O Cendrev é um coletivo teatral que, ano após ano, tem correspondido a muitos desafios colocando sempre a ação cultural e a sua fruição pública como condições necessárias ao desenvolvimento sustentado da sociedade. A cultura é um exercício de criação, de liberdade, de resistência e de transformação da vida preservando memórias passadas e construindo memórias futuras. A responsabilidade no cumprimento do serviço público que assumimos, desde a fundação do projeto em Évora, traduz-se num quadro de atividades que deve ser do conhecimento de todas as entidades que nos financiam ou apoiam, bem como dos nossos parceiros de trabalho e de todo o público que frequenta, ou não, as nossas atividades.
Assim, passamos a apresentar agora os números relativos a 2017. O Cendrev realizou 129 sessões que tiveram o envolvimento de 10.697 espectadores. Este conjunto de sessões foram concretizadas com os espectáculos “ÑAQUE, ou sobre piolhos e actores” de José Sanchis Sinisterra, “Embarcação do Inferno” de Gil Vicente, “Antes de Começar” de Almada Negreiros, “Sozinho” de Börje Lindström e ainda com os Bonecos de Santo Aleixo. Destas apresentações, 54 foram realizadas em Évora e 75 em digressão que levaram o Cendrev a Azaruja, Campo Benfeito (Serra do Montemuro), Covilhã, Graça do Divor, Leiria, Lavre, S. Gregório, Montemor-o-Novo, N.ª Sr.ª de Machede, S. Sebastião da Giesteira, Sevilha (Espanha), Valverde, Aveiro, Bragança, Barreiro, Caldas da Rainha, Castelo Branco, Coimbra, Figueira da Foz, Viana do Castelo, Águeda, Alandroal, Cabeça de Carneiro, Hortinhas, Mina do Bugalho e Rosário, Arraiolos, Aldeia da Serra, S. Gregório- Carrascal, Los Santos de Maimona (Espanha), Recife (Brasil), Lisboa, Porto, São Miguel de Machede, Torre de Coelheiros e Braga.
O Cendrev acolheu no Teatro Garcia de Resende, ao longo do ano 2017, dois projetos em residência artística; os alunos finalistas do Curso Profissional de Artes do Espetáculo – Interpretação da Escola Secundária André de Gouveia que realizaram dois meses de trabalho e apresentaram 3 sessões do Exercício/Espetáculo “ADORMECIDOS”; os alunos do Curso de Artes Cénicas da Universidade de Évora que realizaram uma semana de ensaios finais e apresentaram 5 sessões do Espetáculo “PREFIRO MORRER”; a companhia concretizou intercâmbios com o Teatro das Beiras, Teatro do Montemuro, Teatro Guirigai, Karlik Danza Teatro, Teatro La Fundicion de Sevilha, Tranvía Teatro – Teatro de La Estación e Companhia de Teatro de Braga, que realizaram 8 sessões; da programação organizada pela Câmara Municipal de Évora o Cendrev acolheu ainda, 67 sessões com espetáculos de música e dança. Neste conjunto de 83 sessões participaram9.404 espectadores.
Acolhemos também em estágio profissional, dois alunos das áreas técnicas do Institut del Teatre de Barcelona que integraram a equipa do espetáculo “Sozinho”, realizámos 48 visitas guiadas ao Teatro Garcia de Resende em que participaram 714 visitantes e organizámos uma oficina com a participação de 20 crianças que designámos “Uma Aventura no Teatro”.
Para concretizar todo este programa de trabalho contámos, além das equipas do Cendrev, com a participação de muitos colaboradores externos, com o financiamento da DGArtes, com a parceria e o apoio da Câmara Municipal de Évora na programação do TGR e na viabilização, em conjunto com as juntas de freguesia, de programas de ação no concelho de Évora, parceria com o Município de Arraiolos e ainda com a colaboração da Biblioteca Pública de Évora.
Apesar das enormes dificuldades vividas nos últimos anos, o Cendrev tem resistido às adversidades e tem garantido o cumprimento de serviço público através do trabalho que tem realizado na cidade, na relação sistemática com os públicos escolares e através da regular circulação de espetáculos na região que elegeu como o principal espaço de intervenção, mas também em todo o território nacional e no estrangeiro, dando forma ao projeto de descentralização que mantém desde Janeiro de 1975.
Texto e foto: Cendrev
01fev18