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Infraestruturas – “COMPLEXO MONTE AVENTINO” (PORTO) A CAMINHO DE SER PALCO DE EXCELÊNCIA DO TÉNIS NO NORTE

O Complexo Desportivo Monte Aventino, em Campanhã (Porto), vai transformar-se num centro de excelência para a prática e o ensino de desportos de raquete, designadamente o ténis, passando a assumir-se como estrutura de referência do Norte e palco de competições regionais, nacionais e internacionais. Ganhando esta projeção, manterá o essencial: o serviço à população do Porto. Para esta nova realidade, foi celebrado hoje o contrato de cedência de utilização do complexo entre a Câmara do Porto e a Federação Portuguesa de Ténis (FPT).

Ao abrigo do protocolo, a Federação passa a gerir e explorar o equipamento nos próximos 20 anos, mantendo-se o imóvel propriedade do Município. O investimento, a concretizar-se nos próximos dois anos, será integralmente suportado pela FPT, que neste processo é o “parceiro insuspeito”. Trata-se de uma entidade de utilidade pública desportiva “que tem vindo a fazer um enorme trabalho em prol do desenvolvimento dos desportos de raquete”, com “o know-how e as condições” para atribuir a este complexo, “que ao fim de 20 anos revela alguma vetustez, outra dimensão e qualidade, praticamente dobrando a sua capacidade e dotando-o de um conjunto de valências que nós, Município, não poderíamos ou deveríamos desenvolver” – salientou o presidente da Câmara do Porto na celebração do contrato.

monte aventino - rui moreira

Para Rui Moreira, parcerias como esta “são fundamentais numa cidade que tem ainda hoje uma falta muito grande de equipamentos desportivos. Precisamos de ter mais, e quando conseguimos este tipo de parcerias conseguimos acelerar o processo”. No caso, torna-se possível criar uma estrutura que responde aos desígnios locais: como lembrou o autarca, o ténis “é a modalidade em que o Porto tem mais atletas federados; e temos um conjunto de clubes que muito nos prestigiam e certamente verão também aqui o potenciar das suas próprias competências. Este não é um projeto para fazer concorrência aos clubes, pelo contrário, é para potenciar esta atividade desportiva”.

Entre o estipulado está a expansão do equipamento por terrenos municipais vizinhos, onde nascerão novos campos de jogo, o que “vai permitir também uma maior transparência entre o jardim de São Roque e a Praça Francisco Sá Carneiro. Toda esta zona muito aprazível da cidade vai ficar muito bem servida”, reconheceu o presidente da Câmara.

Por tudo o que encerra, a requalificação do “Monte Aventino” é “um passo muito importante na promoção do desporto, mas também na sustentabilidade da cidade na sua ligação com a Educação e com as atividades sociais que desejamos potenciar”, concluiu o autarca, assinalando que este dossiê “mereceu um largo consenso das forças políticas da cidade”.

Equipamento aberto a cidadãos e clubes do Porto

A garantia de que o Complexo Desportivo Monte Aventino continuará a manter-se ao serviço da cidade foi sublinhada também por Catarina Araújo, responsável pelo pelouro da Juventude e Desporto. “O Município pretende aproveitar as enormes potencialidades deste equipamento”, tornando as suas modalidades “mais acessíveis a um leque cada vez maior de clubes desportivos da cidade e de pessoas e pensando na nossa comunidade escolar” – disse a vereadora, ressalvando por isso que no contrato celebrado “foram salvaguardadas, da parte do Município, uma série de obrigações essenciais”.

monte aventino 2

Entre as condições para a cedência do complexo, que até agora esteve sob gestão da empresa municipal PortoLazer, está “o compromisso de dinamização dos desportos de raquete e criação de um centro de formação e alto rendimento”, bem como a obrigatoriedade de ser considerada “indispensável função de serviço público”.

Neste sentido, detalhou Catarina Araújo, não só as “as instalações continuarão a ser utilizadas pela PortoLazer” – designadamente em iniciativas como os Campos de Férias e o programa municipal “No Porto a Vida é Longa” -, como a FPT “se compromete a desenvolver um projeto específico no âmbito dos desportos de raquete dirigidos a crianças do 1.º ciclo, além de outras ações de dinamização da modalidade junto das camadas mais jovens”. Por último, a Federação “passa a abrir a formação nas suas escolas de ténis às crianças e jovens do Município, desenvolvendo adicionalmente atividades de ação positiva especialmente destinadas a crianças e jovens de contextos mais desfavorecidos”.

Onze campos num complexo para competição e formação

Vasco Costa, presidente da FPT, deixou já um desenho do futuro: dos seis campos de ténis atuais, o complexo do Monte Aventino passará a ter onze.

O plano de obras prevê, designadamente, a construção de três campos cobertos em piso rápido, em acrílico, a alteração do piso do court central (também em acrílico), a construção e transformação dos atuais três courts descobertos em cinco courts (pelo menos três em piso duro) e a reposição dos atuais dois campos cobertos em terra batida, bem como a construção de seis novos campos de padel (pelo menos dois cobertos).

A intenção é que o equipamento “seja dotado de todas as superfícies ao nível competitivo e de formação”. Para este desígnio, investir-se-á em pisos rápidos, de acrílico, a exemplo do que “se usa na maioria das competições ao nível internacional, no mundo inteiro”. Neste patamar, o court central “será o maior do país” naquele tipo de superfície, “o que permitirá uma das grandes vertentes que queremos: ter aqui várias provas a nível regional, nacional e internacional” – anunciou Vasco Costa.

No projeto, considerou ainda o responsável da Federação, contam “vários parceiros, desde logo a Associação de Ténis do Porto e os vários clubes da cidade”. Pela dinâmica local, surgirá “um complexo para o ténis e outros jogos de raquete do Norte. Não o queremos limitar à cidade, mas ao Norte do país”.

Inaugurado em 1997, o Complexo Desportivo Monte Aventino inicia assim um novo capítulo na sua história. Ampliada, modernizada e readaptada a novas exigências, transformar-se-á num centro de excelência para a prática e o ensino do ténis, mas também num espaço de eleição para a realização de grandes eventos ligados aos desportos de raquete.

Com uma utilização intensa ao longo destes últimos 20 anos, em que acolheu e formou inúmeros praticantes, servindo de palco a vários eventos e iniciativas associados a esta modalidade, como é o caso do Porto Open, o complexo está hoje desatualizado, necessitando de um conjunto alargado de intervenções. O objetivo passa, pois, por aproveitar todas as suas potencialidades, tornando-o novamente num local modelar para a prática de desportos como o ténis, o padel ou o squash, e dotando-o de um centro de formação e alto rendimento.

Além da ampliação dos parque de campos, o projeto pressupõe obras de manutenção e melhoramento das atuais instalações desportivas e sociais, de acordo com um plano a apresentar nos próximos seis meses.

Texto: Porto. / EeTj

Fotos: Filipa Brito (Porto.)

01fev18

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