressou na revista VISÃO.
O corpo estará presente na casa mortuário de Canidelo, em Gaia, a partir das 17 horas. As exéquias fúnebres do Mário David Campos serão realizadas, amanhã (10jul17), pelas 14 horas, na Igreja de Canidelo, em Vila Nova de Gaia.
Toda a equipa apresenta aos seus familiares os mais sinceros sentimentos”.
Este artigo é da Cesaltina Pinto (Visão) que comigo também trabalhou em “O Primeiro de Janeiro”.
Transcrevo este texto, porque não tenho palavras para dizer o que quer que seja sobre esta morte tão repentina de um grande camarada e amigo, como o foi o Mário David Campos.
Este ano tem sido trágico para a malta que conheço da comunicação social, foi o Marques Pinto, foi o Carlos Tavares foi ol Quim Vieira e agora o Mário.
Mário com quem trabalhei algum tempo em “O Primeiro de Janeiro” era eu, na altura, editor da Secção de Desporto, e ele por algum tempo dela fez parte, para depois passar para uma outra área da informação, ainda na equipa do “Janeiro”, partilhamos excelentes momentos, e não me esqueço da sua solidariedade quando tentaram forjar um meu trabalho de reportagem.
Ultimamente trocávamos contactos no Facebook, e ele sempre com aquele espírito de humor muito peculiar. Era leitor do “Etc e Tal Jornal” e acompanhava, atentamente, toda a atividade do jornal.
Paz à sua alma.
Eu e a equipa do “Etc e Tal Jornal”, endereçamos os mais sentidos pêsames à família enlutada.
Texto: José Gonçalves
Foto: Visão
09jul17